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Paint Effect

Paint Effect

Artigo publicado na Revista Luz e Cena

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Explorando o seu lado artístico

O avid media composer é repleto de efeitos, e muitos deles são sub-efeitos do Paint effect.

A ideia essencial do efeito é selecionar apenas uma parte da imagem para dar tratamento. Com mais de 10 modos de operação, é uma ferramenta bem versátil e neste artigo, vou abordar mais como um tutorial, criando alguns tratamento na imagem com vocês enquanto vamos conhecendo o efeito em si.

Ferramentas e Áreas essenciais do Paint Effect

Antes de começar a trabalhar efetivamente, vamos conhecer as principais áreas.

Usamos a paleta de ferramentas (fig. 1) para desenhar e manipular formas geométricas. Além da forma oval e retangular que tem seu próprio botão, temos o poly tool e o curve tool (fig. 2) que permite q você desenhe livremente qualquer formato geométrico.

fig. 1 – Ferramentas de criação de objetos

Para fazer um bom efeito, sem erros, você precisa antes de tudo dominar essas duas ferramentas.

Para editar e refinar uma forma, usamos o reshape tool, que com dois clicks ná forma geométrica, temos todos os controles necessários para ajustar a forma.

Por último, existe uma ferramenta chamada de brush tool que também é excelente, mas merece um capítulo ou até mesmo um artigo a parte.

Após você definir bem a área de atuação com uma forma geométrica, vamos decidir que tipo de operação será feita na área. Isto é feito através do menu “mode”, onde você vai encontrar operações conhecidas como o blur, como também outras para colorir, escurecer e saturar por exemplo.

Abaixo do modo escolhido, veja que você vai ter, quase sempre, ao controle de opacidade ou de quantidade (amount) do efeito em questão.

Fatalmente você vai sentir que a atuação do Paint Effect está muito “marcada”, ou seja, sem suavidade. Para melhorar isso, utilizamos a função “feathering”. (fig. 3).

Fig. 3 – Feathering para suavizar bordas

Ajustes pontuais de luz e cor

Escolher apenas uma parte da imagem para tratar é sempre bem-vindo, e você já deve ter ouvido alguém se referir a esta etapa como correção de cor secundária.

Neste primeiro exemplo, resolvi escurecer apenas a parte esquerda da imagem. (Fig 4a e 4b).

Fig. 4a – Imagem original

Fig. 4B – apenas área esquerda escurecida

Para isso, usamos o poly tool para selecionar a área (lembre de refinar com o reshape tool de precisar) e o modo de operação escolhido foi o “darken”.

Neste segundo exemplo, estamos usando o “Colorize” mode, para alterar a cor do céu.

fig. 4C – Imagem original

Fig. 4D – Céu alterado

Criando um Vignette

O Vignette (No Brasil, muitos chamam de “vinheta”) é um efeito onde as bordas da imagem tem menos luz do que área central. É uma estratégia usada para dar mais destaque a um personagem ou objeto, mas no final das contas, como é um efeito muito bonito, você vai encontrar muita gente usando simplesmente por uma questão de estilo.

Para criarmos nosso Vignette, a primeira coisa a fazer é criar um retângulo que cubra toda a imagem. Para isso, é útil diminuir um pouco o zoom do seu Record Monitor, clicando no botão de Zoom Out (fig. 5).

Fig. 5 – Zoom Out – Record Monitor

Neste retângulo, vamos usar o modo “Darken” de novo, e a princípio o efeito não será o desejado, pois vai escurecer toda a imagem obviamente.

A “mágica” acontece ao criarmos um segundo objeto, desta vez oval, na área central da imagem. Para este objeto, vamos usar o modo “erase”, que tem a função de cancelar o efeito do Darken na área selecionada. (Fig. 6A e 6B)

Fig. 6A – Original

Fig. 6B – Shape oval no modo Erase

Para dar o toque final, não esqueça do feathering. (Fig. 6C).

Fig. 6C – Vignette aplicado com Feathering

Vale a pena experimentar este tipo de lógica com outros modos ao invés do Darken. Por exemplo, o modo Blur (desfoque), é muito usado também para o mesmo propósito. (Fig. 7).

