Pro Tools

Trabalhos com Vídeo no Pro Tools

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Configurações e Funções

Cada dia, mais profissionais da área musical só tornam mais atuantes no mercado audiovisual. E não imagine que estamos falando apenas da produção de trilhas sonoras para TV e cinema.

Sonoplastas, artistas de foley, sound designers, editores de diálogo, dubladores são algumas outras atividades que músicos e produtores musicais estão se aventurando e se desenvolvendo rapidamente.

Mais que isso, hoje temos uma série de profissionais de áudio que trabalham em paralelo na área de vídeo, realizando trabalhos como assistente de edição, editor, finalizador, colorista, etc.

Neste artigo, vamos entender o que podemos esperar do Pro Tools para os trabalhos com vídeo, ver suas configurações e algumas funções que são especialmente importantes para qualquer produção de som que esteja atrelada à imagem.

Capacidades e limitações do Pro Tools

O Pro Tools convencional permite que o usuário tenha apenas um arquivo de vídeo na sessão. O sistema de reprodução de vídeos aceita vídeos em SD e HD, compactados com codificadores mais populares como o h.264 e codificadores mais profissionais como o Avid DNxHD.

Importante entender que o vídeo é reproduzido no Pro Tools convencional, mas não há nenhuma capacidade de edição.

Para estes casos, é preciso partir para o Pro Tools HD, solução de grande porte da Avid, onde o usuário ganha a possibilidade de colocar mais de um vídeo na sessão, e também mais de uma pista de vídeo na Edit Window. Ainda assim, há limites pois o Pro Tools não é um editor de vídeo. Por exemplo, apenas um vídeo pode estar tocando de cada vez.

O usuário também poderá realizar edições básicas nos vídeos. cortar trechos, deletar, copiar ou aparar.

Preparando a sessão para receber um vídeo

Do mesmo jeito que áudio pode ser gravado em 44.1, 48, 96kHz etc, o vídeo é gravado em quadros por segundo. Os termos em inglês “frame rate” ou “FPS” também são usados com frequência.

Se o Pro Tools não for configurado corretamente, o vídeo vai tocar na velocidade errada e toda sua produção de áudio vai ficar fora de sync na entrega. Veja na fig. 1A, que na pista de vídeo, temos o frame rate indicado em vermelho. Isto indica que o frame rate da sessão está incorreta. Na figura 1B, já vemos o setup corrigido.

fig. 1A – Pro Tools informando em vermelho o Frame rate incorreto

 

Fig. 1B – Frame Rate configurado corretamente

Bem, então vamos ver como fazer este setup. Precisamos saber qual o frame rate do vídeo e configurar o Pro Tools para não haver nenhuma disparidade na reprodução.

Para isso você pode abrir o vídeo em algum reprodutor como o QuickTime movie, e acessar as propriedades do vídeo. O atalho é Command(mac)/CTRL(win)+i. (Fig. 2.)

Fig. 2 – Descobrindo o frame rate do vídeo via Quicktime Player

No pro tools, vamos configurar com o mesmo valor, acessando o menu setup > session setup (fig. 3). No segundo campo, vemos a opção de frame rate.

Fig. 3 – Configurando Pro Tools Session Setup

Opções de visualização

Por padrão, o pro tools apresenta pequenos quadros no clip de vídeo (thumbnails) (Fig. 4A), para ajudar ao usuário a se localizar, mas isso consome um pouco da cpu e nem sempre é necessário. Então recomendo acessar o Track view selector e mudar para blocks. Fig. 4B.

Fig. 4A – Track View em Frames

 

Fig. 4B – Track View em Blocks

Para ver o vídeo, usamos o menu Window > Video. A janela que se abre tem tamanho ajustável, bastando apenas clicar no canto inferior esquerdo e arrastar para redimensiona-la. O ideal seria ter um segundo monitor sempre para este tipo de trabalho, mas sabendo que muita gente trabalha apenas em um laptop sem segunda tela, é essencial memorizar o atalho command(mac)/CTRL(win)+9 que abre e fecha esta janela. O com atenção do detalhe de que o “9” tem q ser pressionado no teclado numérico.

