Waves

Waves Cobalt Saphira


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Uma nova visão sob o controle de harmônicos

Quando menos se espera, a Waves aparece novamente oferecendo não apenas um novo plug-in, mas uma nova proposta para manipular áudio com uma nova linha de pensamento.

Cobalt será o nome de um novo pacote, e o Saphira é o primeiro plug-in a ser anunciado.

Fizemos o primeiro test drive, e neste artigo vamos conhecer as opções dentro deste plug-in.

Proposta

De forma bem simples, podemos resumir o Saphira como um plug-in de manipulação de harmônicos do áudio. Existem outros processadores e preamplificadores que nos permitem manipular harmônicos, mas não há nada que eu conheça possui o nível de controle e opção do Waves Cobalt Saphira.

Por exemplo, temos controles independentes do quanto queremos acrescentar de harmônicos pares e ímpares. Mais que isso, podemos manipular apenas em uma faixa de frequência, por exemplo acrescentando harmônicos ímpares apenas no médio e agudo mas não no grave.

Internamente, há um processo em paralelo acontecendo e não em série (fig. 1). O plug-in é subdividido o sinal em três fragmentos: sinal original, processador de harmônicos pares, e de harmônicos ímpares. Na prática, é importante que entender tudo acontece de forma independente e é somado no final da cadeia.

fig. 1 – Fluxo de sinal do Cobalt Saphira

Conhecendo a interface

O setor principal do plug-in é dividido em 4 faders (fig. 2). Do lado esquerdo (azul) temos os controles dos harmônicos pares e do lado direito (vermelho), harmônicos ímpares.

Fig. 2 – Controles principais

Sabendo que o estudo e conhecimento sobre a série harmônica (fig. 3) e os efeitos no som dependem muito da formação do usuário, a Waves optou também por uma linguagem menos técnica, utilizando os adjetivos como “edge” e “warmth”. É uma linguagem mais informal para ajudar os iniciantes. “Edge” no Brasil normalmente traduzimos como aquele som mais “ardido” ou “pontudo”, enquanto o termo “warmth” é ligado ao supervalorizado som “quente”. Todos já devem ter ouvido alguém falar sobre passar uma mix por um gravador de fica para “dar uma esquentada” no som.

fig. 3 – Serie Harmonica com destaque aos harmônicos pares

Repare que cada um deles tem dois controles, send e return (nomenclatura mais adequada por conta do fluxo de sinal). Mais a frente vamos dar sugestões de como utiliza-los.

Abaixo, temos os harmonics modes. São 7 opções de como o plug-in vai se comportar na manipulação de harmônicos. A barra cinza representa a fundamental, barras azuis representam os harmônicos pares e vermelhas, ímpares.

Infelizmente acaba ficando confuso a primeira vista ver que “H1”, “H3” etc com cor azul e sendo considerados harmônicos pares, e “H2”, “H4” e etc com cor vermelha e sendo considerados ímpares.

Isto acontece porque na teoria musical, a fundamental é contabilizada como “primeiro harmônico”, portanto o “H1” na verdade deve ser contabilizado como segundo harmônico e assim por diante. A Waves pisou na bola misturou a maneira de “contabilizar”, e isso vai causar confusão em muita gente.

Resumindo, ignorem os nomes H1, H2, H3 e usem apenas as cores como referência. Azul para harmônico par e vermelho para harmônico ímpar.

O setor mais abaixo é o da equalização, que permite que o usuário define a faixa de frequência que harmônicos pares e ímpares serão manipulados.

Sugestões de onde e como usar

Verdade seja dita, além de um processador muito útil, o Waves Cobalt Saphira é um plug-in muito educativo, que ajuda a entender e estudar a importância e influência da série harmônica e os seus efeitos.

Como ponto de partida, recomendo começar utilizando em um subgrupo de instrumentos ou mesmo no Master Fader, afetando a mixagem completamente, pois será mais fácil de ouvir o efeito em um material sonoro rico em harmônicos.

Subgrupos de bateria, metais, guitarras são boas opções.

