Artigos

Mudanças no Media Composer 6.5

Mudanças no Media Composer 6.5

Artigo publicado na Revista Luz e Cena

Para conhecer mais sobre a revista, clique aqui.

Para treinamentos e certificações oficiais Avid Media Composer, clique aqui.

No começo de setembro, a Avid anunciou a atualização do Media Composer. Não é necessariamente um upgrade de grande porte, mas ainda assim, funções interessantes foram implementados e podem ser úteis para muitos usuários.

O foco deste artigo não será necessariamente listar todas as mudanças. Para isso, recomendo o próprio site da Avid, que inclusive recentemente, lançou sua versão em português. Ao invés disso, vamos nos concentrar nas mais importantes e discutir como isso pode influenciar o fluxo de trabalho de cada um.

Audio Keyframes

Keyframes são pequenas âncoras criadas num clip com o propósito de fazer alterações dinâmicas de algum parâmetro. Muitas vezes, dizemos que são “animações” ou até “automatizações” de parâmetros. (fig.1)

fig1 – audio keyframes

Até a versão 6, era possível selecionar vários keyframes para animação de efeitos mas não para keyframes de volume ou pan nos clips de áudio. Agora, o comportamento é idêntico ao que acontece ao clicar keyframe de vídeo pela Edit Preview Monitor, quando se está editando um efeito.

Depois de selecionado, é possível copiar e colar para outros clips (fig.2) ou deslocar com a função nudge para alterar o nível de ganho. Parece um simples detalhe mas a utilidade é grande, pois agora, é possível ajustar o nível de um clip de áudio com extrema precisão sem precisar abrir Mixer.

fig2 – copy – paste keyframes

Resumidamente, significa que agora o funcionamento é mais consolidado com relação a keyframes, tanto para áudio quanto para vídeo e representa uma melhor experiência para o usuário.

64 voices para áudio.

Voices, em poucas palavras, significa quantos sons podem ser reproduzidos ao mesmo tempo no Media Composer. Apesar de ser possível ter 24 tracks de áudio num projeto, o Media Composer até então só tinha capacidade para tocar 16 sons ao mesmo tempo.

A partir da versão 6.5, o limite subiu para 64 voices. (fig.3)

fig3 – voices

Mas pode ter ficado uma dúvida: para que ter capacidade tocar 64 voices se ainda estamos presos ao limite de 24 tracks?

É importante entender que cada voice está relacionado a um áudio mono. Ou seja, um clip estéreo consome 2 voices, um clip surround 7.1 consome 8 voices e assim por diante.

Então enquanto no Media Composer 6 só era possível ouvir dois clipes de áudio 7.1 (8 + 8 voices), na versão 6.5 é possível ouvir simultâneamente diversas configurações por exemplo:

  • Todos os 24 tracks com clips estéreo (48 voices)
  • 20 tracks com clips estéreo + 3 tracks com clips surround 7.1 (64 voices)

Então resumindo, abre-se uma nova gama de possibilidades de configuração e uma maior flexibilidade para o editor.

Rodando sem hardware cada vez mais fácil

Agora, um simples botão possibilita habilitar e desabilitar o uso de um hardware dedicado com o Media Composer. (fig.4)

fig4 – hardware

E porque alguém precisa disso?

Imagine o cenário em que um trabalho esteja sendo realizado no Media Composer com um hardware dedicado, e no meio do trabalho, é necessário fazer alguma tarefa em outro software como o Adobe After Effects. (fig.5)

fig.5 – mc6 hardware 1

Para o After Effects poder utilizar o mesmo hardware, era necessário fechar a aplicação do Media Composer antes de carregar o After Effects. E depois de concluído o trabalho, era necessário fechar o After Effects e reiniciar o Media Composer do zero para voltar ao trabalho.

Agora ficou um pouco melhor, onde é possível fazer o seguinte procedimento:

  1. Ao invés de fechar o Media Composer, apenas desativar no Media Composer o uso do hardware.
  2. Iniciar o After Effects. Deste modo, o After Effects poderá usufruir do hardware.
  3. Fazer os procedimentos no After Effects
  4. Fechar o After Effects
  5. Ativar o hardware novamente no Media Composer.

