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Pro Tools Track Presets – Parte 1

Pro Tools Track Presets – Parte 1

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Artigo publicado na Backstage. Para conhecer mais sobre a revista, clique aqui.

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Produtividade – flexibilidade e velocidade na sua produção

Certamente você tem sua cadeia de efeitos de preferência para diversos tipos de cenários. Mais que isso, além dos plug-ins de preferência, você também tem ajustes de preferência para cada plug-in.

Se todo mundo já tem uma pre-programação inicial em mente, por que não manter armazenadas algumas delas para acesso rápido nos próximos trabalhos?

Este é o conceito básico da função “Track Presets”, incluída no Pro Tools 2018. Salvar pre-configurações de tudo referente ao track como inserts, sends, fader, pan e até áudio ou MIDI estiver na playlist.

Opções para quem não tem o Pro Tools 2018

Vale ressaltar antes de tudo, que apesar de não tão completa, nem tão simples, sempre existiram maneiras de salvar configurações e re-aplicar em outras tracks, para assim, chegar ao mesmo resultado.

Uma delas é através da função File > Import > Import Session Data.

É a maneira do Pro Tools importar dados vindos de outra sessão. Então, o que muitas pessoas faziam (incluindo eu), é criar uma sessão vazia com nome de “meus presets” por exemplo, e criar vários tipos de tracks e suas configurações principais. Depois disso, é só usar a função Import Session Data, para escolher a track de origem e destino, com a função “Do Not Import”, em “Main Playlist Options”. (fig. 1).

fig. 1 – Import Session Data

Outra opção mais complexa, é alterando algumas pastas de sistema do Pro Tools. É uma função escondida que nem foi documentada oficialmente. Fiz um vídeo explicativo de todo o procedimento em 2012, que é acessível direto no YouTube pelo simplesmente pesquisando por “ProClass track preset” ou pelo link direto: https://www.youtube.com/watch?v=F2w_mFw–0IM

Métodos de criar e carregar um Track Preset

Existem várias formas de transformar qualquer track da sua sessão em um Track Preset. Uma das mais intuitivas é selecionando o Track e acessando o Menu Track > Save Track Preset (fig. 2).

fig. 2 Save Track Preset

Repare que existe o atalho Option + Shift + P (mac) / Alt + Shift + P (win), que sem dúvida é uma boa se acostumar a usar.

Também é possível acessar a mesma função clicando no nome da track com o botão direito.

Na caixa de diálogo que se abre, basta nomear e pressionar OK. Temos muitas opções nesta caixa de diálogo, que falaremos mais a frente.

Agora para carregar um Track Preset: se você ainda vai criar a track, é possível acessar seus Track Presets pela caixa de diálogo “New Track”, por onde criamos tracks regularmente. A diferença é que na área onde normalmente escolhemos o tipo de track, repare que a última opção é o que estamos procurando (fig. 3).

fig. 3 – Criando Tracks com Presets

Agora, imagine que uma track já tenha sido criada e que inclusive já foram feitas algumas gravações. Neste caso, onde o usuário quer aplicar as pre-configurações em uma Track existente, é preciso acessar seus Track Presets pela função Window > Workspace (fig. 4).

Fig. 4 – Track Preset via Workspace

Note que há um campo à esquerda referente à função, e assim, basta localizar a configuração desejada e arrastar para a pista em questão.

Gerenciamento, organização e atualização de Track Presets

Eu como guitarrista, poderia rapidamente criar inúmeros track presets como “guitarra rock”, “base pop”, “solo com muito delay”, “guitarra funk”, “dedilhado com chorus”, e assim por diante.

Se pensar em voz, também posso pensar em pelo menos umas cinco formas que costumo iniciar minhas mixes, de acordo com o estilo e tessitura vocal do cantor/cantora.

Então imagine a bagunça para salvar, e principalmente, para encontrar o Track Preset correto! Portanto, agora vamos explorar melhor as opções da caixa de diálogo (fig. 5) da criação destas pré-configurações.

Fig. 5 – Configurações do Track Preset

O primeiro campo é o de categoria, e acredito que termos como “musica” e “pos-produção” seja abrangente demais. Recomendo criar categorias mais específicas como vocais, synth, guitarra e baixo por exemplo.

