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Infected Mushroom Pusher

Infected Mushroom Pusher

Artigo publicado na Revista Áudio, Música & Tecnologia. Para conhecer mais sobre a revista, clique aqui.

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Waves Signature Series chegam na música eletrônica

Já fizemos diversas resenhas e artigos sobre plug-ins da Waves feitos em parcerias com grandes produtores e engenheiros de som da música pop/rock como Eddie Krammer, Joseph Puig, Greg Wells, Tony Maserati entre outros.

A Waves parece estar gostando do resultado destas parcerias, e agora está entrando no mercado de música eletrônica também, lançando o Plug-in Infected Mushroom Pusher, feito em parceria com o duo Amit Duvdevani e Erez Eisen (fig. 1), que integram o projeto “Infected Mushroom”.

Fig. 1 – Infected Mushroom

Sem perder mais tempo, Vamos logo seguir em frente entender a principais características e os resultados de nossos testes.

O que é e o que faz o Infected Mushroom Pusher

Quase como uma frase “padrão” em todos seus últimos plug-ins, a Waves prefere dizer que o plug-in é útil “para tudo”, ou seja, instrumentos, subgrupos/submasters e para masterização, mas não costuma a dar muitos detalhes técnicos. Em especial neste plug-in, a Waves abusou um pouco demais da omissão e se limitam a falar que “é o molho secreto da mixagem” do Infected Mushroom.

Da minha percepção, ele é idealizado mesmo para masterização, com processadores já configurados para finalização. Em termos mais populares eu diria que ele é para levantar o sinal, reaver e puxar harmônicos e tentar abrir a imagem estéreo.

Os parâmetros e processadores

Começando com o PUSH, realiza o processo mais essencial e que ajuda a caracterizar este plug-in como algo voltado para masterização. Ele é um Limiter como o Waves L2 (fig. 2) ou Maxim da Avid, que eleva o sinal conforme o usuário vai regulando o Threshold.

fig. 2 – l2-ultramaximizer

O diferencial dele é ter dois modos de operação. O modo limit atua de forma mais suave quando o usuário começa a estrapolar os valores, já o clip, de fato acrescenta saturação.

O próximo setor é o Low, Body e High, que podem ser facilmente confundidos com equalizadores (onde o Body seria o médio-grave), mas nos testes vi que eles também modificam dinâmica, ou seja, são na realidade compressores/limitadores multibandas. Também vale uma atenção em especial ao Low, que ao invés de ser ajustado em Hz, é diretamente relacionado às notas musicais (fig. 3). Isso faz bem mais sentido para música eletrônica que explora bastante a harmonia modal e gira em torno de um baixo pedal na maioria das vezes.

fig. 3 – Low regulado para nota Ré 1

No meio, encontramos o setor “Magic”, que é o mais importante e merecia um nome melhor. Infelizmente fizeram questão de dar o nome mais aleatório possível, que ao invés de ajudar, só atrapalha.

O “Magic” tem um processamento similar ao que chamamos de “sonic enhancers” ou “sonic maximizers”, que adicionam harmônicos sintéticos ao sinal para enriquecer o timbre. É bem verdade que no passado, processadores como o Aphex Aural Exciter e o BBE 462 Sonic Maximizer (fig.4) fizeram história e exploraram bastante esse lado “místico” na hora de fazer marketing, mas eram outros tempos.

Fig. 4 – BBE Sonic Maximizer – modelo 482 – atualização do clássico modelo 462

Perto do botão “Magic”, o usuário vai encontrar pequenos controles chamados de “Dyn Punch” e “Focus”, que são transient designers. Infelizmente eles não tem a riqueza de informação visual e regulagem de um plug-in dedicado como o Sonnox Envolution (fig. 5), mas no final o som é que importa, e eles também funcionam muito bem.

Fig. 5 – Sonnox Envolution – Transient Designer

Por último, temos o Stereo Image, que serve para abrir e intensificar artificialmente a sensação do campo esterofônico.

Colocando em uso

Como mencionado acima, este plug-in é um o tipo do processador para dar acabamento, então os resultados são mais perceptíveis quando usados no master de uma mix completa, apesar de também ser viável usar em grupos de instrumentos.