Outra vantagem desta opção é que, certas funções como Full screen Playback são apenas acessíveis se o Media Composer estiver rodando em “software Mode”, ou seja sem hardware conectado. Nestes casos, era necessário fisicamente desconectar o hardware o que não era nada prático.

AMA – Avid Media Access, e agora Authoring

AMA (Avid Media Access) é um método de referenciar media no Media Composer em diversos formatos sem precisar de transcodificar/converter formatos. Na versão 6.5, pelo protocolo AMA recebeu uma nova funcionalidade onde agora é possível exportar uma sequência ou clip de volta para o cartão de memória no formato reconhecido pela câmera.

Importante: sendo um plug-in desenvolvido pelo fabricante das câmeras (Sony, RED etc) e não pela Avid, ainda é preciso que estas empresas façam uma nova versão de seus plug-ins para aceitar essa nova função.

AS-02 Volumes

AS-02 é um método para agrupar múltiplas versões de um programa num único pacote. Por exemplo, no caso de uma sequência que será editada com uma versões de áudio e títulos em português e espanhol, utilizando um AS-02 Volume, será possível ter todas as sequências num único pacote sem a necessidade de redundância das outras medias.

É uma excelente opção para diversos casos e em poucas palavras, as principais vantagens são:

  • Velocidade na hora de exportar sequências
  • Redução de consumo de disco.
  • Edições mais rápidas

Conclusão:

Não existe nenhuma revolução tecnologica no Media Composer 6.5, mas é um upgrade válido. Existem diversos ajustes que não foram cobertos neste artigo como o acesso direto para edição de um título com botão direito e a possibilidade de selecionar clips não adjacentes. Aconselho a todos a experimentar os recursos da nova versão fazendo o download da versão gratuita de demonstração pelo site da Avid.

Abraços e até a próxima

Cristiano Moura é um instrutor certificado pela Avid em Media Composer e ministra treinamentos oficiais de certificação Avid em todo o Brasil pelo centro de treinamentos ProClass, com sede no Rio de Janeiro.

Posted by ProClass Treinamentos in Artigos, Avid Media Composer, Novidades
Conversando com outros softwares

Conversando com outros softwares

logo_backstage

Artigo publicado na Backstage. Para conhecer mais sobre a revista, clique aqui.

Para saber mais sobre treinamentos e certificações oficiais em Waves, Pro Tools, Sibelius ou outros treinamentos em áudio, clique aqui.

 

Como levar e receber projetos do Logic, Cubase e editores de vídeo

Existem muitos motivos pelos quais o Pro Tools se tornou um padrão de mercado.

Um deles, é por conta da compatibilidade entre estúdios, produtoras e músicos que gravam no seu próprio homestudio.

Porém, e se um produtor quiser gravar e editar em um estúdio de grande porte com Pro Tools, para usufruir de diversos microfones e preamps, mas quer mixar em casa, usando Logic Pro?

Outra questão: e se você gosta de editar vídeos, como faria para levar todas as suas pistas de áudio para o Pro Tools para fazer uma boa sonorização e tratamento de áudio?

Estes são apenas dois, dos muitos casos em que será necessário que você domine as possibilidades e recursos da transferência de projetos entre softwares, e é isso que vamos estudar neste artigo!

Entendendo o processo, para entender as necessidades

Vamos separar os estágios básicos de uma produção em três partes: gravação, edição e mixagem.

É importante então, primeiro definir em que estágio você está e o que precisa ser transferido.

Outro fator a ser considerado são as especificações dos arquivos de áudio. São três características que você precisa ter consciência: tipo de arquivo (File Type), taxa de amostragem (Sample Rate) e quantização (Bit Depth).

É importante confirmar se os dois softwares são capazes de trabalhar com as mesmas especificações. Caso contrário, será necessário converter os arquivos.

Transferindo apenas arquivos de áudio

Se você apenas na fase da gravação, o processo é bem simples, pois você usou pouquíssimos recursos do seu software e apenas precisa transferir os arquivos de áudio.

Mas basta ir na pasta de áudio, copiar o material e importar em outro software? Nem sempre.

Na maioria dos casos, o músico não executou tudo em apenas um take. Geralmente fazemos a gravação em “emendas” (overdubs), que é a opção de manter um trecho da gravação que ficou bom, mas regravar outro que ficou ruim (fig. 1).