Outra parte importante são as tags (etiquetas), onde é possível categorizar bem melhor, e assim, também pesquisar bem mais fácil no futuro.

Pense nas tags como se fossem outras formas de nomear e identificar seus arquivos. Vale identificar por estilo, por sensação, por objetivo, efeitos colocados etc.

Então supondo que salvando um track preset de voz de uma cantora de bossa nova, o nome poderia ser “voz suave”, e boas tags seriam: bossa nova, clean, natural, feminino, reverb longo e assim por diante.

A opção “auto-populate tags from track data” pode até parecer boa na teoria, pois cria automaticamente tags com os nomes dos plug-ins, tracks, mas eu sou do tipo que gosta de criar tags bem específicas, e certamente não quero software nenhum criando tags extras que não serão usadas.

Na figura 6, é possível como funcionas bem o sistema de tags. O usuário pode clicar em cada uma das tags para ir filtrando sua escolha e chegar mais rápido no Track Preset em questão.

Fig. 6 – Tags visíveis via Workspace

Agora vamos falar sobre atualização dos dados. Mais comum do que se imagina, conforme vamos evoluindo nossos processos, certamente vamos acabar remexendo os parâmetros ou até substituindo um plug-in de um Track Preset já criado.

Para isso, basta carrega-lo em algum track livre, e na hora de salvar, lembrar de preencher com o mesmo nome. Assim, será possível substituir a versão antiga.

Para facilitar este processo, a Avid criou um sistema de auto-preenchimento. Ou seja, o usuário não precisa preencher tudo exatamente igual. Basta preencher a primeira letra que o Pro Tools já vai começar a sugerir opções (Fig. 7)

fig. 7 – Auto-preenchimento de nomes

Também é possível usar a seta no final do campo de nome (fig. 8), para acessar a listagem completa com todas as opções já salvas.

Fig. 8 – Expandindo as pré-configurações armazenadas

No próximo artigo, vamos ir mais longe e falar sobre sugestões de uso, tanto para música quanto para pós-produção. Muito mais do que “carregar pre-configurações”, este novo recurso abre um leque de possibilidades para todo o fluxo de trabalho, e inclusive pode até acabar virando um novo serviço a ser oferecido.

Abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

Posted by ProClass Treinamentos in Artigos, Pro Tools
Seu hardware predileto e o Pro Tools

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Entenda como integrar sintetizadores e efeitos externos

 

Se tem uma área que mudou muito rápido, foi a produção musical no que se refere a qualidade dos instrumentos virtuais e plug-ins. No início eram considerados apenas “brinquedos” se comparados aos hardwares, mas não é mais o caso hoje em dia.

Veja na figura 1 como nos primeiros homestudios, apesar de contar com o computadores, os sons vindos dos módulos de sons, teclados e periféricos ainda eram essenciais.

Fig. 1 – Homestudio com diversos equipamentos externos

Então dependendo da época em que você começou a produzir música no computador, é possível que não sinta a menor necessidade de investir em hardware, dado essa evolução.

Por outro lado, muitas pessoas têm unidades físicas que gostam muito, seja um teclado, um reverb ou um compressor por exemplo e o Pro Tools pensou neste público também.

Neste artigo então vamos aprender as formas mais eficientes de interligar seus equipamentos para usar em conjunto com o Pro Tools.

Sua interface é seu limitador

Primeiramente, é importante estar ciente de que para interligar diversos equipamentos físicos, você vai precisar de uma interface com múltiplas entradas e saídas (fig. 2).

Fig. 2 – Interface de áudio com multiplas entradas

A conta é simples: para ligar em instrumento externo estéreo, você precisa de duas entradas. Já para ligar efeitos externos, é mais complicado; você precisa de duas entradas e duas saídas. Mais abaixo falaremos mais sobre o motivo.

Integrando teclados com áudio + MIDI

No caso de sintetizadores analógicos sem conexão MIDI, não há muito que fazer a não ser gravar o áudio, exatamente como faríamos com uma voz.

Porém, especialmente os tecladistas que tocam muito ao vivo, geralmente tem teclados que além de meramente poder enviar dados MIDI, também tem um banco de sons de primeira linha. Dado o investimento e qualidade, fatalmente também vão querer usar estes sons em estúdio.