Nos controles de harmônicos, a maneira mais fácil de pensar é encarando o “send” como o botão que acrescenta ou subtrai harmônicos. Use este controle para achar o timbre que mais te agrada. Como primeira investida, recomendo subir bastante o fader até ouvir o sinal distorcer claramente. Depois retorne um pouco e siga em frente para os próximos controles.

Já o “Return”, pode ser visto como um botão de controle de saída “geral”. Vai influenciar na mix final, mas não vai influenciar na quantidade distorção harmônica que você definiu com o botão “send”.

Sobre os Harmonics Modes, podemos entender como a estrutura de harmônicos e tem relação com a presença de cada um dos harmônicos da série harmônica e a relação entre eles.

Repare pode exemplo no harmonic mode B (fig. 2) e E (fig. 4). O harmonic mode E tem mais ênfase em harmônicos pares, que são naturalmente mais “musicais”.

fig. 4 – Harmonic Mode E – ênfase em harmonicos pares

E por que usamos este termo, “mais musical”?

Repare que intervalos dos harmônicos pares temos oitavas e quintas até o 8º harmônico, intervalos extremamente consonantes (fig. 3). Ou seja, o timbre tem as fundamentais muito bem enriquecidas.

Agora repare o harmonic mode B (fig. 2). Nestes, temos ênfase nos harmônicos ímpares.

Então faz sentido que a escolha dos harmonic modes ande junto com a quantidade de send/return de um dos grupos. Nada contra experiementar, mas vale a observação.

Simulando efeitos colaterais da fita

Mais acima comentamos sobre a técnica de passar uma mixagem por um gravador de fita para trazer harmônicos, mas existem dois efeitos colaterais neste processo. Primeiramente, há uma perda e reforço em certas faixas de frequências (ou seja, vai mudar alterar o equilíbrio da mix) e em segundo, se a máquina não estiver com a manutenção em dia, podem haver pequenas alterações na velocidade da fita que vai afetar diretamente a afinação.

À esquerda, temos um setor chamado de “TAPE” para trazer esta possibilidade. Não precisa ser usado sempre, alias, há de se ter uma boa justificativa para usar.

Speed é a velocidade da fita, é o ajuste é simples pois é um “perde e ganha” bem simples e direto.

Com velocidades lentas (menor valor), os graves serão acentuados mas agudos serão cortados. Quanto mais rápida, mais linear (flat) e por consequência, menos efeitos colaterais.

E vamos ficando por aqui, desejando um feliz ano novo para todos os leitores!

Abraços e muito sucesso em 2016!

cris3x4 blog proclass Cristiano Moura é instrutor certificado oficialmente pela Avid para lecionar cursos de nível 100, 200 e 300 em Pro Tools. Por meio da ProClass,  oferece consultoria, treinamentos customizados além de cursos oficiais em Pro Tools, Mixagem e Masterização.

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Waves Reel ADT – Artificial Double Tracking: O processo de dobras artificiais consagradas dos Beatles

Waves Reel ADT – Artificial Double Tracking: O processo de dobras artificiais consagradas dos Beatles

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Os anos 60 foram uma época em que inovações artísticas e tecnológicas andaram lado a lado nos estúdios Abbey Road, em Londres. Lá os Beatles eternizaram a maior parte de sua obra com a ajuda de engenheiros de som que também estavam à frente de seu tempo. Um deles foi Ken Townsend, o inventor do Artificial Double Tracking.

Conceito

O sistema surgiu atendendo a pedidos de John Lennon, que queria uma alternativa ao cansativo processo de repetir takes que são somados para encorpar os timbres. A ideia de Ken era criar um mecanismo que simulasse as pequenas diferenças de tempo e afinação que acontecem naturalmente entre múltiplas performances de um mesmo intérprete, de modo que um take soasse como vários. Ele fez um roteamento partindo do cabeçote de gravação de uma máquina de fita em direção ao cabeçote de gravação de outra e colocou um VCO para controlar a velocidade da segunda (fig. 1). Variações no controle de velocidade faziam a repetição ficar adiantada ou atrasada de forma não linear em relação ao som original, com o pitch modulando conforme a aceleração ou desaceleração, além de fenômenos de phasing e flanging que não aconteceriam em uma dobra normal. John adorou. O grande botão de Varispeed era pilotado manualmente pelo operador de fita e até pelos próprios Beatles às vezes. O resultado pode ser ouvido nos vocais de canções como Lucy In The Sky With Diamonds e Tomorrow Never Knows.

