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Começando no Avid e terminando em outra ferramenta

Começando no Avid e terminando em outra ferramenta

Artigo publicado na Revista Luz e Cena

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Como continuar seu trabalho no Premiere, After Effects, Da Vinci Resolve, Pro Tools entre outros

A decisão da plataforma a ser escolhida para um projeto sempre deve levar em conta as possibilidades de integração com outras ferramentas. Isto porque, apesar dos aplicativos de edição de vídeo de hoje possuírem funções “extras” como efeitos, correção de cor e processamento de áudio, ainda existem aplicativos e profissionais mais adequados para cada função.

Usa-se muito o termo “Workflow” para se referir ao fluxo de trabalho decidido em uma produção, que envolve desde a captura até a entrega. Outro termo comum é o “Round trip”, que significa o processo envolvido em exportar material de uma plataforma para processar em outra, e depois voltar com o material processado de volta para o projeto/aplicativo inicial.

A decisão do workflow e round trip é fundamental para evitar perdas na qualidade da imagem, manter ao máximo a possibilidade de rever decisões, e principalmente, ser eficiente no que se diz respeito ao gerenciamento de tempo.

Vamos neste artigo entender como o Avid Media Composer envia material para outros aplicativos importantes do mercado.

AAF – O principal responsável

O formato OMF é muito mais comum do que o AAF, principalmente no envio de material da ilha de edição para o estúdio de sonorização. Porém, isto se dá apenas pelo fato do OMF ser um formato mais antigo e não por ser melhor. Pelo contrario, o AAF é um formato mais recente, funciona melhor e retém muito mais informação do que o OMF.

Já ouvi diversos motivos pelos qual continuar usando OMF ao invés do AAF, como o fato de usuários de Pro Tools precisarem pagar algo a mais para abrir este arquivo ou de que “OMF é só para áudio e AAF é só para vídeo”. Resumindo, tanto estas duas afirmativas são falsas como também a maioria das outras. Então salvo um caso ou outro muito específico, o formato AAF é o mais recomendado.

Passo-a-passo para gerar arquivos AAF

Primeiramente, é importante entender que o formato AAF não exporta um projeto todo, mas uma sequência. Ou seja, se o usuário precisar enviar três sequências para o colorista, será necessário gerar três arquivos AAF.

A primeira coisa a fazer é selecionar a sequência em questão e em seguida acessar o menu File > Export. Vamos pressionar o botão “options” para seguir para a janela de opções para explorar um pouco mais (fig. 1).

Fig. 1 – Janela de opções de exportação para AAF

Logo no alto, na opção “Export as” vamos alterar o tipo de arquivo para AAF. Logo em seguida, marque as opções “Include All Video/Data Tracks in Sequence” para os vídeos e “Include Audio Tracks in Sequence” se precisar também do áudio. Repare que à direita, há uma opção para escolher apenas algumas pistas e não todas (fig. 2).

fig. 2 – Opções de seleção de pistas

Link vs. Copy vs. Consolidate vs. Video Mixdown

Ao avançar, encontramos a opção “Export Method” que é a decisão mais relevante a ser feita, pois está relacionada a mídia do projeto e interfere nos três conceitos mencionados acima. Tempo de exportação, qualidade da imagem e possibilidade rever decisões.

A opção “Link to (Don’t Export) Media” é opção mais interessante caso o outro aplicativo que será usado para trabalhar no AAF se encontra na mesma máquina, ou num servidor compartilhado, ou ainda, em um computador independente mas que já tenha a mesma mídia à disposição.

A idéia é de não criar nenhuma mídia nova e fazer com que o arquivo AAF apenas aponte para as mídias atuais. Desta forma, o processo é rápido, evita-se duplicatas e obviamente, não há nenhuma alteração na qualidade pois as mídias de fato estão sendo compartilhadas.

Caso não seja seu caso e você precisar enviar não apenas as informações da sua sequência e também as mídias, temos outros caminhos para seguir.

A opção “Copy All Media” é tentadora. Quantas vezes alguém já falou com você: “faz o seguinte, me manda tudo!”. Normalmente a pessoa não tem a menor noção de quantas horas de cópia de material e tempo de ilha parada isto pode envolver.