Alguns exemplos são os teclados da Roland, Korg e Nord (fig. 3).

Fig. 3 – teclados workstation

Então vamos aprender a interligar tanto o áudio quanto o MIDI. Para começar, as ligações físicas são três: AUDIO OUT do teclado no AUDIO IN na sua interface, MIDI OUT do teclado no MIDI IN da sua interface, e MIDI IN do teclado no MIDI OUT da interface (fig. 4).

Fig. 4 – ligações para teclado externo

Obs.: se seu teclado tiver conexão USB, ela pode ser usada como conexão MIDI no lugar das ligações tradicionais mecionadas acima. Espera-se que seja reconhecida no seu computador sem problemas, mas caso não aconteça, acesse o manual do fabricante para ver se há necessidade de instalar algum driver.

Dentro do Pro Tools, vamos criar um Instrument Track, que é o único tipo de track capaz de lidar conexões de áudio e MIDI simultaneamente.

Talvez você precise melhorar sua visualização e acrescentar pelo menu View > Edit Window Views as opções “I/O” e “Instrument”.

No campo I/O, defina no Input a entrada que você ligou seu instrumento, e no Output direcione normalmente para suas caixas de som, como nos outros canais.

Já o campo “Instrument”, é referente as conexões MIDI. Então no IN e OUT, escolha a conexão MIDI em que o teclado foi ligado ou a porta USB do teclado. (Fig.5).

Fig. 5 – Configurações Instrument Track

Este método permite que na mesma pista, o usuário possa monitorar o áudio vindo do teclado mas ao mesmo tempo, registrar a performance em MIDI, que é muito mais flexível para edição.

A contrapartida neste caso, é que o teclado deve sempre estar ligado e conectado à interface, pois ele está sendo usado como módulo de som também, ao invés de um plug-in de instrumento virtual.

O que normalmente se faz para evitar este inconveniente é fazer toda a edição MIDI até ficar exatamente como você quer, e depois gravar o resultado em um track de áudio, liberando assim o instrumento.

Integrando efeitos externos

Ainda que um processador externo tenha diversas desvantagens comparado a um plug-in, como, só poder ser usado em um único canal, manutenção, ruído, dificuldade para recall, preço e muito mais, não são poucas as pessoas que ainda preferem a sonoridade de processadores externos. Então vamos as ligações primeiro.

A ligação para processamento de efeitos externamente é bem diferente da ligação de instrumentos. O sinal precisa sair do Pro Tools (e do computador), entrar no efeito, processar, e voltar para o Pro Tools. Este tipo de processo é chamado de Send/Return.

Então você precisa ligar um cabo para ligar o OUT da interface no IN do processador externo, e um segundo cabo que vai do OUT do processador externo para o IN da interface. É importante ressaltar que se formos usar o OUT 4 da interface, também temos obrigatoriamente que usar o IN 4 também. Se usar o OUT 12, usar o IN 12 também é fundamental, e assim por diante (fig. 6).

Fig. 6 – ligações para efeito externo

E lembre-se que se for estéreo, precisamos de duas entradas e duas saídas.

Agora, temos que pensar que o Pro Tools não detecta automaticamente nada. Precisamos “avisar” ao Pro Tools que temos um processador de efeito inserido. Para fazer isso, vamos acessar o menu Setup > I/O… e na aba “Insert”, clicar no botão “New Path”, escrever o nome do processador e avisar se é estéreo ou mono (fig. 7).

Fig. 7 – Criando o path de insert

Por último, falta apenas indicar em que entrada/saída este efeito está ligado. Para isso, basta clicar na conexão indicada Fig. 8).

Fig. 8 – atribuição da conexão de áudio

Pronto! Agora ao clicar em um insert, você vai reparar que além das opções de plug-ins, também teremos a opção I/O, que interliga automaticamente o efeito externo de forma simples (fig. 9).

Fig. 9 – Hardware Insert

Detalhes técnicos importantes

Qualquer um dos dois processos pode ocasionar latência (atraso no som). Isto ocorre por três motivos distintos e que não podem ser confundidos: o tempo de processamento do Pro Tools, tempo de conversão entre o ambiente digital e analógico e por último, o tempo de processamento do equipamento externo.