Fig. 7 – Modo Blur ao invés do modo Darken

Magic Mask – atuando baseado em Luma e Chroma

Além de modificar uma área do seu vídeo baseado em figuras geométricas, também é possível dentro desta área, selecionar o que será modificado baseado em Luma ou Chroma.

O que isso significa na prática? Você pode optar por modificar apenas as partes escuras da imagem, ou apenas a parte laranja da imagem para modificar. Ainda parece confuso? Então vamos colocar em prática.

Neste exemplo, quero modificar a grama, deixando-a mais alaranjada, lembrando o outono.

Criar um objeto em torno da grana é muito complicado, pois não é uma forma simples de se desenhar perfeitamente. Então o que vamos fazer é criar nosso objeto primeiro, mas sem se preocupar muito com as bordas.

O segundo passo é, como fizemos antes, escolher um modo de operação (colorize) e escolher uma cor em questão, no meu caso,laranja. Como imaginávamos, tudo ficou laranja. Não é ainda isso que queremos.

Agora entra em ação o Magic Mask, que serve para refinar ainda mais a área de atuação. Para isso, vamos clicar e arrastar o retângulo de seleção de pixel (fig. 8) e vamos escolher a cor verde.

Fig. 8 – Magic Mask atuando no verde

Agora sim, deu certo. Apesar do objeto ser maior do que a área do gramado, somente elementos “verdes” estão sendo afetados. O chão que é cinza por exemplo, é totalmente ignorado.

Outros modos de operação e dicas finais

Agora é com você. O Paint Effect é uma ferramenta bem flexível e depende apenas do usuário ser criativo e ter paciência com os ajustes.

Outros modos de operação interessantes para explorar são o “Darken/Lighten Only”, que afetam apenas as partes mais escuras/claras da imagem, o Median, para tentar melhorar uma imagem fora de foco, Scratch Removal para substituir áreas da imagem e saturation, para dar mais ênfase na saturação de uma certa área.

Lembre-se também de que tudo pode ser animado com keyframes. Não apenas os parâmetros mas também os objetos. Por exemplo, no caso do Vignette, fazer mudanças no tamanho e forma do objeto durante o tempo é bem interessante para não parecer simplesmente uma máscara estática.

Abraços e até a próxima!

Cristiano Moura é um instrutor certificado pela Avid em Media Composer e ministra treinamentos oficiais de certificação Avid em todo o Brasil pelo centro de treinamentos ProClass, com sede no Rio de Janeiro.

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Manipulando o tempo no Avid Media Composer

Manipulando o tempo no Avid Media Composer

Artigo publicado na Revista Luz e Cena

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Freeze Frames, Motion Effects e Timewarp

Boa parte da linguagem da edição tem relação com o tempo. O momento certo do corte, a pausa nos momentos de introspecção e o corte sincronizado com música são apenas alguns exemplos.

Alterar velocidade do seu vídeo também faz parte deste contexto. Conseguimos enfatizar uma cena dramática ou eternizar um momento diminuindo a velocidade de um vídeo (slow motion), bem como acelerar os vídeos em uma sequência com uma cena de luta, pode torna-lá muito mais empolgante.

Opções de aplicação dos efeitos de velocidade

Quando pensamos em efeitos, geralmente fazemos uma associação imediata a timeline, porém nem sempre este é local mais apropriado, pois a velocidade do clip está sempre relacionado com a duração da sua sequência.

É importante ter em mente que no Avid Media Composer, além de permitir alterar a velocidade de um vídeo na timeline, também temos a opção de alterar a velocidade do vídeo antes da edição, diretamente no source monitor, ainda na mídia bruta.

Em uso: alterando a velocidade do vídeo bruto

Se você carregou um vídeo para editar e já está o imaginando em slow motion na timeline, o ideal é que você altere primeiro a velocidade, para apenas depois definir as marcas de In/out e editar.

Para isso, basta carregar o vídeo no Source Monitor e acessar pelo menu Tools a função “Motion Effect Editor” (fig. 1). Apesar dele parecer que ele tem muitas opções, na realidade os três primeiros campos estão interligados, onde permitem você alterar a velocidade baseado em Frames por segundo, duração ou percentagem. Talvez seja melhor iniciar pelo campo de percentagem, 100% é a velocidade normal. Qualquer valor abaixo gera um slow motion e qualquer valor acima gera um fast motion.