A primeira coisa a fazer nestes plug-ins pré-configurados é ajustar o nível de entrada (input). É absolutamente essencial que o plug-in receba o sinal já otimizado, pois lembre-se, a maioria dos parâmetros são fixos e ajustados internamente, então sem o sinal correto, eles não interagem como foram projetados.

Já que estamos falando em otimizar o sinal, também vale a pena seguir em frente logo e ajustar Push, pois já levanta o sinal todo e você consegue se “organizar” melhor mentalmente para decidir o que quer fazer.

Agora entre a opção Clip e Limit é muito fácil decidir. Limit (que não satura inicialmente) é mais interessante. Caso queira saturar um pouco, tudo bem, mas é melhor pensar em colocar mais um plug-in da sua preferência na cadeia do sinal. A própria Waves tem dezenas de opções de plug-ins que saturam de forma mais interessante (fig. 6).

fig. 6 – Waves J37 tape

A partir deste ponto, não há exatamente uma maneira ou ordem correta de se regular os processadores, mas vamos dar algumas recomendações.

Organize seus ajustes em duas etapas. Uma etapa é ajustar timbre, outra ajustar a energia e ganho do sinal. Tanto faz a ordem que prefere fazer primeiro, mas evite misturar as etapas. É uma das rações que fazem tudo parecer mais confuso, mesmo para pessoas com mais experiência.

O Low, Body e High são os principais responsáveis pelo timbre, mas cuidado para não exagerar ainda. Pense apenas em equilíbrio neste momento.

Isso porque agora vem o complemento, que é o “Magic”. Ele serve para complementar de forma geral. “Abrir o som” e “engordar o som” seriam os termos populares que me vêm a mente para descrever o que o Magic faz.

A outra etapa que mencionei é a energia do sinal, e o Dyn Punch e Focus tem muito valor neste momento. Especialmente Dyn Punch, eleva os picos iniciais das ondas sonoras, e o impacto inicial de cada batida, cada peça se torna mais evidente. Novamente, você que decide os valores, mas este é um parâmetro que vale a pena exagerar no início, só para você sentir o que ele está fazendo com sua música.

Por último, fica o stereo image. É o mais “opcional” de todos, e vale a pena ter ciência de que a contrapartida de se abrir artificialmente o campo estereofônico é grande. Quanto mais aberto, menos nitidez sonora. E com isso, provavelmente muito da pressão que você estava tanto buscando, acaba sendo perdida.

De forma geral, não dá para dizer que é um plug-in ruim, mas dá para dizer tranquilamente que é fechado demais nas suas configurações. Por exemplo, não ter absoluta nenhuma opção de ajuste de frequência no High e Body é um pouco demais.

A Waves tem muitos outros plug-ins que seguem a mesma linha, mas são muito mais versáteis nas suas possibilidades de aplicação.

Abraços e até a próxima!

cris3x4 blog proclass Cristiano Moura é instrutor certificado oficialmente pela Avid para lecionar cursos de nível 100, 200 e 300 em Pro Tools. Por meio da ProClass,  oferece consultoria, treinamentos customizados além de cursos oficiais em Pro Tools, Mixagem e Masterização.

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Paint Effect

Paint Effect

Artigo publicado na Revista Luz e Cena

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Explorando o seu lado artístico

O avid media composer é repleto de efeitos, e muitos deles são sub-efeitos do Paint effect.

A ideia essencial do efeito é selecionar apenas uma parte da imagem para dar tratamento. Com mais de 10 modos de operação, é uma ferramenta bem versátil e neste artigo, vou abordar mais como um tutorial, criando alguns tratamento na imagem com vocês enquanto vamos conhecendo o efeito em si.

Ferramentas e Áreas essenciais do Paint Effect

Antes de começar a trabalhar efetivamente, vamos conhecer as principais áreas.

Usamos a paleta de ferramentas (fig. 1) para desenhar e manipular formas geométricas. Além da forma oval e retangular que tem seu próprio botão, temos o poly tool e o curve tool (fig. 2) que permite q você desenhe livremente qualquer formato geométrico.

fig. 1 – Ferramentas de criação de objetos

Para fazer um bom efeito, sem erros, você precisa antes de tudo dominar essas duas ferramentas.

Para editar e refinar uma forma, usamos o reshape tool, que com dois clicks ná forma geométrica, temos todos os controles necessários para ajustar a forma.

Por último, existe uma ferramenta chamada de brush tool que também é excelente, mas merece um capítulo ou até mesmo um artigo a parte.

