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Pro Tools: a flexibilidade está no detalhe

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Recursos similares merecem olhar mais atento

Quando falamos de mixagem, a primeira coisa que vem à cabeça é “inserir plug-ins”. Ledo engano, pois a mixagem é um processo em camadas que envolvem diversas etapas cíclicas, ou seja, que dependendo da sua organização e método, você vai se encontrar num loop infinito de ajustes sem propósito.

Com o tempo, os softwares foram evoluindo e criando funções que tem o mesmo propósito, mas que funcionam de maneiras distintas. Isso era importante para atender diferentes tipos de público e métodos de trabalho.

Quando duas funções são parecidas, é justamente o momento em que você deve desconfiar, estudar e esclarecer quais as diferenças. É o que proponho neste artigo.

Estágios de ganho

Já parou para pensar em todos os lugares que podemos ajustar o ganho de um áudio no Pro Tools?

Clip Gain, plug-ins nos inserts e o fader do canal são os principais e atuam em série, exatamente na mesma ordem. Por exemplo, caso você tenha um plug-ins de compressão em um insert, um ajuste no Clip Gain pode estragar tudo.

Então minha sugestão é dividir seus ajustes de ganho em três estágios. Primeiro, o estágio “macroscópico”, encontrando frases e trechos mais longos que estão muito baixos ou muito altos, e corrigir com Clip Gain.

Se você não está vendo o ícone do Clip Gain (Fig. 1) nos seus clips, acesse o menu View > Clips > Clip Gain Line e Clip Gain Info (Fig. 2). Com este recurso, você pode fazer ajustes de forma parecida com automação, abaixando o clip inteiro clicando no ícone do Clip Gain (Fig. 1) ou criando pontos de automação (Fig. 3) com a ferramenta Grabber.

Fig. 1 – Clip Gain

Fig. 2 – Clip Gain Info

Fig. 3 – Clip Gain com pontos de automação

Este é um momento mais técnico onde a busca é por consistência. Não deve haver “gosto” envolvido neste momento. Simplesmente procure corrigir as imperfeições da execução relacionados ao ganho. Exemplo (Fig. 4).

Fig. 4 – Clip Gain para ajustes iniciais

Vale uma observação aqui: muitas pessoas fazem ajustes de Clip Gain usando o Menu AudioSuite > Gain. Não há nada de errado, a não ser o fato deste processo consumir espaço em disco extra, ou a versão original é mantida, e uma nova versão com o ganho aplicado é gerada. Mas o processo e a lógica é a mesma.

O segundo estágio no ajuste de ganho é inserir um compressor, para cuidar de forma mais microscópica as flutuações de trechos curtos, como uma sílaba, uma nota, uma batida no também. A princípio, o objetivo também é garantir maior consistência. Mas, se quiser extrapolar um pouco os limites em busca alguma sonoridade específica, não tem problema nenhum. No final das contas, vai acabar também conseguindo mais consistência.

O terceiro e último estágio, acontece no Fader do Canal. Agora sim, chegou momento de decidir os ajustes ao seu “gosto”, baseado na concepção artística. Usando o fader e automação, é onde você deve garantir que o instrumento do canal esteja no volume ideal para seu gosto durante toda a música.

Plug-ins Multichannel Vs. Multi-Mono

Muitos se confundem ao encontrar estas duas opcões (Fig. 5), e não é para menos.

Fig. 5 – MultiChannel vs. Multi-mono

Em canais mono a opção nem aparece, e em canais estereo, aparece mas não há nada diferente de tão perceptível. Então vamos esclarecer:

Não apenas em um canal estéreo, mas também em canais Surround de qualquer tipo, quando o usuário escolhe a opção “Multichannel”, o plug-in vai processar o lado esquerdo e direito de um canal estéreo da mesma forma.

Já a opção Multi-Mono, nos permite processar (por exemplo com um equalizador) cada lado de forma independente. Muito útil em casos de violão, acordeon, piano, overheads de bateria e muitos outros instrumentos que são gravados com dois microfones em canais estéreo, mas que podem necessitar ajustes de equalização individuais para cada microfone.