Fig. 1 – Motion Effect Editor – Para alterar a velocidade da mídia bruta

Ao concluir seus ajustes, pressione “create” para gerar um novo master clip com a velocidade alterada no seu bin.

Criando um Freeze Frame na mídia bruta

Da mesma forma, é possível também gerar uma imagem estática de um vídeo carregado no Source Monitor. Para tal, acesse o menu Clip > Freeze Frame (fig. 2) se você estiver em alguma versão até a 8.4, ou pelo menu “Composer” se você estiver na versão 8.5 ou superior.

Fig. 2 – Freeze Frame no Source Monitor

Alterando a velocidade de um vídeo na timeline

Como vimos antes, se você já sabe que quer o vídeo com velocidade alterada na timeline, faça a alteração logo no Source Monitor e edite.

Porém, muitas vezes o editor só percebe que precisa alterar a velocidade do vídeo, depois dele editado na timeline. Para estes casos, utilizamos o efeito Timewarp (fig. 3). Basta arrastar para o clip em questão.

Fig. 3 – Timewarp

Para abrir a interface, é necessário clicar no botão do Motion Effect Editor (fig. 4A) e depois no botão do gráfico de velocidade (fig. 4B).

Fig. 4 – Acesso ao Timewarp

Uma vez que a interface esteja aberta, basta clicar e arrastar no primeiro keyframe (fig. 4C) para definir a velocidade. Na maioria dos casos, o efeito pode ser visto em tempo real, sem necessidade de render.

Alguns aspectos para se ter em mente

Se você está vindo de outro software de edição, deve estar atento para alguns detalhes, pois o Timewarp funciona de maneira diferente de muitos softwares de edição.

Ao alterar a velocidade de um vídeo na timeline, repare que a duração e posição do vídeo continua a mesma. Isto porque o Avid Media Composer sempre dá prioridade a timeline.

Na prática, isso significa que o último frame do clip será diferente, dependendo da velocidade atribuída.

Ou seja, se a duração do clip não é alterada, podemos assumir que se você acelerar o vídeo, mais frames serão apresentados, já se você desacelerar o vídeo, menos frames serão apresentados.

Outro aspecto importante é com relação ao reverse motion. É possível fazer com que o vídeo toque de trás para frente, simplesmente escolhendo um valor negativo (abaixo de 0%). Por exemplo, –100% significa que o vídeo vai tocar na velocidade original, porém de trás para frente.

Se você optar por fazer um reverse motion, é essencial renderizar o efeito para ver o resultado durante o playback.

Criando múltiplas alterações na velocidade

Até o momento, só abordamos mudanças fixas de velocidade. Mas haverão casos em que você vai querer iniciar um vídeo na velocidade normal, depois acelerar, e por último voltar a velocidade normal por exemplo. Para isso utilizamos keyframes, que são pontos de automatização dos parâmetros de um efeito.

Para criar um keyframe, coloque o cursor no local indicado e clique no botão rosa na interface (fig. 5). Uma vez criado, é só arrastar o keyframe para a velocidade desejada.

Fig. 5 – Timewarp com Keyframes extras

Repare que você não poderá a princípio arrastar o keyframe para a esquerda e direita. Isto é feito para evitar acidentes, do usuário mudar o ponto de o keyframe sem querer. Mas é muito simples tirar esta limitação; basta primeiro manter pressionado a tecla modificadora option(mac)/option(win) no teclado antes de começar a arrastar o keyframe.

Alterando as curvas dos gráficos

Por padrão, o Avid faz curvas suaves entre um keyframe e outro, mas nem sempre é o ideal. Por vezes, você vai querer exatamente o oposto, ou seja, criar uma mudança de velocidade mais abrupta por exemplo. E é ai que entram o que chamamos de curvas de interpolação. É a definição de como a progressão de um keyframe para outro será executada.

Clique em qualquer keyframe com o botão direito, e você será apresentado ao menu de contexto, que contém quatro tipos de curvas (fig. 6).