“Copiar todas as mídias” seria a tradução mais próxima, cópia os arquivos brutos, incluíndo trechos que não foram usados. Por exemplo, imagine um vídeo de 5 min que editor manteve apenas 20 segundos na sequência. A opção Copy All Media não está nem um pouco preocupada com o que o editor aproveitou ou dispensou e vai copiar a mídia de bruta de 5 minutos.

Entra então a terceira opção, que é um bom meio termo. “Consolidate Media” gera novas mídias apenas com os trechos de fato utilizados na sequência. Economia de tempo e espaço em disco. Então no caso anterior, o usuário precisaria esperar apenas o tempo de gerar uma mídia de 20 segundos e não 5 minutos.

Até este momento, vimos apenas o Copy ou o Consolidate, que significa “tudo ou nada” ou “oito ou oitenta”. Mas é importante expandir um pouco mais as possibilidades: imaginemos que ao enviar um AAF gerado com a opção “Consolidate”, quem recebeu o arquivo resolva fazer um fade in/out, alterar o ponto de corte ou criar uma transição. Vamos ter um problema. Falta de mídia.

Então em muitos casos é necessário que uma área extra de mídia seja disponibilizada.

É nestes casos que entra em ação a opção “Handle Length”. “Handle” é o termo usado para indicar justamente esta área extra mencionada anteriormente. Desta forma, podemos continuar com a eficiência do método “consolidate media” mas com alguma flexibilidade, permitindo que a mídia seja gerada com uma “área de escape”.

A última opção “Video Mixdown” é bem vinda caso o envio seja para quem vai editar exclusivamente o som. Nesta opção, ao invés de gerar várias mídias e cortes, é gerado apenas um vídeo contendo a sequência toda sem cortes.

Onde e como armazenar?

Chegou a hora de decidir onde armazenar as novas mídias e partimos para o campo “Media Destinations”, também temos à disposição três métodos (fig. 3).

fig. 3 – Local de armazenamento das mídias

A opção “Media Drive” armazena no mesmo local usado pelas mídias originais. É uma opção muito pouco usada, pois se vamos manter no mesmo HD, por que não usar a opção “Link to (Don’t Export) Media)”?

Mas se está lá, é por que é útil, mesmo que em poucos casos… Um exemplo fácil de pensar é caso o aplicativo que vai ler o AAF não suporte os arquivos ou CODECs que o Avid esteja usando. Supondo que você está usando o CODEC Avid DNxHD e quer abrir o seu AAF no Final Cut Pro 7. Mesmo sendo na mesma máquina, o FCP 7 não consegue ler o CODEC Avid DNxHD então será necessário fazer um AAF consolidado e transcodificado para o CODEC Apple ProRes.

Sobra a opção “folder” e a opção “Embedded in AAF”. A opção folder é auto-explicativa, ou seja armazena as mídias numa pasta definida pelo usuário. Já a opção “Embedded in AAF” cria apenas o arquivo AAF com todas as mídias já encapsuladas no arquivo.

Apesar da segunda opção ser mais prática (um único arquivo é gerado), alguns aplicativos não conseguir ler corretamente o arquivo, então uma questão de segurança, recomendo que seja usada a opção “folder”.

E assim o processo é finalizado. Basta entregar para seu companheiro de trabalho e ele poderá abrir diretamente ou importar a sequência.

Para encerrar, vale ressaltar que o AAF se compromete a enviar todas as informações essenciais da sequência que são as pistas e pontos de corte, mas também envia informações de efeitos básicos como Resize, picture-in-picture, keyframes e tudo mais. Porém, o aplicativo deve ser capaz de interpretar estas informações, e nem todos tem essa habilidade.

Vamos ficando por aqui, e até o próximo mês! Abraços

Cristiano Moura é um instrutor certificado pela Avid em Media Composer e ministra treinamentos oficiais de certificação Avid em todo o Brasil pelo centro de treinamentos ProClass, com sede no Rio de Janeiro.

Posted by ProClass Treinamentos in Artigos, Avid Media Composer, Dicas
Aspectos de performance do Avid Media Composer

Aspectos de performance do Avid Media Composer

Artigo publicado na Revista Luz e Cena

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Trabalhando a favor do sistema

A performance do Avid Media Composer depende diretamente não apenas da máquina, mas também da maneira com a qual o usuário trabalha.