O tempo de processamento interno do Pro Tools é determinado pelo Hardware Buffer Size, acessível pelo menu Setup > Playback Engine, e como a maioria deve saber, quanto menor o número, menos latência.

Então há de se ressaltar que sempre haverá um atraso na monitoração/audição quando estivermos trabalhando com instrumentos externos em tempo real. Então use um valor mínimo para minimizar este atraso, e uma vez que estiver satisfeito é bom gravar o resultado em uma nova pista de áudio.

Já com relação à latência ditada pela conversão, não precisa se preocupar muito pois ela é minúscula (na casa de 1–3 ms) e no caso do efeito externo sendo usado como insert, ela já é automaticamente compensada.

Por último, há também o atraso do próprio processador externo, que o Pro Tools não tem como saber qual é atraso inerente. Mas você pode consultar o manual para ver corretamente ou simplesmente fazer uma gravação de uma pista para outra para identificar o atraso. Uma vez identificado o valor, basta inserir na coluna H/W Insert Delay na caixa de diálogo I/O Setup (fig. 10).

fig. 10 – Hardware Insert Delay

E com isso vamos ficando por aqui. Espero que tenha esclarecido algumas dúvidas, e não deixem de sugerir assuntos para os próximos artigos.

Abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

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Pérolas escondidas do Pro Tools

Pérolas escondidas do Pro Tools

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Pequenas funções – mas muito valor

Sabe aquele toque de canela em um cappucino, aquela tomada no shopping quando você está com 1% de bateria, aquela visita supresa de alguém querido em um dia difícil?

Pois é exatamente como este artigo foi viabilizado para a sua leitura. Graças a uma providencial tomada, a carona de uma visita pra lá de espetacular e o sossego mental que só uma xícara de café pode trazer, consegui reunir todas as as dicas e gerar as imagens em tempo recorde para sua apreciação.

Este o tipo de função de Pro Tools que vamos falar neste artigo. Por trás das “grandes e revolucionárias melhorias” que cada nova versão apresenta (as chamadas “key features”), existe um microcosmos de pequenas funções, que estão longe da atenção do departamento de Marketing da Avid, mas que podem fazer toda a diferença no nosso dia-a-dia no Pro Tools.

Recursos de navegação

Em uma sessão grande, o usuário vai se encontrar rolando com o mouse para cima e para baixo centenas de vezes em busca do track correto. Algo extremamente desconfortável depois de algumas horas.

Ao invés disso, vamos conhecer a função “Scroll into View”. É acessível pela Track List com o botão direito (fig. 1) e, faz exatamente o que o nome diz: rola a tela direto para a track selecionada. Para facilitar mais ainda, você pode usar o atalho Control + Shift + Click (mac) ou Start Key + Shift + Click (win).

fig. 1 – Scroll Into View

Resolvida a navegação de tracks, vamos para a navegação de tempo na sessão. Certamente você já quis navegar direto para um momento específico no tempo certo?

Como por exemplo o “compasso 10” ou para o o tempo “10:12:01”. Para estar situações, utilizamos o contador central, que se chama “Main Counter” (fig. 2).

fig. 2 – Main Counter

Basta um click e digitar o valor apropriado, mas a função fica bem mais confortável de usar se ao invés do mouse, você acionar o Main Counter com o teclado. Isso é feito com o asterisco do teclado numérico (fig. 3).

fig. 3 – Habilitando o Main Counter via teclado numerico

Mas como navegar diretamente para o refrão da música, onde você não sabe o compasso exato?

Neste caso, primeiro você precisa mapear as partes da sua música com ajuda dos markers (fig. 4).

Fig. 4 – Exemplo de markers

Uma vez que a sessão esteja mapeada, você pode acessar a janela de Memory Location, que guarda uma lista de markers. Ela fica localizada no menu Window > Memory Locations.

Clicar para navegar entre os marcadores é um caminho válido, mas estamos aqui para falar do “algo a mais”… e neste caso, é a possibilidade navegar usando apenas o teclado. Isto é feito digitando sempre no teclado numérico a sequência: ponto (.) + Número do Marker + Ponto (.) novamente.

