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Acelerando funções do dia-a-dia

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Dicas, truques e atalhos do Pro Tools

Eu lido diariamente com pessoas de diversas áreas, e que naturalmente utilizam softwares diferentes para cada tipo de trabalho.

Designers que Photoshop, Illustrator, Corel Draw por exemplo. Pessoal do administrativo que usa o pacote Office, videomakers que usam Premiere, Final Cut Pro, Avid, After Effects e DaVinci Resolve.

Mas de todos estes profissionais, não conheço nenhum mais sedento por atalhos e técnicas que ajudem a ganhar tempo como os editores de som, produtores musicais e engenheiros de som. Mesmo que sejam milésimos de segundos, qualquer click economizado é valioso.

Então vamos lá, para mais um artigo de Pro Tools, desta vez com foco em trabalhar com eficiência, e por consequência, mais rápido!

Criação de tracks

Estes dois métodos muito rápidos para criar tracks no Pro Tools. Primeiramente, usando atalhos de teclado. Para iniciar o processo e abrir a caixa de diálogo (fig. 1), usamos a combinação Command + Shift + N (mac) / CTRL + Shift + N (win).

Fig. 1 – Caixa de diálogo para crição de tracks

Agora falta configurar. Para escolher o número de tracks, basta digitar o número. Para escolher o formato multicanal de track, usamos a combinação Command + Setas para esquerda e direita no Mac, ou CTRL + Setas para esquerda e direita no Windows.

Para configurar o tipo de track, é parecido. Neste caso, usa-se a combinação Command + Setas para cima e para baixo no Mac, ou CTRL + Setas para cima e para baixo no Windows.

Caso queira criar mais de um tipo de track, normalmente clicamos no botão de soma (Fig.1A), mas também temos atalhos. Usa-se a combinação Command + Shift + Setas para cima e para baixo no Mac, ou CTRL + Shift + Setas para cima e para baixo no Windows.

Caso você esteja na segunda camada (Fig. 2) mas precise revisar uma das suas configurações anteriores, basta pressionar o botão TAB.

Fig. 2 – Caixa de diálogo para múltiplos tracks

Por último, temos a área de base de tempo (Fig. 1B), que sinceramente, a não ser que você saiba exatamente o que está fazendo, eu não recomendo alterar. Porém, só por uma questão de complemento de informação, o atalho para altera-la é Command + Option + Setas para cima e para baixo no Mac, ou CTRL + Alt + Setas para cima e para baixo no Windows.

Se quiser ver uma demonstração deste método, A ProClass tem uma videoaula gratuita disponível no YouTube. Segue o Link: http://bit.ly/2eSM9x7

Agora vamos ver outro método, que foi incorporado a partir do Pro Tools 12.

O sistema se baseia em um duplo click na área cinza onde não há track criados (fig. 3). Muito prático e as vezes rápido do que usar os atalhos acima mencionados dependendo da necessidade.

Fig. 3 – Area para criação de track com duplo click

Para escolher o tipo de track, usamos teclas modificadoras junto com o duplo click.

Anote ai: Command (mac)/CTRL (win) criar audio tracks, Option (mac)/Alt (win) para criar Instrument Tracks, Control (mac)/ Start Key (win) para criar Aux tracks, e por fim, Shift para criar Master Fader Tracks.

Criação de mandadas

Usamos o termo “mandada” sempre que queremos enviar o sinal de um canal para outro numa mesa de som, seja para processar por um efeito, montar subgrupos os stems.

Se pararmos para pensar, é um processo chato e longo. Vamos enumerar por exemplo a criação de um canal de efeito: 1-criar um auxiliar, 2- dar um nome ao canal, 3- atribuir um Bus na entrada do canal, 4- adicionar o efeito no insert, 5- rotear o send de um canal para o mesmo bus. Agora vamos simplificar:

Supondo que você quer criar um canal de efeito para a voz por exemplo, vamos começar clicando em um send do canal da voz, mas desta vez vamos escolher a opção “New Track…” (fig. 4).