É importante entender que o Avid permite basicamente jogar qualquer vídeo diretamente na timeline, sem se importar com o formato, CODEC, frame rate e aspect ratio, mas isso não quer dizer que ele “gosta” de trabalhar assim. Neste artigo, vamos entender os limites e as contrapartidas desta flexibilidade da ferramenta.

Se português é seu idioma nativo, qual é o do Avid?

Quando estamos falando de codificação, gosto de comparar com um idioma. Português é nosso idioma nativo, que é nossa zona de conforto para escrever, ler e falar… porém se tivermos que ler um texto em espanhol, a maioria de nós vai conseguir entender boa parte, mesmo que não de forma ideal.

Da mesma forma, o Avid tem os seus CODECs nativos, que são aqueles que o Avid reproduz sem fazer muito esforço. Entre eles, estão o Avid DNxHD e DNxHR, Apple ProRes, XDCAM entre outros. Para ver a lista completa, basta acessar o Media Creation Settings e abrir a lista (fig. 1).

fig. 1 – media creation settings

AMA é seu intérprete

Voltando aos idiomas, imagine que você precise fazer uma reunião com um alemão. Diferente do espanhol, não há muita similaridade entre os dois idiomas e neste caso, o ideal seria termos ao nosso lado um interprete que possa ficar traduzindo o que cada um fala.

Agora pensem comigo… Vocês acham que é possível ter uma conversa fluida e natural num ambiente em que tudo que você fala e ouve precisa ser traduzido por um interprete?

Certamente não. A conversa fica truncada, não vai render tão bem e não será tão fluida e prazerosa como uma conversa entre duas pessoas que falam o mesmo idioma.

Da mesma forma, o AMA é o interprete do Avid, que permite reproduzir vídeos codificados com outros CODECs (ou idiomas), mesmo os que não são nativos.

Se por um lado, é excelente ter este interprete que permite trazer mídias imediatamente para o Avid perda de tempo para converter, por outro lado, há um trabalho extra em reproduzir uma mídia que utiliza um CODEC diferente dos CODECs nativos do Avid.

Portanto, o uso de um interprete deve ser visto como uma solução útil, porém temporária. E o link dos arquivos via AMA também. Tão logo sua mídia esteja organizada nos bins e catalogada, o ideal é consolidar ou transcodificar as mídias para dentro do Avid para obter um melhor desempenho.

Seu projeto deve estar de acordo com sua mídia

Na hora de criar um projeto, é um erro comum achar que o mesmo deve ser configurado de acordo com o formato de saída. Ou seja, não é porque a entrega solicitada é de um arquivo em Full HD 1920 X 1080 com 29.97p, que este será o formato do projeto.

O formato do projeto deve ser configurado de acordo com o formato em que os vídeos foram capturados. Para ficar claro: se vamos editar um VT falando da copa de 90 (SD), o projeto deve ficar em SD, mesmo sabendo que ele vai ser entregue em Full HD.

“Por que” é mais importante do que “como”

“Como eu crio um projeto” não é importante. Prefiro que pensem “por que devo criar meu projeto de tal maneira?”.

O Avid Media Composer foi projetado para adaptar aplicando efeitos em tempo real em qualquer mídia que esteja diferente do formato do projeto. Ou seja, quando se faz um link de uma mídia SD num projeto HD, o vídeo será adaptado com um efeito para alterar o aspect ratio e possivelmente também a velocidade. Não há dúvidas de que isso vai gerar um trabalho extra para seu computador, e o resultado é perda de rendimento.

Então não confunda. O formato de exportação é definido apenas na exportação. Para um bom rendimento, o formato do projeto é definido de acordo com as mídias brutas.

Entendendo as barras de performance do Avid Media Composer

Dependendo da complexidade da sequência (fig. 2), o Avid Media Composer apresenta barras de desempenho na timeline (fig. 3) para ajuda-lo a detectar trechos com dificuldade de reprodução, mas nem sempre significa que precisam ser renderizados.

fig. 2 – Full-Timeline-1024×413

fig. 3 – barra de performance

As barras azuis significam que seu disco rígido está próximo do limite de operação. Geralmente acontece quando temos muitos vídeos sendo executados ao mesmo tempo.