fig. 1 – ADT – Abbey Road

Configurações

Em parceria com os estúdios Abbey Road, a Waves criou o Reel ADT e trouxe a psicodelia dos anos 60 para o mundo digital. O plug-in pode ser usado em dez configurações: Mono, Mono-To-Stereo, Stereo, 2V Mono-To-Stereo, 2V Stereo, Live Mono, Live Mono-To-Stereo, Live Stereo, Live 2V Mono-To-Stereo, Live 2V Stereo. As versões Live têm componentes que garantem latência mínima para performance ao vivo, mas não permitem sinais adiantados em relação ao sinal original, somente sinais atrasados.

Na configuração Mono-To-Stereo qualquer mudança no Pan pode influir muito nos cancelamentos pela interação entre os dois sinais, dando grande flexibilidade ao efeito. No plug-in em Stereo você pode escolher entre o canal esquerdo, direito ou ambos para serem a fonte de som a ser processado. Há também a possibilidade de monitorar a saída em mono para saber o quanto de cancelamento está acontecendo (fig. 2). As configurações 2V têm duas vozes independentes para o ADT. Cada sinal duplicado vai ter seus controles para Pan, Drive, Mute, Phase e Level. É possível programar efeitos bem complexos no 2V Stereo. Os produtores de música eletrônica vão se divertir experimentando automações inusitadas nos parâmetros.

Fig. 2 – Monitoração em Mono para fechar cancelamento de fase

Interface

A interface gráfica do Reel ADT é bem simples. O botão de Varispeed aparece no meio com os cabeçotes de Source, que fica com o playback centrado, e ADT indicados acima. O padrão do plug-in é abrir com o segundo cabeçote adiantado em relação ao som original. Com ambos parados, você teria apenas um efeito de delay. O som característico de dobra artificial acontece com a variação na velocidade do sinal duplicado. O cabeçote mais escuro que aparece atrás do cabeçote de ADT indica visualmente o quanto o sinal está sendo acelerado ou desacelerado.

Uso – Controlando via MIDI

Você pode controlar manualmente o Varispeed com o mouse ou controlador físico para rodar um botão de verdade como se fazia em Abbey Road. Para endereçar, basta fazer um click com o botão direito no plug-in, selecionando Learn no pop-up e mexendo no controle que vai usar. Quando você solta o botão, o modo Latch deixa o Varispeed onde estiver no momento, e o Touch faz ele voltar para o valor que estava antes.

Uso – Entendendo os parâmetros

Ao invés de mudar manualmente a velocidade do segundo cabeçote, você pode usar o oscilador de baixa frequência do plug-in. O LFO tem diferentes opções de atuação: Sine Up, Sine Down, Triangle Up, Triangle Down e Random. O padrão do plug-in é abrir o LFO no modo aleatório, que fica mais parecido com uma dobra real de canais. Com pouco atraso entre os cabeçotes e o LFO em movimento contínuo, você pode fazer efeitos de chorus. Clicando em Sync, o LFO passa a ficar dentro do andamento da sessão (fig. 3). A opção Rate diz qual divisão de tempo vai ser seguida dentro daquele andamento. O Range do LFO determina quanto o cabeçote pode andar horizontalmente, então valores mais altos vão deixar o movimento mais rápido. Com o LFO ligado, o botão de Varispeed passa a controlar onde o Range vai ser centralizado, deixando a oscilação independente da posição do cabeçote de ADT.

fig. 3 – Modulando de acordo com o BPM da sessão

O Reel ADT tem 32 níveis de undo e redo e todos os recursos de preset dos plug-ins Waves. Nas versões Live, os presets que trazem o cabeçote de ADT adiantado têm os valores negativos de atraso convertidos para positivos, de modo que o segundo cabeçote esteja localizado sempre depois do primeiro. É uma limitação irrelevante considerando a quantidade de recursos que continuam disponíveis para performance. Pode ser uma ferramenta interessante para DJs também.

reel-adt

Para aqueles que procuram uma sonoridade mais analógica, o controle de Drive simulando saturação de fita soa bem. O plug-in não precisa ser usado pensando somente em ADT. Dá para fazer o tradicional slap delay de voz colocando distorção e abrindo o panorama 100% com volumes diferentes nos dois lados. Dá para fazer efeitos chorus limpos tipo anos 80 em guitarras e teclados. Dá para fazer levadas futuristas com automações absurdas em loops de bateria. A interface intuitiva é um convite a sair mexendo e vendo o que pode acontecer.