Fig. 4 – Route to track via Send

Na caixa de diálogo que se abre, basta escolher o tipo e formato do track (com os mesmos atalhos vistos anteriormente) e dar o nome. Ao confirmar, seu canal auxiliar já está criado, com os roteamentos feitos e até renomeados. A única coisa que fica faltando é adicionar o efeito no insert.

A mesma coisa pode ser feita na hora de criar subgrupos, só com algumas pequenas alterações.

Selecione os canais que serão agrupados, e para atribuir todos para o mesmo subgrupo pressione Option + Shift (mac) / Alt + Shift (win) e clique no output do track. Você vai encontrar a mesma opção “New Track…” (fig. 5).

Fig. 5 – Route to track via Output

Limpeza de sessão

Durante uma sessão de gravação, é normal você fazer diversos takes. Sem uma limpeza constante, sua sessão vai ocupar muito espaço de disco, com diversos arquivos de áudio que não foram utilizados.

Para limpar sua sessão rapidamente, primeiro precisamos selecionar os arquivos que não estão em uso. No Pro Tools, o nome do comando é “select unused”. Depois, podemos apagar o que está selecionado com o comando “clear”.

Agora para a prática: Para executar a função “select unused” usamos o atalho Command + Shift + U (mac) / CTRL + Shift + U (win). A clip list vai como na figura 6, com alguns clips selecionados e outros não.

Fig. 6 – Clip List com arquivos não utilizados selecionados

Já para apagar com o comando “clear”, usamos o atalho Command + Shift + B (mac) / CTRL + Shift + B (win).

E com isso, vamos ficando por aqui. Não deixe de escrever enviando suas sugestões de temas.

Abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

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Premium Plug-ins para Pro Tools

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Conheça a série “Pro” da Avid

Faz algum tempo, saiu uma nova linha de plug-ins para Pro Tools, que inclui o Pro Compressor, Pro Limiter, Pro Expander, Pro Multiband Dynamics e Pro Subharmonic.

Este lançamento foi feito de forma sutil e sem muita propaganda, portanto acabou passando desapercebido por muita gente.

Neste artigo, vamos conhecê-los um pouco melhor e entender as diferenças entre a série “Pro” (paga à parte) e a suite de plug-ins já incluída no Pro Tools.

Pro Compressor vs. Dyn3 Compressor/Limiter

O Pro Compressor (fig. 1) talvez seja um dos principais plug-ins da série “Pro”.

Fig. 1 – Pro Compressor

Não espere nada com coloração ou que emule compressão analógica, pois não é essa a proposta. Ele foi feito para ser sua escolha na hora de buscar uma compressão “transparente”, que possa trazer mais estabilidade ao som sem distorções ou alterações timbrísticas aparentes.

Seu grande diferencial são seus modos de detecção. Diferente da maioria dos compressores, ele possui várias configurações de regulagem do detector (fig. 1A).

A opção SMART vem como padrão, para molda a detecção de acordo com o sinal, mas vale a pena explorar os outros modos.

A opção RMS que é boa para usar em mixagens fechadas, ou grupos de instrumentos por exemplo.

AVG (average), que significa “média” em inglês, e é bom em instrumentos que não tem ataque tão rápido, como vocais, sopros etc.

As opções PEAK e FAST são voltados aos instrumentos com ataque bem definido como uma bateria, percussão, guitarra funk ou um baixo com slap por exemplo.

À parte disso, outra pequena preciosidade incluída neste plug-in é o botão de “Solo Gain Reduction”, que fica ao lado dos modos de detecção (fig. 1B), que é uma ótima maneira de você entender mais sobre a atuação do seu compressor.

Mais abaixo, temos a seção de Sidechain, que também é um pouco mais completa do que no Dyn3 Compressor/Limiter, pois possui filtros peaking/notch, que permitem com muita facilidade usar o Pro Compressor para atenuar baseado em uma faixa de frequência específica. Por exemplo em vocais, você poderia ajustar para o Pro Compressor atenuar de acordo com as baixas frequências para amenizar momentos que em o cantor emite com muita ênfase palavras com “p” e “b”, que costumam gerar excessos.

Para finalizar, temos também o controle de “Mix”, que também não existe no Dyn3. Não é nada muito fantástico, mas é um facilitador sempre que estiver pensando em fazer compressão paralela.