Fig. 1 – Gravação com cortes

Isso gera um problema, pois os arquivos vão ter início diferente. Então eles precisam ser importados, porém mantendo seus pontos de sincronismo mantidos.

Então uma estratégia válida neste caso é unificar todos os cortes em um único áudio. Para isso, usamos um processo chamado de Consolidate (fig. 2) no Pro Tools ou Bounce em outros softwares (fig. 3).

Fig. 2 – Consolidate Clip

Fig. 3 – Cubase Bounce Selection

O ideal então é que todos os arquivos estejam unificados e iniciando exatamente na mesma hora. Veja bem, mesmo que uma pista tenha áudio apenas no meio da sessão, é importante fazer um consolidate com o mesmo início das outras pistas, mesmo que seja preenchendo com silêncio. (fig. 4)

Fig. 4 – Clips consolidados e iniciando na mesma posição

Estes arquivos consolidados podem agora ser facilmente exportados do Pro Tools através do comando Export Clips as Files, localizado no Pop-up Menu da Clip List (fig. 5).

Fig. 5 – Export Select Clips as Files

Feito isso, basta criar uma sessão no seu software de preferência e importar os arquivos.

Simples, rápido e efetivo.

Mas é perfeito? Certamente não, pois você não tem mais acesso aos cortes nem aos fades criados. Se tiver qualquer ruído nas emendas, ou mesmo se for necessário refinar um pouco o áudio com o trim tool, não será possível.

Então, vamos aprender outro método agora.

Transferência de áudio, mantendo cortes e posições de clips

Consolidar nem sempre é a melhor solução, principalmente quando temos muitas pistas, cortes e não tivemos tempo de conferir corte a corte em busca do melhor ponto de emenda.

Felizmente, existe um formato de transferência de projetos que preserva posições e cortes, chamado de OMF.

O Pro Tools é capaz de importar ou exportar OMF, e fica então agora por sua conta pesquisar se seu outro software também tem as mesmas capacidades.

Um cuidado especial na geração do OMF é que existem dois sistemas: o arquivo com as informações + arquivos de áudio separados em uma pasta, ou um arquivo único, com todas as informações e arquivos de áudio embutidos (embedded).

Apesar do segundo método parecer mais prático, costuma a dar mais defeito… então por precaução, prefira sempre a opção do arquivo OMF separado dos arquivos de áudio.

Você pode encontrar esta opção no Pro Tools pelo menu File > Export > Selected Tracks as New AAF/OMF. (fig. 6):

Fig. 6 – Caixa de diálogo de configuração de AAF e OMF

Editores de vídeo para o Pro Tools

Editores de vídeo também utilizam a exportação via OMF para enviar suas pistas de áudio para os sonoplastas/editores de som trabalharem em cima no Pro Tools. Como dito antes, manter cortes, fades e posição dos clips é bem importante para dar flexibilidade ao sonoplasta.

Mas você como responsável pela produção sonora, pode pedir para editores que utilizam Avid Media Composer (fig. 7) e Adobe Premiere (fig. 8) o envio de um arquivo AAF, que não é nada mais do que uma “evolução do OMF”.

Fig. 7 – Avid Media Composer

Fig. 8 – Adobe Premiere

Com este formato, muito mais informação é transferida, principalmente se o editor de vídeo estiver utilizando o Avid Media Composer, que também é do mesmo fabricante do Pro Tools.

Através deste método, o sonoplasta também receberá informação de clip gain, efeitos AAX utilizados nas pistas, automação, markers e muito mais.

Também permite criar gerar uma pista com clips vazios contendo todos os cortes da edição de vídeo. Conseguir localizar facilmente os cortes de uma cena, é uma vantagem enorme para o editor de som para vídeo.

Iniciando uma mix em um software e concluindo em outro

Vale ressaltar, que ainda não há nenhuma maneira de manter a compatibilidade de plug-ins entre aplicativos como Pro Tools, Logic Pro X e Cubase por exemplo.

Então iniciar uma mix em um software e concluir em outro é ainda uma péssima idéia. Você vai precisar anotar tudo que fez nos plug-ins no software de origem, e refazer no software de destino.

Talvez este seja um dos principais motivos pelo qual o Pro Tools acabou sendo adotado, mesmo por pessoas que nem gostam tanto assim do software.