Para fazer esta separação no processamento, basta clicar no botão de link (Fig. 6), e desta forma, você poderá regular o processamento no lado esquerdo (L). Para regular o do lado direito (R), basta clicar no botão com a letra “L”, logo abaixo do botão de link.

Fig. 6 – Multi-Mono Plug-in

Track Group vs. Subgrupo/submaster de canais

Track Group é uma função do Pro Tools, que fica no menu Track > Group. A idéia é que ajustes feitos em um integrante do grupo, seja feito também nos demais.

Um detalhe importante é que na criação de um grupo, o usuário pode definir quais controles serão afetados de forma uniforme, e quais controles continuam independentes (Fig. 7).

Fig. 7 – Configurações de Track Group

Já um Subgrupo (ou submaster como também é conhecido), é um conceito de mesas de som, que pode ser aplicado no Pro Tools também via canais auxiliares.

Este caso envolve endereçamento, onde você pode direcionar via OUTPUT diversos canais para dentro de um canal Aux Input e assim, com um único ajuste no Aux Input (volume, Mute, inserts), afetar a sonoridade de todos os canais direcionados.

No final das contas, também é uma forma de agrupar… e é por isso que gera confusão. Então vamos ilustrar alguns casos.

1) Processar um grupo de canais com um único plug-in: para este caso, precisaríamos criar um subgrupo. A função “Track Group” do Pro Tools não serviria pois não há como inserir um único plug-in para diversos canais.

2) Ajustar o ganho dos faders: aqui existem nuances perigosas. Se algum canal de áudio estiver enviando sinal por exemplo, para um reverberador via Aux SEND, o ajuste precisa ser feito nos tracks originais, via Track Group. Isto garante a proporção entre sinal limpo e o sinal reverberado. Ajustar o fader do subgrupo (Aux Input), acabaria com a proporção Dry/Wet estabelecida.

Outra situação comum é quando temos um compressor inserido no subgrupo. Como este compressor atua diretamente no ganho, ajustar os faders dos canais originais via Track Group seria bem ruim, pois você teria atingir a atuação do compressor, e teria que rever sua regulagem.

Então para este caso, caso precise aumentar ou diminuir a intensidade sonora destes canais, prefira usar o fader do subgrupo, que garante o ajuste sem interferir na regulagem do compressor inserido no Aux Input.

Então agora fico por aqui, mas peço para vocês testarem o máximo possível as informações contidas neste artigo. São pequenas diferenças, que a clareza necessária, podem gerar grandes estragos.

Abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

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Seja seu próprio suporte técnico de Pro Tools

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Principais problemas e onde encontrar soluções

Em um mundo ideal, todo usuário de Pro Tools teria acesso a um especialista de suporte técnico, ou até mais de um, com diferentes níveis de conhecimento.

Como não é a realidade na maioria dos lugares, todo profissional deve ser capaz de ao menos reconhecer e diagnosticar problemas, ainda que não seja capaz de solucioná-los.

E não há como negar que um profissional que também tenha condições de solucionar ou ao menos saber onde pesquisar soluções, vai sair na frente neste disputado mercado.

Então neste artigo, vamos partir para o lado mais técnico e ajuda-los a entender melhor o sistema, bem como criar uma lista de tarefas a fazer antes de buscar auxílio profissional de suporte técnico.

Verificando compatibilidade

Ter uma versão de Pro Tools coerente com o sistema operacional é essencial para tentar decifrar problemas, e é importante entender que existe uma grande diferença entre “funcionar” e “ser suportado”.

Exemplo: o Pro Tools 12 pode até funcionar com o Windows XP, mas não quer dizer que a Avid suporte essa configuração oficialmente.

Quando a Avid diz que “não é suportado”, significa que ela não fez nenhum teste neste sistema, e não garante que vá funcionar bem. Você pode até tentar por conta própria, e pode até trabalhar anos em uma configuração não-suportada pela Avid. Mas em caso de problemas, se você procurar a Avid eles vão dizer “lamento, nunca testamos esta configuração. Não tenho como ajuda-lo.”

Então a primeira dica é seguir o link http://avid.com/compato e confirmar se a versão do Pro Tools que você está usando, é oficialmente suportado pelo fabricante (fig. 1).

