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Ajustes nota a nota, sílaba a sílaba

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Um mergulho profundo na função Clip Gain

A possibilidade ajustar o nível de sinal diretamente nos clips sem precisar usar AudioSuite demorou para sair para os usuários de Pro Tools.

Apenas na versão 10 ela foi implementada, mas por outro lado, foi extremamente bem implementada, principalmente no que se refere à sua integração com a automação convencional do Pro Tools.

Neste artigo vamos explorar estes dois ambientes. Tanto o ajuste de ganho quanto a integração com a automação.

Fluxo de sinal – mais importante do que nunca

A ordem com que o sinal é processado afeta o resultado, portanto, é essencial entender como acontece o processamento no Pro Tools.

Se engana quem acha que não há diferença entre o ajuste de ganho com Clip Gain ou com o Fader do canal.

O ajuste de Clip Gain é um ajuste direto na onda sonora e acontece antes dos inserts, então isto significa que o Clip Gain interfere em compressores, noise gates, distorção, equalizadores e os demais processadores que podem estar nos inserts (fig. 1).

fig. 1 – Fluxo de sinal no Pro Tools 10.001

Métodos para ajustes pontuais na onda

Todo clip no Pro Tools (a partir da versão 10), possui um ícone no canto inferior esquerdo (fig. 2) e basta clicar e arrastar o mouse sobre ele para fazer o ajuste na onda. Simples assim.

fig. 2 – ícone do Clip Gain

Porém, a função contempla mais algumas opções interessantes que costumam passar desapercebidas.

Além de ajustes de ganho estáticos (mesmo ganho em todo o clip), existe a possibilidade de fazer ajustes dinâmicos (ganho variável), similar ao processo nas curva de automação.

Para isso, é necessário habilitar a visualização gráfica do Clip Gain pelo menu View > Clip > Clip Gain Line. Com a linha visível, é possível criar pontos com o Grabber Tool ou desenhar curvas com o Pencil tool, exatamente como se faz com linhas de automação (fig. 3)

fig. 3 – Ajustes dinâmicos de ganho

Outro destaque é a função Nudge Clip Gain. É uma possibilidade de ajustar o ganho apenas com o atalho do teclado. Basta acionar o atalho Control (mac) /Start Key (win) + Shift + Seta para cima ou para baixo para amplificar ou atenuar em incrementos de 0.5dB.

Demais funções com o botão direito

Ao clicar com o botão direito em um clip, outras opções úteis serão apresentadas: “Bypass Clip Gain” para comparar seu ajuste e a versão original, “Copy Clip Gain”, “Render Clip Gain” para oficializar seu ajuste e registrar numa nova onda sonora e “Clear Clip Gain”, usado para apagar todas suas modificações de uma só vez.

Mantendo compatibilidade com outras versões

Nos dias de hoje é muito comum trabalhar em edição num estúdio de menor porte e partir para mixagem num estúdio maior. Um problema que pode acontecer é quando o estúdio de grande porte ainda não está utilizando o Pro Tools 10, e logo, não tem acesso ao Clip Gain.

Neste caso, a recomendação é fazer uma cópia da sessão compatível utilizando a função “Save Copy In…” no menu File.

Na caixa de diálogo que aparece tem diversas funções, mas para garantir compatibilidade, o mais importante é logo na parte superior, no campo “Session Format”, escolher a opção Pro Tools 7 -> 9 Session (fig. 4).

fig. 4 – configuração para compatibilidade com versões anteriores do Pro Tools

Isso garante que todos seus ajustes de Clip Gain sejam processados e sejam entregues de forma perfeita ao estúdio de mixagem.

Apesar de chegar no resultado esperado, lembre-se de os arquivos foram processados e não seria fácil reverter caso necessário.

Então a seguir, vamos ver outra possibilidade um pouco mais complexa, porém extremamente útil.

Conversão de Clip Gain para Automação

Clip Gain é simplesmente um gráfico que informa como o Pro Tools deve interpretar o ganho de um certo trecho, certo?

Bem, a automação de volume não é muito diferente.

Curiosamente desconhecida, a possibilidade de converter Clip Gain para automação é um dos pontos mais fortes com relação à implementação da função.

Para fazer a conversão, basta selecionar o clip e acessar o menu Edit > Automation > Convert Clip Gain to Volume Automation. A figura 5 mostra o resultado desta função aplicado à figura 3.

Fig. 5 – Conversão de Clip Gain para Volume Automation

Esta é uma excelente alternativa de como levar uma sessão do Pro Tools 10 para um Pro Tools 9 ou inferior mantendo os ajustes de Clip Gain “editáveis”.

ATENÇÃO: por que perder tempo com o primeiro método? por que então não utilizar apenas este segundo método?

Porque este método só deve ser utilizado se não houver inserts na pista.