Pro Limiter vs. Maxim

O Pro Limiter (fig. 2) entra na categoria dos “ultra-maximizers”, como o Maxim da Avid e L1, L2, e L3 da Waves.

Fig. 2 – Pro Limiter

Não há muito o que falar, a não ser a dura realidade… O Maxim, foi desenvolvido muitos anos atrás, e distorce o sinal relativamente rápido, por isso é raramente usado hoje em dia como plug-in de masterização/finalização em qualquer ambiente profissional.

O Pro Limiter veio então para preencher esta lacuna no Pro Tools, ou seja, oferecer um Ultra-Maximizer com desenvolvimento mais moderno, capaz de limitar muito mais o sinal sem o lado negativo das distorções aparentes.

Porém ele não para por ai, pois também possui os mesmos modos de detecção vistos no Pro Compressor.

Também está bem mais atualizado com relação as medições, pois nos dias de hoje, se fala muito mais em medição de Loudness em LUFS e True Peak do que a medição por picos.

Ele é capaz de analisar Loudness de acordo com os todos os padrões necessários (Fig. 2A), e ainda inclui um Audiosuite para analisar um trecho de áudio instantaneamente, sem precisar dar play no material de fato.

Para finalizar, temos o parâmetro “Character” (fig. 2B), que gera uma saturação ao sinal, porém diferente do Maxim, de forma controlada.

Pro Expander vs. Dyn3 Expander/Gate

O Expander é um processador pouco conhecido, mas muito valioso. Sua idéia básica é atenuar sinais que estão abaixo do Threshold e é muito usado diminuir ruídos quando um instrumento não está sendo tocado por exemplo.

Com relação ao Pro Expander, a primeira coisa a notar é que temos também a nossa disposição os modos de detecção vistos no Pro Compressor.

Porém, repare que temos uma última opção um pouco diferente, que é o “Duck” (fig. 3A).

Fig. 3 – Pro Expander

O termo “Duck”, vale esclarecer que neste caso, não é para ser traduzido como “Pato”. “Duck” ou “Ducking” neste caso, tem a ver com o conceito de “abaixar”.

A idéia é inserir o Pro Expander no canal com uma música de fundo, e atenuar a música sempre que uma voz (por exemplo uma narração) entrar em ação.

Este é um processo bem comum em trabalhos do mercado de rádio e TV, mas o conceito pode ser tranquilamente aplicado em música, abaixando a base de uma guitarra na hora do solo por exemplo.

Para configurar, basta seguir os passos no Pro Expander:

1) Insira o Pro Expander no canal a ser atenuado

2) Escolha a opção “Duck” nos modos de detecção (Fig. 3A)

3) Escolha um “Bus” como External Key Input (Fig. 3B)

4) Na área de Sidechain, procure a opção “Source” e altere para Ext-All (w/LFE) (Fig. 3C)

Agora, no canal da voz, configure um Send Pre Fader para o mesmo Bus e coloque o fader em 0dB (fig. 4).

Fig. 4 – Configuração Ducking

A princípio, a redução de ganho será muito drástica, mas você regular pelo parâmetro “Depth” do Pro Expander (Fig. 3D).

Pro SubHarmonic

Não há nenhum plug-in similar na suíte padrão do Pro Tools que possa ser comparado com o Pro SubHarmonic (Fig. 5).

Fig. 5 – Pro Subharmonic

Sabemos que um equalizador pode ser usado para acentuar baixas frequências existentes na fonte de sinal. Mas o que acontece se não houver nenhuma informação de baixa frequência na fonte de sinal? Ou se usuário estiver em busca de algo mais impactante e ênfatico que nem existe na fonte sonora?

É nesta hora que o Pro SubHarmonic entra em ação. O que ele faz é gerar artificialmente sinais de baixa frequência baseado na fonte sonora. Principalmente para o mercado audiovisual, onde terremotos, ventos, explosões precisam usar e abusar do SubWoofer, o Pro SubHarmonic é muito bem vindo.

No mercado musical, também não faltam situações em que ele pode ser útil. Um caso muito recorrente é de um bumbo que foi captado com muito “kick” e praticamente grave nenhum. Um equalizador talvez não resolva o problema como você quer.