Conclusão

O processo de dobras artificial é utilizado com bastante frequência na maioria dos estilos musicais duplicando canais e adicionando delay em um dos canais, mas que para reproduzir por completo o resultado do ADT, o tempo do delay precisaria ser automatizado e que o delay possua um recursos de modulação de afinação.

 

Então o ADT é um facilitador, muito bem vindo, que simplifica bastante esse processo, e que além disso, atua também sobre o timbre, levando-se em consideração as características da fita.

Autor: Bruno Spadale é engenheiro de som e produtor musical com formação em várias escolas no Rio de Janeiro e Nova Iorque . É certificado oficialmente pela Avid como um “Pro Tools Operator Music” e atua como instrutor da ProClass.

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Element – o Instrumento Virtual da Waves

Element – o Instrumento Virtual da Waves

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Waves querendo ser mais do que uma empresa de processamento de áudio

A Waves é sem dúvida uma das mais importantes empresas de processamento de áudio em plug-ins do nosso mercado e a Native Instruments tem a mesma importância quando estamos falando de instrumentos virtuais.

Suas histórias se confundem com a história da revolução dos homestudios e DAWs. Curiosamente, a Waves lançou no ano passado o Element, seu primeiro instrumento virtual e começou a avançar neste segmento.

Neste artigo, vamos conhecer mais sobre este sintetizador.

O que o Waves Element

O Element (fig. 1) é um sintetizador baseado em síntese subtrativa, que tentar trazer para o computador toda a magia dos sintetizadores analógicos. Não há nada que a empresa pensado em emular desta vez. É simplesmente um sintetizador com características próprias e acho que é mais importante pensar nele como mais um instrumento que tenta trazer as características nos polysynths dos anos 80 mas como falei, a empresa nunca se manifestou interesse em dizer que ele emula “este ou aquele” sintetizador.

fig. 1 Waves_element

Características gerais

Waves Element não chega a ser um sintetizador complexo, mas não imagine que estou falando que isso é ruim. Pelo contrário, eu lembro o quanto penava para entender mesmo as coisas mais elementares quando estudei sobre sintetizadores na faculdade, então muito pelo contrário, acho ótimo ter uma opção para um iniciante possa entender os fundamentos da síntese subtrativa e criar algo em cima sem frustração.

Neste ponto o Element acaba sendo muito menos desafiador e mais adequado do que alguém que queira sair ligando fio pra todo lado até conseguir um bom som usando o Modular V (fig. 2) ou tentando programar um CS–80V (fig. 3), ambos da Arturia.

fig. 2 – Modular V da Arturia

fig. 3 – CS-80V da Arturia

Outro fator positivos a ser levado em consideração é que ele é extremamente econômico na CPU se comparado com outros instrumentos virtuais.

São dois osciladores, um filtro, quatro LFOs, três envelopes, um Modulation Matrix, um sequenciador e um arpegiador.

A empresa falar sobre uma tecnologia chamada de “virtual voltage”, mas sinceramente não vamos perder tempo com isso porque ao mesmo tempo que pode ser algo absolutamente revolucionário do ponto de vista de programação, também pode ser simplesmente um “nome bonito” feito pela equipe de marketing não vale a pena entrarmos nesse mérito, Pois afinal nosso compromisso com o som.

Avançando para os pequenos detalhes

Não é porque a intenção seja de simular um equipamento analógico que a empresa não colocou também um toque de modernidade como costuma fazer em outros produtos. O primeiro e o segundo oscilador (fig. 4) podem ser modulado de várias formas e também podem funcionar no modo DCO. Especificamente, no segundo oscilador temos a opção de incrementar com modulação baseada em FM.

fig. 4 – osciladores

Abaixo dos dois osciladores (fig. 4), os destaques são os controles SUB que reforçar os graves de forma muito interessante e o NOISE, para acrescentar ruído rosa.