Lembre-se, “fluxo de sinal – mais importante do que nunca”. Ao converter Clip Gain para automação, o ponto em que o ajuste de ganho foi alterado. Antes, ele acontecia antes do insert, e agora acontece depois do insert.

Com isso, se houver processadores nos inserts (principalmente os que manipulam ganho), o resultado sonoro será diferente.

Combinando Clip Gain e Volume Automation

Ainda no menu Edit > Automation, veja que existem outras variantes. É possível fazer o inverso (converter Volume Automation para Clip Gain), e há uma opção chamada de “Coalesce Clip Gain to Volume Automation”) que merece nossa atenção.

Num cenário onde já exista automação de volume e você queira incorporar também os ajustes de clip gain a ela, simplesmente converter não será suficiente, pois um valor vai cancelar o outro. Ou seja, se no Clip Gain tem +3dB e no Volume tem +2dB, com a função “Convert” Clip Gain to Volume Automation, os 2dB do volume serão apagados e só teremos uma linha de automação em +3dB (do Clip Gain).

Já com o Coalesce, o Pro Tools vai ver os dois valores e escrever na automação o resultado. Então, se no Clip Gain tem +3dB e no Volume tem +2dB, teremos uma linha de automação em +5dB.

E com isso encerramos este artigo. Por favor, fiquem à vontade para escrever e sugerir novos temas.

Abraços!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

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Manipulando tempo do áudio

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Fundamentos do Elastic Audio

O trabalho no Pro Tools se resume a três grandes fases: gravação, edição e mixagem… Destas, talvez a edição seja a que passamos a maior parte do tempo, então vale conhecer todos os tipos de recursos para ganhar tempo e chegar no melhor trabalho possível.

Desta vez, vamos ver um dos recursos do Elastic Audio, muito utilizado para correção em execuções, mas que também serve para alterar de forma artística uma performance.

Aumentando ou diminuindo a duração de um clip

A primeira coisa a fazer é habilitar o recurso Elastic Audio na pista de áudio em questão. Basta clicar no espaço logo abaixo dos botões “DYN” e “READ” (fig. 1) e escolher um dos plug-ins de Elastic Audio.

fig. 1 – Habilitando Elastic Audio

Existem 5 tipos de plug-ins e vamos falar sobre cada um deles mais abaixo, então neste primeiro momento vamos apenas utilizar o plug-in “polyphonic”.

Uma ver que o Elastic Audio foi habilitado, o sistema vai analisar o áudio em busca dos transientes (ou transitórios). Este processo vai deixar a pista offline (e clips na cor cinza) temporariamente mas pode demorar mais ou menos dependendo da quantidade de áudio.

Uma vez que os clips voltaram com a cor normal, também precisamos separar o trecho de áudio que pretendemos alterar. Basta selecionar com o Selector e acessar o menu Edit > Separate (atalho Command/CTRL + E).

Uma vez separado, vamos finalmente fazer nosso ajuste. Para isso, clique e mantenha pressionado o mouse na ferramenta trim tool (fig. 2) e para ter acesso as ferramentas avançadas e escolha o TCE Trim Tool.

fig. 2 – Acesso das ferramentas avançadas de Trim

Com a ferramenta na mão, basta ir com o mouse na extremidade do clip e arrastar a borda para a esquerda ou direito ao seu gosto. (fig. 3).

fig. 3 – Alterando velocidade com TCE Trim Tool

Aplicando “Quantize” em áudio

Como dito anteriormente, ao aplicar o Elastic Audio, o material é analisado e o sistema busca pelos picos mais destacados, pois normalmente representam o início de uma nova nota ou evento sonoro. E é baseado nessa análise que o quantize é aplicado.

O recurso “Quantize” é algo usado com muita frequência em execuções de MIDI, e em poucas palavras, é o processo de pegar todas as notas executadas e aproxima-las do contexto rítmico mais próximo. Ou seja, toda nota executada mais adiantada ou atrasada é automaticamente corrigida de acordo com uma série de parâmetros.

É importante ressaltar que este recurso só tem utilidade se o andamento da música estiver condizente com o andamento da sessão.

O processo é bem simples e direto. Selecione o trecho de áudio em questão e pelo menu Event > Event Operations temos a opção Quantize.

Os parâmetros são diversos e merecem um artigo à parte apenas para eles. Vamos simplificar apenas ajustando o parâmetro “Quantize Grid”.

Ele deve ser ajustado de acordo com a figura de menor duração da execução em questão. Se você tem dúvidas com estes termos musicais, minha sugestão é começar com valores de colcheias (1/8th note) ou semicolcheias (1/16th note) em execuções de velocidade média e (1/32th) se estivermos falando de um solo de guitarra muito rápido por exemplo.