Confirmando o Timecode

Timecode Burn-in é o termo que usamos quando recebemos um vídeo com timecode impresso na imagem. Ele serve de referência, para garantirmos que o Timecode do Pro Tools coincide com o Timecode do editor de vídeo.

Basicamente, precisamos então fazer um processo manual, de alinhar o timecode do vídeo com o timecode do Pro Tools. Existem 1000 maneiras de fazer isso, mas ver uma maneira bem simples utilizando funções nem tão conhecidas, mas muito úteis: Nudge, Sync Point e Spot Mode.

Primeiro, ajuste o valor do Nudge para 1 Frame (fig. 5). Se você não vê esta opção, confirme que está usando “Timecode” como unidade de medida.

Fig. 5 – Configurando o Nudge para 1 Frame

O Nudge serve para o usuário andar com o cursor em valores pré-determinados (no nosso caso, 1 frame), utilizando as teclas de soma (+) e subtração (-) no teclado numérico.

Agora coloque o seu cursor no primeiro frame do vídeo e observe o valor do Timecode impresso no vídeo (fig. 6A).

Fig. 6 – Configuração de Timecode

Agora, vamos mudar para o modo “SPOT” (fig. 6B) e clicar no clip de vídeo com a ferramenta grabber (Fig. 6C). Na caixa de diálogo que aparece (fig. 6D), na coluna “Start Point”, basta inserir o timecode que você vê no vídeo e pressionar ok para confirmar.

Neste momento, você deve ver o vídeo com o timecode impresso 100% alinhado com o timecode da régua de tempo do Pro Tools (Fig. 7).

Fig. 7 – Timecode alinha com Pro Tools

Exportando seu projeto

Além do Bounce to Disk, que usamos para exportar a mixagem completa da sessão como um arquivo único, você pode ser solicitado a entregar de outras formas.

Pelo mesmo menu File > Bounce to…, temos a opção “To Quicktime…”, ou seja, é possível exportar o vídeo combinado com o áudio que você produziu de uma só vez, sem precisar passar pelo editor de vídeo.

Também é possível que o editor de vídeo queira ter acesso e alguma flexibilidade da mixagem, e peça para você exportar submixagens (Stems) de acordo com alguma lógica de grupo. Exemplos comuns são submixagens de diálogos, efeitos e música (trilha sonora).

Para estes casos, temos duas opções. A primeira é pressionar o solo em todas as pistas de diálogo por exemplo, e mandar fazer o Bounce to Disk. Depois basta repetir o processo com os canais de efeitos e mais uma vez com os canais de música. Ou seja, executar três vezes a função Bounce to Disk.

Outra opção, podemos fazer um endereçamento dividido por categoria e gravar em novas pistas de áudio. A vantagem é fazer três “bounces” de uma só vez.

Para isso, precisamos enviar os canais de diálogos para um mesmo bus via send. Mantenha o nível do send zerado e a opção “pré” desligado.

Faça mesma coisa com os canais de efeitos, e também com os canais de música.

Feito este endereçamento, podemos criar três novas pistas de áudio, e atribuir para cada uma delas, o bus criado anteriormente (fig. 8). Por fim, basta colocar para gravar o sinal.

Fig. 8 – Endereçamento para gravação de Stems

E com isso, vamos ficando por aqui.

Abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

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Técnicas de seleção!

Técnicas de seleção!

 

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Sim! Porque editar é fácil. Difícil é selecionar direito

Quando falamos que uma certa pessoa “edita muito rápido”, dá a impressão de que ela conhece bem os atalhos e digita rápido. Porém, como quase em tudo na vida, O que faz a diferença não é ser rápido. É saber o melhor caminho.

Para uma edição acontecer, primeiro, algo precisa ser selecionado. Parece simples, mas pare e pense: Quantas vezes vocês não demorou um tempão para fazer uma seleção com precisão em múltiplos tracks?

Ou quantas vezes você fez a seleção, mas clicou em algum lugar errado e perdeu o material selecionado?

Mais ainda, quantas vezes você concluiu uma edição, e quando foi ouvir, percebeu que ficou horrível porque o material não foi selecionado corretamente?

Então, o que quero dizer é que na realidade, ninguém precisa aprender a “editar” mais rápido, pois, editar é simplesmente a ação de deletar, mover, copiar ou colar um material.