Então como pudemos observamos, temos algumas opções bem interessantes, mas não podemos ignorar o fato de que são apenas paliativos com alguns lados negativos dependendo do caso.

Acredito que todo profissional atuante no mercado, pode (e deve) produzir na sua ferramenta de preferência, mas ao mesmo tempo, também é recomendável ter um sistema Pro Tools a disposição e uma boa desenvoltura com o software. Sem isso, você corre o sério risco de perder um trabalho simplesmente porque o cliente iniciou o trabalho no Pro Tools e não quer lidar com os contratempos da transferência de arquivos mencionados acima.

Abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

Posted by ProClass Treinamentos in Artigos, Pro Tools
Pro Tools 2018

Pro Tools 2018

logo_backstage

Artigo publicado na Backstage. Para conhecer mais sobre a revista, clique aqui.

Para saber mais sobre treinamentos e certificações oficiais em Waves, Pro Tools, Sibelius ou outros treinamentos em áudio, clique aqui.

Conheça a mais nova versão do Pro Tools

A primeira coisa que talvez você esteja se perguntando, é: 2018? Desde quando isso é numeração de versão de software?

Se no passado um software era atualizado a cada três anos ou até mais, hoje em dia, as atualizações são quase mensais e as empresas aos poucos perceberam que a numeração de versão não era tão mais eficaz.

A Adobe foi uma das primeiras a perceber isso, e já faz algum tempo que seus softwares vem com a versão referente ao ano, assim como acontece com carros. Do mesmo jeito que temos um Honda Civic 2015, temos o Photoshop CC 2016, o Premiere CC 2017, e agora teremos o Pro Tools 2018.

Tecnicamente, o mais correto é chamar de Pro Tools 2018.1, onde o “1”, é referente ao mês.

Então se sair por exemplo uma atualização em abril, a versão será 2018.4.

É uma alternativa bem legal, pois fica muito mais óbvio para o usuário saber quando a versão do software que ele está usando foi lançada, sem precisar recorrer aos manuais ou a internet.

A seguir, vamos conhecer suas novidades!

Adeus iLok! Seja bem vindo, iLok Cloud

O sistema de licenciamento do Pro Tools é um pouco diferente dos demais, pois as licenças não são baseadas em números de série, e nem baseado em conta de usuário com login e senha.

As licenças do Pro Tools são armazenadas fisicamente em um iLok, que são essas chaves USB (fig. 1). Para o Pro Tools abrir, o iLok precisa estar conectado em uma porta USB, e obviamente, ter uma licença válida.

fig. 1 – iLok

iLok Cloud é uma maneira nova de licenciar o Pro Tools, onde o usuário poderá efetuar o login em sua conta e habilitar o Pro Tools, mesmo sem um iLok. Porém, algumas considerações a fazer:

Primeiramente, os termos de licença do Pro Tools continuam os mesmos. Ou seja, só é permitido usar a licença em um computador por vez. Supondo que o usuário habilitou o iLok Cloud no seu estúdio (fig. 2). Se depois tentar habilitar no seu laptop pessoal, a licença/iLok Cloud do estúdio será automaticamente revogada.

Fig. 2 – iLok Cloud Session ativo

Em segundo, pelo mesmo motivo acima, não é possível ter sua licença registrada na chave de iLok física e no iLok Cloud. Ou é um, ou é outro.

Por último, mas talvez o mais importante. Para usar o sistema iLok Cloud, é necessário ter uma conexão com a internet ativa. O sistema fica confirmando de tempos em tempos se a internet está ativa e se a licença continua válida, portanto, se você quer trabalhar desconectado da internet, vai precisar continuar utilizando o sistema iLok tradicional.

Melhorias no MIDI

Faz muito tempo que não vemos nenhum avanço nesta área. A principal delas, foi a inclusão de teclas de atalho para mover notas MIDI para direita/esquerda, para cima e baixo, alterar a duração e velocity (fig. 3)

Fig. 3 – atalhos para edição MIDI

Por outro lado, a função mais interessante chama-se “Extract Chord From Selection”. A função está localizada no Menu Event, e funciona da seguinte forma: ao selecionar um trecho MIDI, o usuário pode pedir para o Pro Tools analisar verticalmente as notas e informar os acordes usados. Os acordes ficam registrados na régua (ruler) “Chords”, visível pelo menu View > Rulers > Chords, e também são visíveis no Score Editor (Fig 4A, 4B e 4C).