Instantaneamente, perceba que o áudio foi levemente aproximado do Grid do Pro Tools (fig. 4)

fig. 4 – Antes e depois do Quantize com Elastic Audio

Refinando execução rítmica manualmente

Se o Quantize é um recurso prático e rápido, ele não é sempre a melhor escolha, pois tem sempre a chance da nota ser ajustada para o lado errado.

Mais que isso, existem casos em que não estamos interessados em uma execução 100% matemática. Ao invés disso, queremos apenas suavizar os trecho que ficaram demasiadamente fora do ritmo.

Se você tem um trecho musical bem executado e quer apenas refinar alguns trecho, podemos utilizar outro recurso do Elastic Audio, chamados de Warp Markers.

Para habilitar este recurso, vamos alterar a visualização do track clicando no botão que está escrito “Waveform” e alterar para “Warp” (fig. 5).

fig. 5 – Preparando a visualização para Warp Markers

Neste modo, repare que o Pro Tools apresenta o que chamamos de marcas de análise, ou seja, onde ele identificou que provavelmente é o início de uma nova nota.

Para alterar o início ou final de uma nota, podemos clicar em uma destas marcas para converte-las no que chamamos de “Warp Markers”.

Faça sempre três marcas (fig. 6). Uma no início da nota que você quer alterar, outra na marca anterior e mais uma na marca posterior.

Fig. 6 – Três marcas em Warp Markers

Desta forma, podemos arrastar agora marca central (da nota que você quer alterar) e esticar o áudio, com o mesmo princípio de um elástico.

As marcas anterior e posterior a nota em questão são importantes, pois delimitam a área de atuação do movimento. Sem elas, você estaria alterando a posição de toda a execução e não apenas da nota em questão.

Limites do Elastic Audio

Nessa altura, talvez o leitor esteja pensando que nunca mais vai precisar utilizar as ferramentas e o método tradicional de cortar trechos do áudio e reposicionar manualmente. Mas tudo na vida tem um preço. O Elastic Audio é muito interessante e útil, mas vale conhecer suas limitações.

Quando alteramos a velocidade (principalmente quando deixamos o áudio mais lento), o material precisa ser reprocessado que gera uma alteração e perda de qualidade sonora.

Repare que se você esticar absurdamente um áudio o Pro Tools vai apresentar a cor vermelha (fig. 7), que indica que você está exagerando e que haverá uma redução drástica no som.

Fig. 7 – Exageros com Elastic Audio – Clip com fundo avermelhado

Ou seja, é um recurso para ser com critério. Alguns elementos sonoros podem ter a velocidade alterada sem muitos prejuízos quanto a qualidade sonora, mas de forma geral, instrumentos com estrutura harmônica complexa (piano e violão por exemplo) rapidamente podem ter o timbre comprometido se utilizado em excesso.

Para flexibilizar esta questão é aparecem os outros plug-ins de Elastic Audio. São algoritmos desenvolvidos para amenizar os efeitos colaterais do Elastic Audio.

Utilize o modo Polyphonic em elementos sonoros complexos e Rythmic para elementos com ataques muito definidos. Para a voz humana, foi desenvolvido o Monophonic e se quiser a melhor qualidade possível, utilize o X-Form, que é bem mais pesado e funcionando renderizando o material a cada alteração.

O modo Varispeed altera a velocidade e a afinação ao mesmo tempo, emulando o efeito da alteração de velocidade em uma fita ou toca-discos de vinil.

Portanto uma função não vai anular a outra. O processo tradicional de cortar trechos de áudio e mudar a posição do clip manualmente pode ser trabalhoso pois você vai precisar cuidar dos cortes, aplicar fades etc… mas garante que a qualidade sonora seja preservada em 100%.

Já o Elastic Audio, tem como forte a praticidade… mas há de se prestar muita atenção no prejuízo timbrístico envolvido.

Um abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

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Track Groups, Subgroups e VCA Master

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Funções semelhantes, mas cada uma com sua vantagem

Pistas semelhantes por muitas vezes merecem o mesmo tratamento sonoro e é natural também precisarmos executar funções similares como MUTE, SOLO, HIDE etc.

O Pro Tools oferece essencialmente duas funções para trabalhar com várias pistas em conjunto. A primeira é com a função Track > Group e a segunda é endereçando pistas para um Aux Input Track e controlando todos os sinais por lá.

Todas são úteis, mas a utilização de uma ou outra não é dependente de gosto pessoal. Cada uma possui sua característica própria, suas vantagens e desvantagens.

Neste artigo, vamos falar sobre diversas necessidades e onde cada método se encaixa melhor.

Um simples ajuste global de volume

Em um exemplo inicial, vamos imaginar um contrabaixo que foi gravado em duas pistas. Uma carrega o sinal direto de linha e a outra pista carrega o sinal microfonado.

Se na mixagem, decide-se fazer uma mistura com os dois sinais, faz todo o sentido que o mixador faça o ajuste ao seu gosto e depois mantenha este equilíbrio.