Após você definir bem a área de atuação com uma forma geométrica, vamos decidir que tipo de operação será feita na área. Isto é feito através do menu “mode”, onde você vai encontrar operações conhecidas como o blur, como também outras para colorir, escurecer e saturar por exemplo.

Abaixo do modo escolhido, veja que você vai ter, quase sempre, ao controle de opacidade ou de quantidade (amount) do efeito em questão.

Fatalmente você vai sentir que a atuação do Paint Effect está muito “marcada”, ou seja, sem suavidade. Para melhorar isso, utilizamos a função “feathering”. (fig. 3).

Fig. 3 – Feathering para suavizar bordas

Ajustes pontuais de luz e cor

Escolher apenas uma parte da imagem para tratar é sempre bem-vindo, e você já deve ter ouvido alguém se referir a esta etapa como correção de cor secundária.

Neste primeiro exemplo, resolvi escurecer apenas a parte esquerda da imagem. (Fig 4a e 4b).

Fig. 4a – Imagem original

Fig. 4B – apenas área esquerda escurecida

Para isso, usamos o poly tool para selecionar a área (lembre de refinar com o reshape tool de precisar) e o modo de operação escolhido foi o “darken”.

Neste segundo exemplo, estamos usando o “Colorize” mode, para alterar a cor do céu.

fig. 4C – Imagem original

Fig. 4D – Céu alterado

Criando um Vignette

O Vignette (No Brasil, muitos chamam de “vinheta”) é um efeito onde as bordas da imagem tem menos luz do que área central. É uma estratégia usada para dar mais destaque a um personagem ou objeto, mas no final das contas, como é um efeito muito bonito, você vai encontrar muita gente usando simplesmente por uma questão de estilo.

Para criarmos nosso Vignette, a primeira coisa a fazer é criar um retângulo que cubra toda a imagem. Para isso, é útil diminuir um pouco o zoom do seu Record Monitor, clicando no botão de Zoom Out (fig. 5).

Fig. 5 – Zoom Out – Record Monitor

Neste retângulo, vamos usar o modo “Darken” de novo, e a princípio o efeito não será o desejado, pois vai escurecer toda a imagem obviamente.

A “mágica” acontece ao criarmos um segundo objeto, desta vez oval, na área central da imagem. Para este objeto, vamos usar o modo “erase”, que tem a função de cancelar o efeito do Darken na área selecionada. (Fig. 6A e 6B)

Fig. 6A – Original

Fig. 6B – Shape oval no modo Erase

Para dar o toque final, não esqueça do feathering. (Fig. 6C).

Fig. 6C – Vignette aplicado com Feathering

Vale a pena experimentar este tipo de lógica com outros modos ao invés do Darken. Por exemplo, o modo Blur (desfoque), é muito usado também para o mesmo propósito. (Fig. 7).

Fig. 7 – Modo Blur ao invés do modo Darken

Magic Mask – atuando baseado em Luma e Chroma

Além de modificar uma área do seu vídeo baseado em figuras geométricas, também é possível dentro desta área, selecionar o que será modificado baseado em Luma ou Chroma.

O que isso significa na prática? Você pode optar por modificar apenas as partes escuras da imagem, ou apenas a parte laranja da imagem para modificar. Ainda parece confuso? Então vamos colocar em prática.

Neste exemplo, quero modificar a grama, deixando-a mais alaranjada, lembrando o outono.

Criar um objeto em torno da grana é muito complicado, pois não é uma forma simples de se desenhar perfeitamente. Então o que vamos fazer é criar nosso objeto primeiro, mas sem se preocupar muito com as bordas.

O segundo passo é, como fizemos antes, escolher um modo de operação (colorize) e escolher uma cor em questão, no meu caso,laranja. Como imaginávamos, tudo ficou laranja. Não é ainda isso que queremos.

Agora entra em ação o Magic Mask, que serve para refinar ainda mais a área de atuação. Para isso, vamos clicar e arrastar o retângulo de seleção de pixel (fig. 8) e vamos escolher a cor verde.

Fig. 8 – Magic Mask atuando no verde

Agora sim, deu certo. Apesar do objeto ser maior do que a área do gramado, somente elementos “verdes” estão sendo afetados. O chão que é cinza por exemplo, é totalmente ignorado.