O que temos que nos concentrar é em selecionar precisamente o material a ser editado, para não precisar refazer a edição depois.

Então vamos lá! Vamos neste artigo estudar diversas técnicas de seleção, com casos do nosso dia a dia.

Antes de tudo, não perca sua seleção!

Uma vez que a seleção foi feita, perder a seleção é o que de pior pode acontecer. Ter que começar de novo é improdutivo e frustrante. Então vamos ver as causas e como resolve-las.

1- se você esbarrou com o mouse e perdeu a seleção: neste caso, temos no menu Edit a função “Restore last selection“ (fig. 1). Funciona como um “Undo” das seleções.

fig. 1 – restore last selection

2- se você quiser ouvir algo na timeline: por padrão, se você tem uma seleção feita e precisa ouvir outro trecho do seu projeto, ao clicar em outro local, você vai perder a seleção, correto?

Para evitar que isso ocorra, desligue o botão link timeline and edit selection (fig. 2).

fig. 2 – Link timeline and edit selection

Com ele desativado, podemos tocar qualquer local da sessão clicando nas réguas cinzas (fig. 3), seja a de minutos e segundos, timecode ou bar|beats.

fig. 3 – Réguas para posicionamento do cursor de playback

Quando terminar de ouvir, não esqueça de ligar de novo a função link timeline and edit selection.

3- se quiser alterar uma seleção já feita: um erro comum, é clicar e arrastar nas setas azuis (fig. 4) para aumentar ou diminuir as seleções.

Fig. 4 – Setas de ajuste de seleção

Até que funciona, mas é extremamente fácil de clicar errado e perder a seleção.

Ao invés disso, se acostume a pressionar o Shift, pois assim, não há riscos da seleção se desfazer. Além disso, você poderá agora clicar em qualquer lugar sem riscos. Pode ser nas setas azuis, nas réguas de tempo ou diretamente nos clips.

Lidando com múltiplas pistas

Você sabe que é possível clicar e arrastar para baixo para estender sua seleção em múltiplas pistas. Se forem duas ou três pistas até que funciona bem, porém, é de longe é o mais limitado e impreciso método quando lidamos com 5, 10, 30 pistas.

Para simplificar e ganhar segurança, ativamos o botão “Link Track and edit selection” (fig. 5).

fig. 5 – Link track and edit selection

Com este botão pressionado, basta fazer a sua seleção horizonalmente em uma única pista. Uma vez pronta, para estender sua seleção para outras pistas, clique no nome das outras pistas utilizando os modificados Shift ou CTRL (win)/Command (mac), para acrescentar mais pistas, exatamente como você faria no Windows Explorer (win) ou Finder (mac) para selecionar diversos arquivos.

Dupla função da tecla TAB para seleções

Abaixo das ferramentas de edição, temos o botão “Tab To transients”(fig. 6), que configura o funcionamento da tecla TAB.

fig. 6 – TAB to transients

Se o “Tab To transients” estiver desligado, o usuário pode andar com o cursor de clip em clip utilizando a tecla TAB. Como nosso assunto aqui é “seleção”, pressione a tecla TAB com o Shift pressionado, para que conforme o cursor se desloca, clips vão sendo selecionados precisamente.

Já com a função “tab to transients” a tecla TAB se deslocada entre os picos sonoros, também chamados de transientes. É a função ideal editar elementos percussivos, bateria, loops etc. Não esqueça de acrescentar a tecla SHIFT, para garantir que o cursor faça a seleção conforme ele se movimenta pelos transientes.

Seleção durante o playback

Muitas vezes percebo que o usuário já sabe (de ouvido) o trecho que quer selecionar. O que todos nós fazemos intuitivamente é dar playback na sessão, ficar de olho na tela para ver mais ou menos onde está o trecho que queremos selecionar.

Uma vez identificado, paramos o playback e começamos a fazer a seleção normalmente. E qual é o problema disso?

São vários. Você muitas vezes se engana, e acaba selecionando mais do que precisa. Se isso acontecer, voltamos a estaca zero.

Também se você ficou com duvidas, o que você provavelmente vai fazer é dar play de novo na sessão para confirmar se selecionou a área correta. Ou seja, vai ter o que ouvir 2x o material.