Fig. 1 – Sistemas Compatíveis

Então são três itens que precisam ser verificados: primeiramente, seu sistema operacional, que deve ser compatível com sua versão de Pro Tools.

Se estiver tudo certo, o terceiro item é a interface de som. Acesse o site do fabricante, e confirme se o driver está atualizado, e que seja compatível tanto com o Pro Tools, quanto seu sistema operacional.

Mantenha-se em sincronia com o fabricante

Em todas as páginas de suporte da Avid, é possível se tornar uma “assinante” e receber notificações de atualização. Por exemplo, se lá em 2050, o Pro Tools 30 for lançado, você poderá ser notificado assim que ele for oficialmente compatível com o Windows 45 (fig. 2).

Fig. 2 – Inscreva-se para se manter atualizado

Plug-ins – Primeiro item na lista de testes

Então agora supondo que seu sistema seja 100% compatível com o Pro Tools, vamos começar a tentar reduzir elementos que podem comprometer o desempenho.

Precisamos então testar o sistema sem nenhum plug-in instalado e ver se o problema continua ou desaparece. Para fazer isso é simples: vamos acessar a pasta de plug-ins AAX, retirar todos os plug-ins (armazene nas pasta “Plug-Ins (Unused)” temporariamente por exemplo), e testar o sistema (fig. 3).

Fig. 3 – Pasta de Plug-ins do Pro Tools

Abaixo, segue o endereço destas pastas, tanto no windows quanto no mac:

Mac

Macintosh HD/Library/Application Support/Avid/Audio/Plug-Ins

Windows

C:\Program Files\Common Files\Avid\Audio\Plug-Ins

Se o problema for sanado, já sabemos que é algum plug-in que está provocando instabilidade. Então agora é uma questão de ir recolocando os plug-ins nas pastas, um a um, e testar. Até encontrar o causador do problema.

A dica é começar pelos que você tem mais suspeita. Provavelmente foi um dos últimos que você instalou ou atualizou. Por outro lado, os originais da Avid que vem com Pro Tools, certamente pode deixar por último.

Pro Tools Preferences – os arquivos mais instáveis do Pro Tools

Dentro da instalação do Pro Tools, existem os arquivos que armazenam as preferências do sistema, que muitas vezes acabam corropendo e trazendo todo tipo de instabilidade ao sistema.

Por desconhecimento, ao se deparar com arquivos de preferências corrompidos, o usuário acaba resolvendo de forma muito radical do que o necessário, que é formatar o computador e zerar tudo.

Ao invés disso, é possível simplesmente deletar os arquivos de preferências, pois ao reiniciar o Pro Tools, os arquivos serão recriados. Faz o mesmo efeito, mas é muito absurdamente mais prático. Abaixo, estão as pastas onde estão localizadas as preferencias do Pro Tools. Basta deletar todos os arquivos dentro da pasta, reiniciar o computador e por último, reiniciar o Pro Tools:

Mac

~/Library/Preferences/Avid/Pro Tools

Windows

C:/Users/Nome do Usuario/AppData/Roaming/Avid/Pro Tools

Workspace Databases

Similar as preferencias, estes são arquivos de banco de dados que estão sempre sendo alterados, e de tempos em tempos, perdem alguma informação ou se corrompem, trazendo problemas na busca de arquivos com o Workspace, formas de onda incorretas e muito mais.

A abordagem é a mesma. Encontrar os arquivos no sistema operacional, deletar, reiniciar o computador e reiniciar o Pro Tools para que os arquivos sejam recriados novamente de forma saudável.

Mac

/Users/Shared/Pro Tools

Windows

C:/Users/Public/Pro Tools

Os arquivos são o Workspace.wksp e WaveCache.wfm

Criando um usuário novo

Seja Windows ou Mac, cada usuário armazena preferencias de sistema individualizadas para cada aplicativo, e em um sistema com múltiplos softwares instalados, fica muito difícil de decifrar o que pode estar causando instabilidade.

Então antes de partir para a “Saga da formatação do sistema”, você pode simplesmente criar um novo usuário no windows ou Mac para fazer seus testes.