Outros modos de operação e dicas finais

Agora é com você. O Paint Effect é uma ferramenta bem flexível e depende apenas do usuário ser criativo e ter paciência com os ajustes.

Outros modos de operação interessantes para explorar são o “Darken/Lighten Only”, que afetam apenas as partes mais escuras/claras da imagem, o Median, para tentar melhorar uma imagem fora de foco, Scratch Removal para substituir áreas da imagem e saturation, para dar mais ênfase na saturação de uma certa área.

Lembre-se também de que tudo pode ser animado com keyframes. Não apenas os parâmetros mas também os objetos. Por exemplo, no caso do Vignette, fazer mudanças no tamanho e forma do objeto durante o tempo é bem interessante para não parecer simplesmente uma máscara estática.

Abraços e até a próxima!

Cristiano Moura é um instrutor certificado pela Avid em Media Composer e ministra treinamentos oficiais de certificação Avid em todo o Brasil pelo centro de treinamentos ProClass, com sede no Rio de Janeiro.

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Manipulando o tempo no Avid Media Composer

Manipulando o tempo no Avid Media Composer

Artigo publicado na Revista Luz e Cena

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Freeze Frames, Motion Effects e Timewarp

Boa parte da linguagem da edição tem relação com o tempo. O momento certo do corte, a pausa nos momentos de introspecção e o corte sincronizado com música são apenas alguns exemplos.

Alterar velocidade do seu vídeo também faz parte deste contexto. Conseguimos enfatizar uma cena dramática ou eternizar um momento diminuindo a velocidade de um vídeo (slow motion), bem como acelerar os vídeos em uma sequência com uma cena de luta, pode torna-lá muito mais empolgante.

Opções de aplicação dos efeitos de velocidade

Quando pensamos em efeitos, geralmente fazemos uma associação imediata a timeline, porém nem sempre este é local mais apropriado, pois a velocidade do clip está sempre relacionado com a duração da sua sequência.

É importante ter em mente que no Avid Media Composer, além de permitir alterar a velocidade de um vídeo na timeline, também temos a opção de alterar a velocidade do vídeo antes da edição, diretamente no source monitor, ainda na mídia bruta.

Em uso: alterando a velocidade do vídeo bruto

Se você carregou um vídeo para editar e já está o imaginando em slow motion na timeline, o ideal é que você altere primeiro a velocidade, para apenas depois definir as marcas de In/out e editar.

Para isso, basta carregar o vídeo no Source Monitor e acessar pelo menu Tools a função “Motion Effect Editor” (fig. 1). Apesar dele parecer que ele tem muitas opções, na realidade os três primeiros campos estão interligados, onde permitem você alterar a velocidade baseado em Frames por segundo, duração ou percentagem. Talvez seja melhor iniciar pelo campo de percentagem, 100% é a velocidade normal. Qualquer valor abaixo gera um slow motion e qualquer valor acima gera um fast motion.

Fig. 1 – Motion Effect Editor – Para alterar a velocidade da mídia bruta

Ao concluir seus ajustes, pressione “create” para gerar um novo master clip com a velocidade alterada no seu bin.

Criando um Freeze Frame na mídia bruta

Da mesma forma, é possível também gerar uma imagem estática de um vídeo carregado no Source Monitor. Para tal, acesse o menu Clip > Freeze Frame (fig. 2) se você estiver em alguma versão até a 8.4, ou pelo menu “Composer” se você estiver na versão 8.5 ou superior.

Fig. 2 – Freeze Frame no Source Monitor

Alterando a velocidade de um vídeo na timeline

Como vimos antes, se você já sabe que quer o vídeo com velocidade alterada na timeline, faça a alteração logo no Source Monitor e edite.

Porém, muitas vezes o editor só percebe que precisa alterar a velocidade do vídeo, depois dele editado na timeline. Para estes casos, utilizamos o efeito Timewarp (fig. 3). Basta arrastar para o clip em questão.

Fig. 3 – Timewarp

Para abrir a interface, é necessário clicar no botão do Motion Effect Editor (fig. 4A) e depois no botão do gráfico de velocidade (fig. 4B).

Fig. 4 – Acesso ao Timewarp

Uma vez que a interface esteja aberta, basta clicar e arrastar no primeiro keyframe (fig. 4C) para definir a velocidade. Na maioria dos casos, o efeito pode ser visto em tempo real, sem necessidade de render.

