Artigo publicado na Backstage. Para conhecer mais sobre a revista, clique aqui.
Para saber mais sobre treinamentos e certificações oficiais em Waves, Pro Tools, Sibelius ou outros treinamentos em áudio, clique aqui.
Olá pessoal, Meu nome é Cristiano Moura e imagino que alguns de vocês já tenha me visto na coluna sobre Sibelius. A partir deste mês, também estarei por aqui escrevendo sobre Pro Tools, que é na realidade, ao lado do Sibelius, o principal software no meu fluxo de trabalho como produtor musical.
Momento de transição
Desde a versão 8, o Pro Tools passa por modificações consideráveis não apenas nas funcionalidades, mas na filosofia e estrutura de funcionamento do software.
A versão 8 foi a primeira a quebrar conceitos de que a interface deveria ser “intocável”, permitindo ao usuário mudar ferramentas de lugar e colorir tracks por exemplo. Compare nas figuras 1 e 2, a diferença de visual da interface.
A versão 9 foi um marco, pois até então para se usar o Pro Tools era obrigado a ter um hardware da Avid, o que gerava uma grande frustração do mercado. Nesta versão, esta limitação deixou de existir Ou seja, o hardware e software finalmente se separaram, e hoje é possível comprar apenas o Pro Tools e rodar com qualquer interface e da mesma maneira, é possível comprar o hardware da Avid para rodar com Cubase, Nuendo, Logic Pro, Sonar entre outros.
AAX: um novo formato de plug-in
Juntamente com a apresentação do Pro Tools 10 (fig.3), a Avid deu um susto no mercado, informando sobre um “upgrade” no método de programação de seus plug-ins. Os formatos disponíveis até então eram: Plug-ins RTAS (que utilizam processamento da CPU) e Plug-ins TDM (que utilizam processamento de chips DSP).
A partir do Pro Tools 10, o formato AAX (Audio Advanced Extension) foi apresentado. Este formato deve substituir o RTAS e TDM na próxima versão (Pro Tools 11) e foi substituído da seguinte forma: AAX Native entra no lugar do RTAS. Já o AAX DSP entra no lugar do formato TDM. Para que esta substituição seja gradativa, o Pro Tools 10 permite que o usuário use tanto os formatos antigos RTAS e TDM quanto os novos AAX.
Pro Tools HDX e seus plug-ins
Parece simples. Um formato novo chegou, e outro vai sair. Mas não é bem assim. Junto com a substituição dos formatos RTAS/TDM pelo formato AAX, também foi anunciada a substiuição do sistema de grande porte Pro Tools|HD pelo sistema Pro Tools|HDX (fig.4).
Este sistema novo é repleto de vantagens. Tem uma arquitetura muito mais robusta, roda mais plug-ins, é mais rápido e tem tecnologia atualizada para prover futuros avanços tecnológicos que não eram possíveis no Pro Tools|HD.
A desvantagem de toda evolução em cima da arquitetura do Pro Tools|HD é que a nova versão HDX não é capaz de carregar plug-ins TDM. Ou seja, o usuário só poderia pensar num upgrade do sistema Pro Tools|HD para o Pro Tools|HDX se os plug-ins que ele costuma usar já tivessem sido convertidos para AAX DSP. Curiosamente, a Waves, que é um dos principais fabricantes de plug-ins do mercado já se manifestou que não tem interesse em converter seus plug-ins de TDM para AAX DSP, o que gerou uma confusão maior ainda.
Conclusão
Na tabela (fig.5), fiz um resumo da compatibilidade de plug-ins até a versão 10. Para usuários de Pro Tools|HDX e futuros usuários de Pro Tools 11, é importante confirmar se os plug-ins usados na sua rotina já possuem a versão AAX disponível. A lista atualizada pode ser encontrada através do link: http://www.avid.com/US/resources/AAX-plug-in-compatibility
Abraços e até a próxima
Cristiano Moura é produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Por meio da ProClass, oferece consultoria, treinamentos customizados em todo o Brasil.