Fig. 6 – Curvas de interpolação

Shelf é usado para criar uma mudança abrupta e imediata. Por exemplo, pode ser usado para simular o vídeo sendo colocado em “pause” durante um certo tempo, bastando para isso, regular a velocidade para 0%.

Linear faz a mudança progressiva entre duas velocidades, porém sem suavização.

Spline é a curva padrão, que também cria mudanças de velocidade de forma progressiva, porém tem efeito suavizado ao chegar próximo da velocidade desejada.

Bezier permite a customização total da curva de interpolação clicando e arrastando as hastes próximas aos keyframes. Inclusive, as hastes podem ser reguladas de forma independente se o usuário pressionar o botão alt (win) ou option (mac) enquanto faz seu ajuste.

Veja na figura 7, como isso influencia no gráfico do Timewarp.

Fig. 7 – curvas de interpolação

Sugestões para práticas e testes

Manipular a velocidade do vídeo mantendo a sua timeline intacta depende de praticar e assimilar os mecanismos em questão.

E falando especialmente de slow motion, recomendo experimentarem os diversos algoritmos que a Avid disponibiliza no campo “type” (fig. 8), pois eles influenciam na qualidade e nitidez do vídeo final.

Fig. 8 – Tipos de algoritmos

Experimente por exemplo a opção “Duplicated fields”, que é a opção mais simples, portando não produz o melhor resultados. Já por outro lado, a opção “Blended Interpolated” e “FluidMotion” amenizam, cada uma de uma forma, vídeos em slow motion com poucos quadros por segundo.

Abraços e até a próxima!

Cristiano Moura é um instrutor certificado pela Avid em Media Composer e ministra treinamentos oficiais de certificação Avid em todo o Brasil pelo centro de treinamentos ProClass, com sede no Rio de Janeiro.

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Edição Multicamera no Avid Media Composer

Edição Multicamera no Avid Media Composer

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Edição de múltiplos ângulos, sem dor de cabeça

A edição de múltiplas câmeras pode ser útil em diversos cenários. Entrevistas, reality shows, esquetes, shows, videoclipes e muito mais.

O Avid Media Composer possui uma gama de recursos, que fazem desta desafiadora edição em algo prático e confortável.

Vamos conhecer alguns dos principais fluxos de trabalho e recursos a partir de agora!

Métodos de sincronismo

A edição multicamera é relativamente simples. A preparação é que toma mais tempo, portanto, neste artigo vamos nos dedicar a falar com mais cuidado sobre os métodos de sincronismo do que a edição em si.

Quando mais de uma câmera é utilizada, temos um problema que não temos como escapar. Não tem como todos os cinegrafistas pressionarem o botão de gravação no exato mesmo momento, então para editar Multicamera (em qualquer programa de edição) é necessário encontrar alguma referência que possa servir de sincronismo.

Em um mundo ideal, utilizamos câmeras capazes de fornecer e receber informações de timecode, que funciona como um relógio universal para posteriormente servir como referência de sincronismo.

O processo é relativamente simples, onde um câmera “mestre” gera informações de tempo (timecode) para as demais câmeras, e assim, todas registram informações baseadas na câmera mestre.

Na prática, a vida não é tão bela. Em primeiro lugar, sem querer discutir os motivos, o fato é que nem sempre este processo de sincronismo entre as câmeras funciona.

Em segundo, muitas câmeras não possuem esta funcionalidade, então temos que pensar em outras soluções.

Como segunda opção, o Avid Media Composer é capaz de usar o áudio como referência de sincronismo. Se as câmeras gravaram áudio, pela análise das formas de onda, o Avid é capaz de fazer o sincronismo.

Esta já é uma opção muito mais popular, já que a maioria das câmeras tem microfones embutidos e gravam áudio e vídeo sem problemas. Mesmo que a qualidade do microfone não seja boa, isso não tem relevância para o processo de sincronismo via análise de formas de onda.

Agora, como fazer se uma das câmeras não gravaram áudio, ou se a análise pelas formas de onda falhar?

Neste caso, vamos partir para a terceira tática, que é a identificação manual de uma referência de sincronismo.