Alguns aspectos para se ter em mente

Se você está vindo de outro software de edição, deve estar atento para alguns detalhes, pois o Timewarp funciona de maneira diferente de muitos softwares de edição.

Ao alterar a velocidade de um vídeo na timeline, repare que a duração e posição do vídeo continua a mesma. Isto porque o Avid Media Composer sempre dá prioridade a timeline.

Na prática, isso significa que o último frame do clip será diferente, dependendo da velocidade atribuída.

Ou seja, se a duração do clip não é alterada, podemos assumir que se você acelerar o vídeo, mais frames serão apresentados, já se você desacelerar o vídeo, menos frames serão apresentados.

Outro aspecto importante é com relação ao reverse motion. É possível fazer com que o vídeo toque de trás para frente, simplesmente escolhendo um valor negativo (abaixo de 0%). Por exemplo, –100% significa que o vídeo vai tocar na velocidade original, porém de trás para frente.

Se você optar por fazer um reverse motion, é essencial renderizar o efeito para ver o resultado durante o playback.

Criando múltiplas alterações na velocidade

Até o momento, só abordamos mudanças fixas de velocidade. Mas haverão casos em que você vai querer iniciar um vídeo na velocidade normal, depois acelerar, e por último voltar a velocidade normal por exemplo. Para isso utilizamos keyframes, que são pontos de automatização dos parâmetros de um efeito.

Para criar um keyframe, coloque o cursor no local indicado e clique no botão rosa na interface (fig. 5). Uma vez criado, é só arrastar o keyframe para a velocidade desejada.

Fig. 5 – Timewarp com Keyframes extras

Repare que você não poderá a princípio arrastar o keyframe para a esquerda e direita. Isto é feito para evitar acidentes, do usuário mudar o ponto de o keyframe sem querer. Mas é muito simples tirar esta limitação; basta primeiro manter pressionado a tecla modificadora option(mac)/option(win) no teclado antes de começar a arrastar o keyframe.

Alterando as curvas dos gráficos

Por padrão, o Avid faz curvas suaves entre um keyframe e outro, mas nem sempre é o ideal. Por vezes, você vai querer exatamente o oposto, ou seja, criar uma mudança de velocidade mais abrupta por exemplo. E é ai que entram o que chamamos de curvas de interpolação. É a definição de como a progressão de um keyframe para outro será executada.

Clique em qualquer keyframe com o botão direito, e você será apresentado ao menu de contexto, que contém quatro tipos de curvas (fig. 6).

Fig. 6 – Curvas de interpolação

Shelf é usado para criar uma mudança abrupta e imediata. Por exemplo, pode ser usado para simular o vídeo sendo colocado em “pause” durante um certo tempo, bastando para isso, regular a velocidade para 0%.

Linear faz a mudança progressiva entre duas velocidades, porém sem suavização.

Spline é a curva padrão, que também cria mudanças de velocidade de forma progressiva, porém tem efeito suavizado ao chegar próximo da velocidade desejada.

Bezier permite a customização total da curva de interpolação clicando e arrastando as hastes próximas aos keyframes. Inclusive, as hastes podem ser reguladas de forma independente se o usuário pressionar o botão alt (win) ou option (mac) enquanto faz seu ajuste.

Veja na figura 7, como isso influencia no gráfico do Timewarp.

Fig. 7 – curvas de interpolação

Sugestões para práticas e testes

Manipular a velocidade do vídeo mantendo a sua timeline intacta depende de praticar e assimilar os mecanismos em questão.

E falando especialmente de slow motion, recomendo experimentarem os diversos algoritmos que a Avid disponibiliza no campo “type” (fig. 8), pois eles influenciam na qualidade e nitidez do vídeo final.

Fig. 8 – Tipos de algoritmos

Experimente por exemplo a opção “Duplicated fields”, que é a opção mais simples, portando não produz o melhor resultados. Já por outro lado, a opção “Blended Interpolated” e “FluidMotion” amenizam, cada uma de uma forma, vídeos em slow motion com poucos quadros por segundo.

Abraços e até a próxima!

Cristiano Moura é um instrutor certificado pela Avid em Media Composer e ministra treinamentos oficiais de certificação Avid em todo o Brasil pelo centro de treinamentos ProClass, com sede no Rio de Janeiro.

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