Com relação ao filtro (fig. 5), além dos mais comuns como o passa alta, passa baixa, passa banda e rejeita banda, temos outro modulador baseado em FM que usa a forma de onda do oscilador 1 para modular o filtro. Outro detalhe que chama atenção é o controle ENV, que permite o usuário escolher o quanto ele quer que o envelope atue sobre filtro.

fig. 5 – filtro

E falando de envelopes, me chamou muito a atenção O botão punch no VCA envelope (fig. 6), que alavanca o ataque das notas, reproduzindo um efeito similar ao que conseguiríamos com o Trans X da Waves. Basicamente, ele força o ataque inicial para que as notas soem como se tivessem sido tocadas com mais vigor.

fig. 6 – VCA

Agora sobre os LFOs (fig. 7), são quatro no total onde o LFO 1 e 2 possuem o botão de RATE enquanto o LFO 3 e 4 podem ter sua velocidade sincronizada com o andamento da sua sessão. Confesso que não entendi muito porque não deixar os quatro LFOs com a opção de sincronizar ou não com o andamento da sessão, como é de costume nos outros processadores da empresa.

Fig. 7 – LFOs

Como já poderíamos esperar, a partir de efeitos (fig. 8) é muito boa no que se refere ao som, porém limitada no que se refere as opções de regulagem. Você a tem qualidade dos plugins da Waves, mas pouco acesso para ajuste, como se fosse uma tentativa de oferecer uma forma de completar a sonoridade do sintetizador, mas fazendo com que o usuário ainda assim, precise pensar em adquirir efeitos mais completos.

fig. 8 – Efeitos

Os destaques são a distorção e o Bit Crusher, que é o que mais faz diferença num mundo digital onde tudo pode ser exageramente limpo e perfeito.

Por último temos o arpegiador / sequenciador (fig. 9), que é simples mas faz o que precisa fazer. Ele já vem com alguns modos de trabalho e possui o controle GATE para que o usuário possa controlar a duração de cada nota. Assim, um mesmo arpegio pode ser tocado em legato ou em staccato e provocar sensações completamente diferentes.

fig. 9 – arpegiator

Achei que ficou faltando a possibilidade de ligar duas notas, assim muitas outras frases e ritmos seriam possíveis.

O som é o que importa

Se o Element não é muito complexo e nem é rico em muitos parâmetros e ajustes, pode ter certeza que a empresa fez um excelente trabalho criando uma biblioteca de pré configurações extensa e muito bem elaborada para que usuário possa perceber logo de cara quais as possibilidades sonoras deste instrumento virtual.

As amostras são excelentes e de fato, é um sintetizador com filtros e osciladores muito bem implementados.

Por exemplo, É comum em alguns instrumentos virtuais que o som do oscilador não seja constante em todas as oitavas, o que não acontece no Element.

Conclusão

Os maiores acertos neste instrumento virtual é sua sonoridade e sua interface simplificada. Altamente recomendado para se aprender mas sobre síntese subtrativa.

Pré configurações, acesso rápido numa única página, áreas bem definidas e uma simplificação das possibilidades ajuda em muito No fluxo criativo, afinal, nem sempre o melhor é o mais complexo.

Se podemos dizer que ele tem algum defeito, talvez seja exatamente a mesma coisa do que foi dito antes. Ou seja, pode ser simples demais para usuários que gostam de levar essa brincadeira com sintetizadores sério. Sem dúvida nenhuma, para este público o caminho a seguir, pesquisar e experimentar instrumentos virtuais de empresas como Native Instruments e Arturia.

Abraços,

cris3x4 blog proclass Cristiano Moura é instrutor certificado oficialmente pela Avid para lecionar cursos de nível 100, 200 e 300 em Pro Tools. Por meio da ProClass,  oferece consultoria, treinamentos customizados além de cursos oficiais em Pro Tools, Mixagem e Masterização.

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