Ou seja, vamos carregar um clip por vez no source monitor e colocar um In Point em um momento de fácil identificação em todas as câmeras. Este é um dos vários motivos de se usar uma claquete a cada novo take de uma cena. Ela fornece uma informação precisa de áudio e vídeo, então basta localizar o frame exato onde a claquete é feita e marcar o In Point.

Se você pretende filmar algo com múltiplas câmeras e não possui uma claquete, não se preocupe. Simplesmente bata uma palma antes de cada take que será suficiente para este processo.

Agora, se você quer de fato ser mais organizado, e ter registro de take, cena e tudo mais, mas não quer comprar uma claquete, uma boa solução são os aplicativos de claquete para iOS e Android. Basta procurar pelo termo em inglês “Slate” (fig. 1).

Fig. 1 – Uma das muitas opções de aplicativos de Claquete para iOS

Por último, se o material já foi filmado e entregue a você sem nenhuma referência de claquete, palmas ou similar, você pode procurar um momento de fácil identificação em todas as câmeras. Pode ser um frame onde o baterista bate em um prato, o entrevistado coloca a mão na cabeça, ou mesmo um flash disparado por algum fotógrafo pode ser facilmente identificável (fig. 2A, B, C e D).

Fig. 2A – Último Frame antes do Flash

Fig. 2B – Frame do momento do Flash

Fig. 2C – Frame seguinte ao Flash

Fig. 2D – Dois frames seguintes ao Flash

Agrupando os clips para Multicam

Continuando nossa preparação, temos que avisar ao Avid Media Composer que temos diversos master clips, que na realidade são da mesma cena, porém gravadas por ângulos diferentes.

O procedimento é bem simples. Primeiro selecionamos todos os master clips e depois, pelo menu Clip, acessamos a opção “Group”.

Observação: em versões anteriores ao Media Composer 8.5, a mesma função encontra-se no menu Bin, com o nome de “Group Clips”.

Na caixa de diálogo a seguir (fig. 3), temos que informar qual o método de sincronismo que usamos. Basta escolher qual dos métodos mencionados acima foi usado para fornecer referência de sincronismo e apertar ok.

Fig. 3 – Opções de sincronismo

Um novo clip será criado no mesmo bin, e repare que o ícone é bem diferente. Este clip contém todos os masterclips selecionados. Agora estamos prontos para editar!

Editando multicamera

Obviamente, a primeira a fazer é criar uma sequência e jogar o master clip recém criado na sua timeline.

A princípio parece um clip comum, mas todos os ângulos estão embutidos neste único segmento.

Para acessar os outros ângulos, vamos acessar pelo menu Composer, a função Multicamera Mode.

Observação: em versões anteriores ao Media Composer 8.5, a mesma função encontra-se no menu Special.

Com a função habilitada, o usuário pode visualizar 4 ou 9 ângulos simultaneamente pelo source monitor (fig. 4). Para fazer a edição/troca de câmera, basta posicionar o cursor na timeline no local onde a edição deve ser feita, e clicar em um dos vídeos do source monitor.

Fig. 4 – Multicamera Mode

Esta edição pode ser feita tanto com o cursor parado, quanto com o playback ativo, onde o usuário pode simular a edição como se fosse “ao vivo, em uma mesa de corte. Basta acionar o playback e seguir clicando com o mouse nos ângulos de preferência. Ao pressionar o stop, os cortes serão feitos.

Repensando seus cortes

Dificilmente vamos conseguir fazer uma edição perfeita de primeira. Fatalmente, dois ajustes vão ser solicitados. Ou alteração no ponto/momento do corte, ou uma substituição da câmera escolhida.

Para o primeiro caso, podemos usar a função Trim com o dual Roller habilitado (fig. 5) ou Extend para alterar o ponto de corte.

Fig. 5 – Trim Dual Roller

Por fim, para a troca de câmeras, basta posicionar o cursor da timeline em qualquer ponto do clip em questão, e utilizar as setas para cima e para baixo no seu teclado para alterar os ângulos.

E com isso, vamos ficando por aqui. Até a próxima!

Abraços

Cristiano Moura é um instrutor certificado pela Avid em Media Composer e ministra treinamentos oficiais de certificação Avid em todo o Brasil pelo centro de treinamentos ProClass, com sede no Rio de Janeiro.

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