Perda de tempo. Se você já sabe de ouvido o que você quer, melhor fazer logo a seleção de uma vez durante o Playback. Inicie o playback e onde você achar que deve ser o início da seleção, pressione a seta para baixo no seu teclado (sem interromper o playback). Você não vai perceber muita mudança, mas siga em frente.

A sessão vai continuar tocando, e quando chegar o momento em que você quiser definir como final da seleção, pressione a seta para cima.

Agora sim, a seleção já está feita e você pode interromper o playback.

Provavelmente ela não vai ficar 100% perfeita. Depende da precisão com que você pressionou as teclas. Mas tudo bem, você já sabe que pode corrigir sua seleção de forma segura utilizando mantendo a tecla Shift pressionada.

Ajustes finos na sua seleção

O Nudge é um recurso muito conhecido para mover clips com extrema precisão, simplesmente pressionando o sinal de soma ou de subtração no teclado numérico (fig. 7). Porém, também pode ser utilizado para aumentar ou diminuir seleções.

fig. 7 – Teclado numérico

Primeiro, configure o nível de incremento no campo adequado (fig. 8). Agora, para alterar o início da seleção, pressione os modificadores Shift+Alt ao utilizar os botões de soma/subtração.

fig. 8 – Configuração do Nudge

Para ajustar o final da seleção, faça o mesmo procedimento, porém utilizando os modificadores Shift+CTRL (win) ou Shift+Command(mac).

E com isso, vamos ficando por aqui. Lembre-se que cada caso merece um tratamento diferente. Não é questão de velocidade! É questão de conhecer as estratégias de seleção. Use este artigo para aumentar seu “arsenal” de opções e pratique!

Abraços, e até a próxima!

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Bug, defeito ou má utilização?

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Entenda algumas configurações que confundem iniciantes

Antes de ligar para o suporte ou formatar o seu computador, há algumas coisas que podem ser feitas para tentar solucionar um problema no Pro Tools.

Aliás, muitas vezes nem há um problema de fato… É comum o usuário ativar uma função sem querer com combinações de teclas ou cliques no mouse. E isto pode dar a impressão de que o Pro Tools não está respondendo corretamente.

Neste artigo, vamos apontar algumas das principais situações e configurações que confundem usuários quanto a operação do Pro Tools.

Comportamento do cursor de posição

Quando interrompemos o playback, pode acontecer do cursor ficar estacionado no local, ou também pode acontecer dele voltar a posição de origem, onde foi iniciado o playback.

O nome desta opção chama-se “insertion follows playback” e acessível pelo menu options ou pelo seu botão correspondente na barra de ferramentas (Fig. 1).

Fig. 1 – Insertion Follows Playback

Agora algo muito comum de acontecer, é de usuários terem a impressão de que esta configuração está mudando sozinha… É isto inicia toda uma especulação sobre a “procedência” do Pro Tools, “bugs”, e configuração inadequada.

Na verdade, na maioria das vezes isso acontece por acidente, pois o atalho para desta configuração é a letra “N”, que o usuário esbarra ao iniciar e interromper o playback com a barra de espaço.

A segunda situação que gera estranheza é do usuário posicionar o cursor em algum lugar para fazer o playback, e o Pro Tools começar a tocar a sessão de outro lugar diferente. E por que isso acontece?

É uma mistura de fatores; erro na operação do software e uma configuração.

Primeiramente, é importante entender que local mais “correto”, ou seja, “a prova de erros”, para clicar e posicionar o playback é na régua de tempo, e não nas réguas de andamento, compasso, markers ou nas pistas (fig. 2). Primeiro porque independe da ferramenta que você tem habilitado, e sem segundo porque nunca vai depender de configuração para funcionar corretamente.

fig. 2 – Régua de tempo

Isso é conceito geral, válido para qualquer outro software que envolva timeline, seja Pro Tools, Logic, Cubase ou mesmo softwares de vídeo como Avid Media Composer, Final Cut ou Premiere.

Aplicando apenas este conceito, o usuário dificilmente iria ter problemas do playback iniciando em um local diferente de onde foi o click.