Neste momento, tanto a função track group (atalho Command+G no mac e CTRL+G no win) quando a idéia de fazer um endereçamento para um track auxiliar são bem vindas e não há muita vantagem ou desvantagem. O problema começa quando começamos a inserir plug-ins e fazer sends para efeitos.

Subgrupos para processar várias pistas com um plug-in

Ainda no exemplo anterior, o equilíbrio sonoro foi definido no fader de cada canal mas agora o mixador resolve que vale a pena distorcer um pouco o contrabaixo.

O problema é que ele tem dois canais e o que ele busca é distorcer de forma única o conjunto de sinais.

Para este caso, a função track group não serve pois ela só serve para interligar comandos de fader, mute, solo etc, mas não para unir dois sinais. Para somar os sinais, é essencial endereçar cada canal via BUS para um canal auxiliar, e é neste canal auxiliar que o distorcedor deve ser inserido (fig. 1).

fig. 1 – Dos canais endereçados para um Aux Input com um plug-in no insert

 

Ajustes de ganho entre canais individuais e subgrupos

Hora de pensar no fluxo do sinal. Leve em consideração que temos um fader de volume nos canais individuais (que podem ser agrupados) e temos também um fader de volume no canal auxiliar (que tem um distorcedor inserido).

Agora, se o mixador decide aumentar o sinal do contrabaixo na mix, onde é melhor aumentar? Nos canais individuais ou no canal auxiliar?

Se ele está satisfeito com a sonoridade e quer simplesmente ouvir o baixo mais alto na mix, o ideal é usar o fader do canal auxiliar, pois como ele é o último controle de ganho da cadeia, não vai afetar o timbre.

Agora, é importante reconhecer que aumentar o ganho no fader individual também é muito útil.

Ao aumentar os canais individuais, o mixador está na realidade enviando cada vez mais sinal para a entrada do distorcedor e neste caso, o contrabaixo vai soar mais distorcido.

É bem verdade que para soar mais distorcido, o mixador poderia simplesmente aumentar o controle de distorção do plug-in mas saturar a entrada do plug-in tem efeito diferente de aumentar a distorção no plug-in, principalmente nos plug-ins de guitarra e baixo.

Aumentando o volume quando tem sends envolvidos

Aqui temos um caso complicado, e vamos usar a bateria como exemplo desta vez para deixar mais complicado ainda.

Temos os canais individuais da bateria, e todos estão endereçados para um auxiliar como no caso anterior. Também como no caso anterior, temos um plug-in no insert do auxiliar, mas desta vez é um equalizador acrescentando um pouco de agudo de forma geral na submixagem da bateria.

A novidade são os sends que foram feitos, onde apenas o sinal da caixa e tons foram endereçados para um reverberador em um outro canal auxiliar (fig. 2).

fig. 2 bateria do subgrupo e mandadas de efeito

Novamente, vale pensar juntos. Se o mixador quer ouvir a bateria mais alta na mix, o ideal aumentar o sinal das pistas individuais ou no auxiliar onde a bateria está subagrupada?

Por conta dos sends no canal da caixa e tons, não podemos seguir o caminho mais simples do caso anterior, simplesmente subindo o fader do canal auxiliar, pois desta forma, os sends não serão compensados da mesma forma e o equilíbrio entre o sinal limpo e sinal reverberado será alterado.

A melhor opção então seria fazer um track group com todos os elementos da bateria e levantar o fader em algum canal do grupo. Com os sends configurados como post-fader, é a maneira que temos para aumentar o sinal das peças individuais e também a quantidade de sinal enviada ao reverberador.

VCA Master, qual sua função?

O VCA Master é uma função antiga para usuários de Pro Tools HD, mas que já está disponíveis para todos os usuários a partir da versão 12.2 do Pro Tools.

Ele funciona como uma extensão do track group. É uma maneira mais conveniente de controlar estes grupos e fazer automações.

Então primeiramente temos que criar uma VCA Master e associa-lo a algum grupo (fig. 3).

fig. 3 – VCA Master associado ao track group da bateria

Uma vez associado, o usuário tem o melhor dos dois mundos. os faders dos canais individuais podem ser ajustados de forma independente e o fader do VCA master pode ser usado para ajustar todos os faders do grupo de uma vez.

Além disso, se o mixador quiser fazer uma automação de volume na bateria, lembre-se de que se tivermos sends envolvidos, não devemos usar o fader do canal auxiliar.

Para não precisar fazer automação em todos os canais individuais, o mixador pode utilizar o VCA master para tal, mantendo o conforto de trabalhar em apenas uma pista, mas que transporta dos resultados para os canais individuais.

E com isso, vamos ficar por aqui. Não deixem de escrever com mais sugestões para as próximas edições.

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