Surdo de Samba e SubKick em Rap, mesmo que bem gravado, também podem ser beneficiados pelo Pro SubHarmonic.

Uma das coisas que chamam atenção positivamente são as possibilidades de regulagem.

Além de ser totalmente flexível com relação a sintonia e ganho de frequência e suas parciais, também permite colocar cada uma das frequências em “Solo”, que é ótimo para o usuário entender melhor que tipo de informação ele está manipulando. Também possui um controle de Drive que funciona muito bem, controles de passa alta e passa baixa e regulagem de Mix.

Pro Multiband Dynamics

Fig. 6 – Pro Multiband Dynamics

Este é mais um processador que não tem similar na suíte padrão do Pro Tools.

Possui 4 bandas distintas como a maioria dos compressores multibanda do mercado, porém tem uma funcionalidade muito interessante: permite direcionar cada uma das bandas para um BUS diferente.

Isso é muito bem vindo, pois o usuário pode ter as 4 bandas em canais auxiliares separados. Além de ficar muito mais confortável de regular ganho de cada faixa de frequência, o usuário ganha total flexibilidade para outros processamentos.

Por exemplo, você poderia colocar reverberação apenas nas áreas médias, ou re-equalizar apenas os agudos ou saturar/distorcer apenas os graves utilizando qualquer plug-in que venha a sua cabeça.

Conclusão

Acho uma pena estes plug-ins não serem incluídos na compra do Pro Tools, pois realmente foram uma grata surpresa.

A Avid não é muito conhecida por desenvolver os principais plug-ins do mercado, então logicamente, acaba havendo um pouco de preconceito do mercado. Mas para quem está disposto a investir em plug-ins, vale a pena deixar o preconceito de lado.

Percebe-se claramente que tem muitas opções baseadas em feedback dos usuários, e com certeza para quem usa Pro Tools, devem haver pacotes que façam valer a pena financeiramente o investimento, se comparado a compra de plug-ins de empresas terceirizadas.

Com isso, vamos ficando por aqui.

Abraços e até o próximo mês!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

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Preparando sua sessão para pré-produção

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Sugestões para um template eficaz

A produção musical em homestudios mudou muito nossa maneira de pensar e produzir em estúdio. Um dos principais fatores é que a figura do produtor musical e do técnico de som se fundiram. Aliás, a fusão do músico + produtor + técnico também é bem comum. Ou seja, uma mesma pessoa pode estar fazendo a função de três.

Certamente, se por um lado, produzir sua própria música em casa é muito confortável e um sonho para muita gente, o acúmulo de função pode atrapalhar bastante o seu fluxo criativo.

Para tentar separar ao máximo cada um dos processos é uma bela maneira de tentar se organizar mentalmente para produzir e ser criativo ao mesmo tempo.

Uma das principais é criar uma sessão pré-configurada para suas produções, para que, quando vier uma idéia ou inspiração, você possa abrir o Pro Tools e começar a gravar com menor número de clicks possíveis.

As suas idéias vem acompanhadas de instrumentos

Suas idéias musicais geralmente nascem de um instrumento. Ou você senta no piano, pega o violão ou algum outro instrumento para compor.

E mesmo que você esteja apenas “cantarolando” uma idéia musical mentalmente no ônibus, provavelmente ela está sendo imaginada na “voz” de algum instrumento.

Então é bom pensar um pouco nisso.

1) Quais são os instrumentos que você costuma usar para compor?

2) Quando você começa sua produção, quais outros instrumentos você costuma gravar em seguida, logo após a sua idéia inicial?

Estes são os tracks e instrumentos que devem já estar preparado. Por exemplo, no meu caso (sou guitarrista), a minha idéia inicial vem na guitarra, mas gosto de produzir uma levada básica na bateria logo de cara ao invés de usar o click.

Uma vez que a idéia está registrada com guitarra + bateria, normalmente já fico na ansiedade de pelo menos colocar um baixo + teclado temporário, só para poder sentir como a idéia flui com os outros instrumentos.

Então minha sessão inicial (template) já abre com: 3 tracks de guitarra, bateria, Baixo e teclado.