O número do Marker é definido pelo valor à esquerda do nome do marker na janela de Memory Locations (fig. 5).

Fig. 5 – Memory Locations Window

Preferências do Pro Tools

São muitas as preferências que vem desligadas por padrão, mas que merecem sua atenção. Vamos a elas:

Na Aba “Display”, temos a opção “Organize Plug-in Menus by”. A opção padrão é “Category” (Fig. 6), mas muito mais efetivo na minha opinião, é a opção “Category and Manufacturer” (Fig. 7) onde os itens da Avid, ficam separados dos itens da Waves por exemplo.

Fig. 6 – Lista de plug-ins apenas por categoria

Fig. 7 – Lista de plug-ins por categoria e fabricante

Na Aba “Editing”, temos a opção de alterar o tipo de Crossfade que é criado por padrão quando usamos a função Smart Tool. Sabemos que o padrão é o Crossfade “Equal Gain”, mas a cada 100 pessoas que eu converso, 99 preferem o Crossfade “Equal Power”. Então se este também é seu caso, basta clicar no botão “Crossfade” e ajustar de acordo com sua preferência.

Na Aba “Mixing”, temos logo a primeira opção à esquerda, vemos que por padrão, ao criar um send, ele vem configurado para “-INF”, ou seja, sem sinal.

A idéia é até boa, pois evita uma realimentação no caso de um roteamento incorreto. Mas o lado negativo é que muitos iniciantes esquecem de levantar o fader do send, e ficam meio perdidos achando que tem algo errado com a configuração do efeito ou roteamento.

Então de forma geral, prefiro desligar a opção, e assim que eu crio um send, já posso ouvir o efeito em contexto.

Outra função sub-utilizada fica logo abaixo, chamada de “Default EQ” e “Default Dynamics”, ou seja “Eq padrão” e “Processador de Dinâmica padrão”. Por serem os processadores mais utilizados, é possível deixa-los separados da lista de outros plugins para acesso rápido. Veja na figura 8 como fica mais fácil.

Fig. 8 – EQ e Compressor favorito logo no início da lista

E como ficaria se eu quisesse também eleger meu “Reverb Padrão” ou meu “Delay Padrão”?

Pois saiba que é possível separar da lista qualquer plug-in. Vamos ao troque; acesse a lista e encontre o plug-in que você gostaria de separar da lista para facilitar o acesso. Ao encontrar, clique com Command (mac) / CTRL (win) pressionado e pronto! Veja o resultado na figura 9.

Fig. 9 – Outros plug-ins também podem ser separados da lista

E quer saber mais? Também funciona no menu Audiosuite Experimente fazer o mesmo processo, e aprecie o resultado (fig. 10).

Fig. 10 – Normalize destacado da lista de plug-ins Audiosuite

Editando com precisão e conforto máximo

Se estamos falando de editar com precisão, estamos falando da função “Nudge”. Caso você não conheça, ela está sempre ativa e permite que o usuário, ao selecionar um clip, o mova para a esquerda e direita com as teclas “+” e “-“ do teclado numérico por incrementos pre-determinados pela janela de configuração de Nudge (fig. 11).

Fig. 11 – Configuração do Nudge

Mas podemos chegar bem mais longe do que meramente mover para esquerda e direita, e é disso que vamos falar agora.

Você pode usar o Nudge para aparar as bordas do seu clip, como se estivesse usando a função “Trim Tool”. É simples: para aparar o início do clip, pressione o botão Alt ao usar a tecla de “+ e -“. Para o final, use o Command (Mac) / CTRL (win).

Outra opção é usar o Nudge para refinar uma seleção. Para isso, acrescentamos o botão shift na combinação de teclas. Ou seja, para refinar o início da seleção, use Alt + Shift + Teclas do Nudge.

Por último, podemos manter o clip onde está, e alterar apenas a posição do conteúdo deste clip. Para isso, usamos a tecla modificadora Control (Mac) / Start Key (Win).

E com essa visão expandida da utilização do Nudge eu vou ficando por aqui. Espero que tenha gostado das dicas, e nos falamos de novo no próximo mês!

Abraços!

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