Ao criar um usuário novo, todas as preferências de todos os aplicativos instalados no seu computador estarão zeradas, e você pode manter tudo zerado se simplesmente não abrir nenhum aplicativo fora o Pro Tools.

O que fazer se o Pro Tools nem abre

Existem dois problemas conhecidos neste caso. Primeiro e mais comum, o sistema não abre porque não consegue registrar algum plug-in. Isso se resolve fácil, pois na tela de inicialização você pode ler na tela o plug-in conflitante (fig. 4). Neste caso, basta acessar a pasta de plug-ins como informado acima, e retirar o plug-in.

fig. 4 – Pro Tools travado por nao carregar um plug-in

O segundo caso é referente a interface de áudio. Alguma configuração pode estar coibindo o sistema de iniciar. Para resolver isso, inicie o Pro Tools com a letra “n” pressionada. Este recurso vai apresentar ao usuário a caixa de diálogo do Playback Engine logo de primeira (fig. 5), antes mesmo de iniciar o Pro Tools.

Fig. 5 – Playback Engine logo na abertura do Pro Tools

Por este mecanismo, é possível alterar a interface de som e ajustar o H/W Buffer Size para um valor maior por exemplo, que pode ser a causa da dificuldade do sistema em iniciar.

Considerações finais

Como dito no início, estas dicas certamente não substituem toda a capacidade e formação de um especialista em suporte técnico, porém, vão ajuda-los na comunicação e interação com estes profissionais.

Quando você está sem internet, tenho certeza que antes de ligar para sua operadora, você sempre desliga e liga o modem para ver se uma simples inicialização resolve.

Com o Pro Tools não deveria ser diferente. Testar bem o sistema e tentar fazer o melhor diagnóstico possível antes de pegar o telefone e procurar suporte especializado é fundamental, pois facilita não só seu atendimento, como também a velocidade em que a solução poderá ser executada.

Abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclassCristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.

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Pro Tools Track Presets – Parte 1

Pro Tools Track Presets – Parte 1

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Produtividade – flexibilidade e velocidade na sua produção

Certamente você tem sua cadeia de efeitos de preferência para diversos tipos de cenários. Mais que isso, além dos plug-ins de preferência, você também tem ajustes de preferência para cada plug-in.

Se todo mundo já tem uma pre-programação inicial em mente, por que não manter armazenadas algumas delas para acesso rápido nos próximos trabalhos?

Este é o conceito básico da função “Track Presets”, incluída no Pro Tools 2018. Salvar pre-configurações de tudo referente ao track como inserts, sends, fader, pan e até áudio ou MIDI estiver na playlist.

Opções para quem não tem o Pro Tools 2018

Vale ressaltar antes de tudo, que apesar de não tão completa, nem tão simples, sempre existiram maneiras de salvar configurações e re-aplicar em outras tracks, para assim, chegar ao mesmo resultado.

Uma delas é através da função File > Import > Import Session Data.

É a maneira do Pro Tools importar dados vindos de outra sessão. Então, o que muitas pessoas faziam (incluindo eu), é criar uma sessão vazia com nome de “meus presets” por exemplo, e criar vários tipos de tracks e suas configurações principais. Depois disso, é só usar a função Import Session Data, para escolher a track de origem e destino, com a função “Do Not Import”, em “Main Playlist Options”. (fig. 1).

fig. 1 – Import Session Data

Outra opção mais complexa, é alterando algumas pastas de sistema do Pro Tools. É uma função escondida que nem foi documentada oficialmente. Fiz um vídeo explicativo de todo o procedimento em 2012, que é acessível direto no YouTube pelo simplesmente pesquisando por “ProClass track preset” ou pelo link direto: https://www.youtube.com/watch?v=F2w_mFw–0IM

Métodos de criar e carregar um Track Preset

Existem várias formas de transformar qualquer track da sua sessão em um Track Preset. Uma das mais intuitivas é selecionando o Track e acessando o Menu Track > Save Track Preset (fig. 2).

fig. 2 Save Track Preset

Repare que existe o atalho Option + Shift + P (mac) / Alt + Shift + P (win), que sem dúvida é uma boa se acostumar a usar.