E por que 3 canais de guitarra? Por que eu não sei se a idéia que vai vir, vai ser de guitarra clean, ou uma base, ou mesmo uma linha melódica para um solo de abertura.

Como momentos de criatividade são raros e especiais, eu não quero nem perder tempo em inserir um efeito e pesquisar o som.

Então tenho um track clean, um segundo já com distorção (crunch) e um terceiro com uma distorção mais forte já preparada.

No canal do baixo, já tenho um compressor aplicado e uma equalização básica.

Além disso, tenho 4 auxiliares já configurados. Reverb, Delay, Chorus e Phaser.

Por último, tenho um Master Fader também já preparado.

Ou seja, uma vez criada a sessão, basta apertar REC no track que eu quero começar a gravar e partir para a execução. (Figura 1)

fig. 1 – Tracks Iniciais

Click

Apesar de ser rápido abrir um Click Track, eu acho o som padrão do click do Pro Tools extremamente ruim. Então também já tenho meu click track aberto, com o timbre alterado para Marimba 2, que é mais neutro (fig. 2).

Fig. 2 – Click com Marimba

Levadas pré-programadas em playlists

Se você tem uma banda com um estilo já meio definido de música por exemplo, pop rock, talvez você possa ir um passo além e ter um track de bateria com algumas das principais levadas que o seu estilo costuma comportar.

Para isso, não utilizamos múltiplos tracks como alguns podem pensar. Nós vamos usar playlists. É uma maneira de ter várias versões de uma execução no mesmo track.

Para isso, crie sua primeira levada normalmente. Para criar um novo playlist, basta clicar na seta ao lado do nome da track (fig. 3) e escolher a opção new.

Fig. 3 – Playlist Selector

Com isso, a pista fica livre novamente e você pode registrar uma nova levada e depois é só continuar repetindo o processo.

Para ver as playlists existentes, basta clicar novamente na mesma seta ao lado do nome do track para abrir a seleção playlists.

Mandadas de fones

Se seu estúdio de múltiplas mandadas de fones, sabe que este setup também toma um certo tempo para montar e configurar, então também é algo que você já pode ter preparado para economizar tempo.

Primeiramente, vale a pena já ter um I/O configurado com nomes para não se confundir. Ao invés de ter que lembrar que a saída 3–4 vai para o Fone 1 por exemplo, é melhor renomear logo de uma vez a saída 3–4 para “FONE 1”.

Fazemos isso pelo menu Setup > I/O. Na janela de diálogo que se abre, escolha a aba “output” e altere os nome de acordo.

Já no mixer do Pro Tools, não fique esperando o músico te pedir para fazer a mandada de fone. Já tenha todos os tracks preparados. Vamos fazer quatro passos para preparar da melhor forma possível.

Primeiramente, com o Alt pressionado, você pode criar um send em todos os canais de uma única vez, e mante-los zerados até o músico de fato pedir para abrir o sinal.

O segundo passo, é alterar a visualização para Expanded Send (fig. 4). Esta visualização te dá mais feedback visual de como está a configuração da mixagem, níveis em cada canal e VU.

Fig 4 – Expanded Sends

O terceiro passo é alterar a configuração de todos os Sends para pre-fader. Em expanded send, isso é muito fácil. Basta pressionar o botão “p” com o Alt pressionado. (fig. 4).

O quarto e último passo é criar um Master Fader da saída de fone. Ele vai servir como um controle geral de tudo que está sendo enviado para os fones. Ele é importantíssimo pois é comum o sinal chegar muito forte e distorcer o sinal no fone. Sem este Master Fader, você teria que atenuar o nível de cada canal e provavelmente ia acabar mexendo na proporção das tracks.

Salvando seu template

Com tudo preparando, só falta salvar mesmo a sua configuração para que ela seja útil em outras oportunidades. Para isso, basta clicar no menu File > Save as Template.

Com isso, sempre que quiser fazer uma sessão com essa configuração basta ir em File> Create New… e escolher a opção “Create From Template”. (fig. 5).

Fig. 5 – Create From Template

E é isso ai. Agora você está preparado para deixar de lado a parte técnica e deixar sua concentração totalmente voltada ao seu lado criativo.

Abraços e até a próxima!

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