Artigo publicado na Revista Áudio, Música & Tecnologia. Para conhecer mais sobre a revista, clique aqui.
Para saber mais sobre treinamentos e certificações em Avid Media Composer, clique aqui
Enquanto o mercado ainda se adequava à produção de música no computador, a limitação de processamento das CPUs da época dificultavam a vida dos desenvolvedores de plug-ins como a Waves. Nesta época, era muito difícil produzir reverberadores convincentes que não consumissem todo o poder de processamento da máquina. O Pro Tools até tinha Lexiverb, mas que rodava em DSP. A Waves sempre se destacou neste sentido, produzindo o Trueverb, um dos primeiros plug-ins nativos de reverberação aceitos como opção pelos engenheiros de som da época. Neste artigo, vamos entender um pouco mais das opções atuais.
Trueverb
Como dito acima, este é um dos reverbs mais antigos da Waves, e foi projetado como uma ferramenta de “construção” de um ambiente virtual. Parâmetros como “Room Size”, “Density”, “Distance” e “Dimension” ajudam o usuário a mapear qual o tipo de sala desejada.
A seta azul (fig. 1) possui uma função interessante. Ela trava e faz um “link” de alguns parâmetros para garantir um ambiente virtual viável fisicamente na natureza. Com ele desligado, todos os parâmetros são controláveis, e assim, se torna possível criar ambientes virtuais não-lineares.
Reinassence Reverb
A série Reinassence foi criada com o propósito tentar simular com mais perfeição toda a complexidade de uma reverberação específica. Faz uma boa parceria com o Trueverb, pois enquanto e Trueverb apresenta uma sonoridade mais brilhante e pouca densidade, o RVerb tem uma sonoridade mais aveludada e encorpada. Quando o assunto é “reverberação”, a decisão entre um e outro vai de acordo com o arranjo. Não existe muito como “preferir” um ao outro. Não é uma questão de gosto nem de achar o som “bonito” ou “feio”. Reverbs “magros” e “gordos” são igualmente importantes em qualquer mixagem.
Além de possuir 12 tipos de reverbs, também possui o controle “decorrelation”, que em poucas palavras, fornece variações na resposta das primeiras reflexões da sala no stéreo. Quanto maior o valor, mais diferença entre o lado esquerdo e direito. Outro interessante recurso é a possibilidade de ajustar um valor negativo para o pre-delay. Nestes casos, o som direto é atrasado.
IR-1 Convolution Reverb
O IR-1 é o reverb por convolução da Waves. Funciona baseado no mesmo princípio do Altiverb (Audio Ease) e Revolver (McDSP), onde é necessário carregar um banco de impulsos no plug-in e partir daí, o usuário pode alterar alguns parâmetros para ajustar a reverberação de acordo com a sua necessidade. São pesados no processamento, então há de ser ter cautela na sua utilização. Apesar de ser matematicamente mais similar ao reverb natural de uma sala, isto não significa necessariamente que é melhor ou pior do que os outros dois acima. Aliás, provavelmente 99% das músicas que você mais admira a mixagem não foram mixadas com reverb de convolução. Pense nisso.
Além do IR-1, A Waves disponibiliza uma versão mais simplificada chamada de IR-L, uma versão para surround IR360 e a versão IR-Live para ao vivo.
Manny Marroquin Reverb
A série Manny Marroquin é uma das mais novas e interessantes da Waves. Além de equalização, este é um dos únicos reverbs que incluem compressão pelo que conheço. Além disso, é concebido para quebrar barreiras e paradigmas de mixagem, e para ajudar nisso, possui um setor com distorção e phaser.