Isso pode ser resolvido facilmente distribuindo as mídias em dois HDs ao invés de centralizar apenas em um.

Já as barras amarelas significam que o CPU está próxima do limite. Geralmente, isto é causado por efeitos que estão sendo processados em tempo real.

Já as barras vermelhas, significam que o HD ou CPU não deram conta do recado e a sequência não pode ser reproduzida com perfeição.

Nestes casos, temos que fazer uma renderização dos efeitos. O processo é simples mas tem detalhes importantes: a primeira coisa a fazer é marcar um In/Out na timeline. Mas antes de acionar a opção “render in/out” com o botão direito vamos entender como configurar a ativação das pistas.

Na hora de renderizar, é comum supor que é necessários acionar todas as pistas que contém efeitos, mas neste ponto, o Avid Media Composer é bem mais esperto do que podemos supor.

Lidando com várias pistas, para o Avid, basta selecionar e fazer apenas o render na última pista. Veja na figura 4 um exemplo: nesta composição, basta selecionar apenas a pista V5.

fig. 4 – Estratégia para renderização

Desta forma, só temos que fazer o render de um efeito, e não de quatro. O motivo é muito simples: ao fazer a renderização da pista V5, o Avid faz a renderização de do V5 e tudo que estiver nas pistas inferiores.

E com isso, vamos ficar por aqui. Lembre-se, por mais flexível que uma ferramenta seja, há muitas contrapartidas envolvidas. A flexibilidade é bem vinda para iniciar rápido um trabalho, mas sempre há um método de trabalho de melhor rendimento.

Abraços e até a próxima!


Cristiano Moura
 é um instrutor certificado pela Avid em Media Composer e ministra treinamentos oficiais de certificação Avid em todo o Brasil pelo centro de treinamentos ProClass, com sede no Rio de Janeiro.

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A versão gratuita do Avid Media Composer vem ai…

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Respondemos as principais dúvidas sobre o Media Composer | First

Em abril, a Avid anunciou na NAB (fig. 1) que pretende lançar uma versão gratuita do Avid Media Composer, chamada de Media Composer | First. Era uma estratégia já prevista, pois no ano passado ela já havia anunciado o Pro Tools | First, a ferramenta gratuita para produção de áudio da Avid.

fig. 1 – Anúncio do Avid Media Composer | First na NAB

Três meses se passaram, e as dúvidas apenas aumentaram. Neste artigo vamos falar sobre as maiores dúvidas coletadas em redes sociais, usuários, grupos de alunos com relação ao Media Composer | First.

É gratuito mesmo? Tem algo com preço escondido?

Sim, não precisa se preocupar com nenhum custo escondido. Certamente você verá algumas limitações, afinal, a empresa pretente usar esta versão como uma forma de divulgar sua versão mais completa.

De que limitações você está falando? Então não posso fazer quase nada nele?

As limitações estão em torno da quantidade. Ou seja, tem tudo, mas com quantidade reduzida. Este conceito vale para pistas de áudio e vídeo (4 pistas de vídeo e 8 pistas de áudio), efeitos, bins e e principalmente, quantidade de projetos (três projetos) que podem estar em andamento simultaneamente. Veja na figura 2 uma sequência que não poderia ser feita na versão gratuita por conta da quantidade de pistas e na figura 3 uma que poderia ser realizada no Avid Media Composer | First.

fig. 2 – Sequência com diversas pistas

fig. 3 – Sequência possível no Avid Media Composer | First

Mas fique tranquilo que a Avid não pretende dar o famoso golpe baixo de outros aplicativos que se dizem “gratuitos” mas tem funções críticas cortadas, como a possibilidade de salvar ou exportar um projeto.

No Media Composer | First será possível realizar muita coisa na verdade. Você poderá realizar todas as etapas de produção na versão gratuita do Media Composer.

Algo interessante que vale notar é que, mesmo os efeitos mais avançados que provavelmente estarão de fora da do Media Composer | First, poderão ser adquiridos à parte.

O ponto é que certamente, e uma ferramenta capaz de realizar um projeto com qualidade profissional, porém não é adequada para ambientes profissionais que precisam de múltiplos projetos, ilhas compartilhadas etc.