Fig. 4A – Acordes no MIDI Editor

Fig. 4B – Acordes identificados no Chords Ruler

 

Fig. 4C – Acordes no Score Editor

Por último, temos a função “Retrospective MIDI Record”, que significa simplesmente que mesmo em play, o Pro Tools está sempre gravando MIDI em tracks que estiverem com botão de Rec Enable habilitado.

Na prática, significa que se o usuário estiver em play, apenas ensaiando uma idéia ou estudando um solo, mas acabar gostando do que executou, ele pode acessar o Menu Event > Retrospective Record, que sua última execução será apresentada no track, mesmo sem ele ter colocado o Pro Tools para gravar.

Track Presets

O usuário também vai poder salvar todas as configurações de um canal: fader, pan, send e insert. Isso traz muita praticidade, uma vez que é comum utilizar um mesmo setup várias vezes, apenas alterando um pouco os parâmetros. Os track presets são encontrados na caixa de diálogo de criação de novos tracks (fig. 5).

Fig. 5 – Track Presets

Por exemplo para guitarra, o usuário poderia salvar um track preset chamado “guitarra base” com um afinador + compressor + simulador de guitarra + EQ final, já super timbrado para carregar em qualquer sessão.

Com instrumentos virtuais também é uma maravilha, já que em 99,9% dos casos, é preciso trabalhar o timbre com outros plug-ins para ficar de fato, convincente. Salvar um track preset com o nome “Harmmond rock” com um DB33 (orgão) + distorção suave + EQ + Phaser vai simplificar bastante as coisas.

Agora uma dica para quem não tem o Pro Tools 2018. Esta função já está disponível de forma não-oficial (ou seja, escondida) faz muitos anos!

Em 2012, eu e o pessoal da ProClass fizemos um vídeo explicativo de como criar track presets desde o Pro Tools 10. Segue o link:

https://youtu.be/F2w_mFw–0IM

Playlists ainda mais flexíveis

Nas últimas versões do Pro Tools, já tivemos significativos avançados nesta funcionalidade, que para quem não conhece (mas deveria conhecer!), podemos explicar rapidamente: é uma maneira mais completa para manipular múltiplos takes de uma performance para construir um take único, com os melhores momentos de cada parte.

No Pro Tools 2018, foi introduzido o conceito de “Target Playlist” (fig. 6). No passado, você tinha “Alternate Playlist” que eram todos seus takes, e o “Main Playlist”, que era o playlist usado como principal para receber edições.

Fig. 6 – Target Playlist

O “Target Playlist” permite que qualquer playlist seja utilizada para receber edições e construir melhores takes. Ou seja, podemos construir diversas playlists com edições diferentes e experimentar muito mais.

Além disso, muitos atalhos novos para navegar entre as playlists, ouvir cada um dos takes alternativos, executar edições e muito mais.

Mixer com mais feedback visual

Na versão 11, a Avid melhorou radicalmente as opções de medição de ganho do mixer, com medidores mais longos, diferentes sistemas de escala e até um medidor de redução de ganho dos compressores inseridos no canal.

Agora, também foi acrescentado uma mini-representação da equalização inserida no canal (fig. 7).

Fig. 7 – Atalhos para Playlists

Vale ressaltar que não estamos falando apenas da equalização padrão do Pro Tools. Se o usuário preferir utilizar um equalizador da FabFilter por exemplo, também vai funcionar.

Mais interessante que isso, se o usuário tiver dois equalizadores inseridos, a mini-representação vai mostrar a soma das duas curvas, portanto é uma maneira totalmente nova e única de analisar sua equalização.

Finalizando, gostaria de rapidamente mencionar que também houveram alguns avanços no sistema remoto colaborativo de projetos (Fig. 8), mas como este é um recurso novo, complexo e ainda muito desconhecido, portanto, merece uma atenção especial em um artigo único e exclusivo.

Fig. 8 – Mini-representação de equalização no mixer

Abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

Posted by ProClass Treinamentos in Artigos, Pro Tools