Mas no Pro Tools, também é possível clicar nas pistas para posicionar o cursor, e a bem da verdade, a maioria das pessoas usar este recurso. Mas neste caso, o usuário precisa usar obrigatoriamente o selector tool e precisa conhecer a função “Link Timeline and Edit Selection (fig. 3).

fig. 3 – Link Timeline and Edit Selection

Se ela estiver desativada, o usuário tem que obrigatoriamente clicar nas réguas de tempo para posicionar o cursor para playback. Posicionar o cursor clicando nas pistas simplesmente não funciona.

Por último, o Pro Tools também tem um recurso chamado de “pre roll” que pode interferir no playback. Com ele acionado, faz com que o Pro Tools inicie um pouco antes de onde está o cursor. Ele é acionado e configurado através da janela transport localizada no menu window. (Fig. 4).

Fig. 4 – Pre Roll Habilitado

O misterioso sumiço da ferramenta de fade

Com o smart tool acionado, podemos fazer um fade in ou out ao posicionar o mouse no canto superior esquerdo, ou direito, respectivamente.

Porém, algumas vezes a ferramenta não aparece (Fig. 5). Por que?

Fig. 5 – Fade Tool que não aparece

Na verdade, o que acontece é que já existe um fade no clip mas que o usuário não está vendo. Isso acontece quando o fade é muito pequeno. Se você abrir bastante o zoom, vai conseguir reparar que ele está lá.

Neste caso, basta selecionar o clip e através do menu edit > fades > delete para retirar os fades já existentes. Este é um comando pouco conhecido, que inclusive pode ser útil para apagar fades de diversos clips de uma única vez.

Audiosuite que não aplica o resultado

Pelo menu Audiosuite, podemos aplicar um processamento de áudio em um ou mais clips específicos.

Porém, o usuário seleciona o clip, faz a regulagem do plug-in e ao pressionar o botão render, nada muda. Onde está o erro?

A parte superior da janela de AudioSuite é muito poderosa, porém subutilizada. Em particular, temos o botão “playlist” (fig. 6), que se tiver desabilitado, a versão processada vai para a clip list mas não substitui a versão original que está na timeline.

Fig. 6 – Função Playlist do AudioSuite

Loop Playback que não funciona

Podemos confirmar que o Loop Playback está acionado pelo menu Options ou pelo ícone na janela de transport. (fig. 7).

fig. 7 – Loop Playback Habilitado

Ainda assim, pode acontecer dele não funcionar.

Muitas vezes no processo de sound design, ou avaliando apenas o ataque inicial de uma peça de bateria, o usuário faz uma seleção muito curta, e é ai que mora o perigo.

O Loop Playback do Pro Tools é limitado a 0,5 segundos. Se sua seleção for menos que isso, nada feito!

Arquivos tocam no projeto, mas não estão na pasta Audio Files

A pasta Audio Files, dá a entender que concentra todos os arquivos de áudio da sessão, mas na prática não é bem assim.

Quando importamos um arquivo pelo menu file > Import > Audio, podemos percebemos que na verdade o Pro Tools pode se comportar de duas maneiras (fig. 8).

Fig. 8 – Opções de Importação

Ao clicar na função “Copy”, os arquivos serão de fato copiados para a pasta Audio Files (como esperado), mas a função “Add”, não.

Com a função Add, o Pro Tools continua lendo os arquivos a partir do seu local de origem, o que gera uma discrepância entre os arquivos contidos na sessão e os arquivos contidos na pasta Audio Files.

A pergunta é: o Pro Tools efetua a função Add ou a função Copy quando arrastamos um arquivo diretamente do finder (mac) / window explorer (win)?

Por padrão, O Pro Tools executa a função add sempre que possível. Ou seja, os arquivos NÃO SÃO COPIADOS para a pasta Audio Files.

Se o formato do arquivo não for nativo do Pro Tools (MP3 por exemplo), ou estiver em um Sample Rate diferente, ai o Pro Tools vai executar uma conversão, e ai sim, este arquivo vai para a Pasta Audio Files.

Também é possível mudar este comportamento através do menu Setup > Preferências. Na aba “processing”, encontramos a opção “copy all files during import”, que na prática significa que agora, a função padrão do Pro Tools vai ser efetuar a função Copy ao invés da função Add.

E com isso ficamos por aqui. Lembrou de mais alguma configuração que pregou uma peça em você algum dia na vida? Compartilhe conosco!

Abraços,

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