O foco principal são os estudantes, que poderão realizar seus trabalhos e projetos de escola e faculdade sem se preocupar com os 30 dias da versão de testes. Outro público importante são as pessoas que utilizam outras ferramentas de edição como o Final Cut Pro e Adobe Premiere, que agora vai ter uma maneira de estudar o Avid e se preparar melhor para o mercado de trabalho.

O que você quer dizer com fato de só poder trabalhar com um número limitado de projetos?

Junto com a versão gratuita, a Avid anunciou o sistema de colaboração na nuvem, Chamado de Cloud Collaboration.

Usuários da versão gratuita do Media Composer não poderão salvar seus projetos no HD local. Ao invés disso, os projetos estarão salvos na nuvem.

Caso você queira trabalhar mais projetos, você terá duas opções: a primeira será apagar um projeto antigo para começar um novo, e a segunda, será adquirir licenças para adicionar mais projetos na nuvem.

Se os projetos ficam na nuvem, só poderei trabalhar conectado na internet?

É uma boa pergunta. Será necessário que você entre na internet para ao menos logar na sua conta Master Avid para iniciar o seu projeto. Uma vez inicializado o projeto, você pode desconectar-lo da internet e trabalhar offline se quiser.

Se o projeto fica na nuvem, será que não vou ter problemas com a quantidade de mídia disponível para meu projeto?

Desde já, vale aprender este conceito muito particular do Avid. Uma coisa é o seu projeto, que contém todas as informações dos seus vídeos, sequências, efeitos etc.

Conter as informações das mídias não significa que o projeto contém suas mídias.

Os seus vídeos, figuras, fotos e áudio estarão sempre separados do seu projeto, numa pasta chamada “Avid MediaFiles” que fica obrigatoriamente na raiz de algum HD local, portanto não há limite neste sentido a não ser o limite de espaço disponível no seu disco.

Eu sou novo nesta área e não sei se conseguirei aprender a manipular sozinho o Avid Media Composer. O que fazer?

A Avid vai disponibilizar uma série de vídeos (em inglês) que irão ajudar iniciantes a entender o conceito básico de edição no Avid Media Composer.

Vale salientar que a ProClass, centro de treinamento oficial Avid no Brasil, já tem uma série de vídeos chamada de “Avid Media Composer em uma hora” disponível gratuitamente no YouTube, e em português (fig. 4). Acesse www.youtube.com/proclassrj para assistir.

fig. 4 – Vídeos em português com os primeiros passos no Avid Media Composer

Poderei trabalhar de forma colaborativa com alguém que tem a licença do Media Composer completa?

Ótima pergunta e a resposta é não. No próprio site da Avid, é mencionado que isso não será possível.

Para eu começar a produzir vídeos profissionalmente, basta aprender a editar com o Avid Media Composer | First e depois comprar a licença completa?

Existe um caminho longo para quem quer se aventurar como videomaker. O Avid Media Composer é apenas um programa de edição e montagem, que possui recursos essenciais de grafismo, áudio e correção de cor… porém, existem outras ferramentas específicas para cada departamento, como o Adobe After Effects para videografismo, Pro Tools para áudio, Da Vinci Resolve para correção de cor… isso sem contar as ferramentas para autoracão de DVD / Blu-Ray, criação de gráficos, conversão de mídias, estoque, backup e muito mais.

Se parece muita coisa, lembre-se de que tudo dito acima são apenas ferramentas, como um martelo ou um serrote de um carpinteiro.

Edição é uma arte, e assim como a música, pintura ou escultura, demanda uma sensibilidade apurada e muita experimentação.

Novamente, como na música e na arte em geral, a sensibilidade deve andar lado a lado com a teoria e técnica de composição, escolhas de imagens, pontos de corte, eixo de câmera, roteiro e continuidade para que uma coleção de imagens seja de fato transformada numa história.

Aos interessados em entender mais sobre o tema, sugiro procurar pelo documentário “The Cutting Edge – The Magic of Movie Editing” (fig. 5).

fig. 5 – Documentário recomendado – The Cutting Edge

Abraços,

Cristiano Moura é um instrutor certificado pela Avid em Media Composer e ministra treinamentos oficiais de certificação Avid em todo o Brasil pelo centro de treinamentos ProClass, com sede no Rio de Janeiro.

Posted by ProClass Treinamentos in Artigos, Avid Media Composer, Notícias