Também é possível acessar a mesma função clicando no nome da track com o botão direito.

Na caixa de diálogo que se abre, basta nomear e pressionar OK. Temos muitas opções nesta caixa de diálogo, que falaremos mais a frente.

Agora para carregar um Track Preset: se você ainda vai criar a track, é possível acessar seus Track Presets pela caixa de diálogo “New Track”, por onde criamos tracks regularmente. A diferença é que na área onde normalmente escolhemos o tipo de track, repare que a última opção é o que estamos procurando (fig. 3).

fig. 3 – Criando Tracks com Presets

Agora, imagine que uma track já tenha sido criada e que inclusive já foram feitas algumas gravações. Neste caso, onde o usuário quer aplicar as pre-configurações em uma Track existente, é preciso acessar seus Track Presets pela função Window > Workspace (fig. 4).

Fig. 4 – Track Preset via Workspace

Note que há um campo à esquerda referente à função, e assim, basta localizar a configuração desejada e arrastar para a pista em questão.

Gerenciamento, organização e atualização de Track Presets

Eu como guitarrista, poderia rapidamente criar inúmeros track presets como “guitarra rock”, “base pop”, “solo com muito delay”, “guitarra funk”, “dedilhado com chorus”, e assim por diante.

Se pensar em voz, também posso pensar em pelo menos umas cinco formas que costumo iniciar minhas mixes, de acordo com o estilo e tessitura vocal do cantor/cantora.

Então imagine a bagunça para salvar, e principalmente, para encontrar o Track Preset correto! Portanto, agora vamos explorar melhor as opções da caixa de diálogo (fig. 5) da criação destas pré-configurações.

Fig. 5 – Configurações do Track Preset

O primeiro campo é o de categoria, e acredito que termos como “musica” e “pos-produção” seja abrangente demais. Recomendo criar categorias mais específicas como vocais, synth, guitarra e baixo por exemplo.

Outra parte importante são as tags (etiquetas), onde é possível categorizar bem melhor, e assim, também pesquisar bem mais fácil no futuro.

Pense nas tags como se fossem outras formas de nomear e identificar seus arquivos. Vale identificar por estilo, por sensação, por objetivo, efeitos colocados etc.

Então supondo que salvando um track preset de voz de uma cantora de bossa nova, o nome poderia ser “voz suave”, e boas tags seriam: bossa nova, clean, natural, feminino, reverb longo e assim por diante.

A opção “auto-populate tags from track data” pode até parecer boa na teoria, pois cria automaticamente tags com os nomes dos plug-ins, tracks, mas eu sou do tipo que gosta de criar tags bem específicas, e certamente não quero software nenhum criando tags extras que não serão usadas.

Na figura 6, é possível como funcionas bem o sistema de tags. O usuário pode clicar em cada uma das tags para ir filtrando sua escolha e chegar mais rápido no Track Preset em questão.

Fig. 6 – Tags visíveis via Workspace

Agora vamos falar sobre atualização dos dados. Mais comum do que se imagina, conforme vamos evoluindo nossos processos, certamente vamos acabar remexendo os parâmetros ou até substituindo um plug-in de um Track Preset já criado.

Para isso, basta carrega-lo em algum track livre, e na hora de salvar, lembrar de preencher com o mesmo nome. Assim, será possível substituir a versão antiga.

Para facilitar este processo, a Avid criou um sistema de auto-preenchimento. Ou seja, o usuário não precisa preencher tudo exatamente igual. Basta preencher a primeira letra que o Pro Tools já vai começar a sugerir opções (Fig. 7)

fig. 7 – Auto-preenchimento de nomes

Também é possível usar a seta no final do campo de nome (fig. 8), para acessar a listagem completa com todas as opções já salvas.

Fig. 8 – Expandindo as pré-configurações armazenadas

No próximo artigo, vamos ir mais longe e falar sobre sugestões de uso, tanto para música quanto para pós-produção. Muito mais do que “carregar pre-configurações”, este novo recurso abre um leque de possibilidades para todo o fluxo de trabalho, e inclusive pode até acabar virando um novo serviço a ser oferecido.

Abraços e até a próxima!

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